segunda-feira, 27 de junho de 2011

DISFARCES.



Sorri
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz aos teus ombros
Cansados doridos

Sorri, vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz.

by Charlie Chaplin

**************************************************************

quinta-feira, 23 de junho de 2011

ANIVERSÁRIO COM CHEIRINHO A MANJERICO.


Manjerico da janela
Dá-me a mão, quero subir
Eu queria falar com ele
Mas à porta não posso ir…

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Como o tempo passa a correr... cá está mais um S. João e o meu filhote a celebrar  mais um aniversário...

Parabéns Luís, querido filho!

Daqui a poucas horas estaremos juntos.


Esta foto já a tinha publicado no ano passado. Mas, como só se nasce uma vez...




Já passaram trinta e nove anos? Parece que foi ontem!


Minha coisinha fofa...que saudades. 




O Luís com dois anos e a Pousada de S. Gêns, Serpa.

Alentejo da minha alma, tão longe me vais ficando



Idade difícil esta...



O Luís e o filho, o Júnior. A felicidade deles é a minha...




E porque hoje é noite de S. João, não podem faltar a sardinha assada, o manjerico e o tradicional alho porro.








MEUS QUERIDOS AMIGOS(AS)

A TODOS DESEJO UM FELIZ S. JOÃO.




domingo, 19 de junho de 2011

SABER DOSEAR.


Ao visitar, hoje, o blogue de um grande amigo de longa data, deparei-me com uma fábula que me deixou a reflectir sobre a dificuldade que tenho em recusar qualquer pedido que me façam, ainda que camuflado  sob a forma de lamento. No meio destes pensamentos ocorreu-me este poema de Guerra Junqueiro. Não tanto pelo poema em si, mas pela referência que faz a Tácito. Quero e devo acrescentar que nem a fábula nem o amigo têm nada a ver, directamente, com o rumo que os meus pensamentos tomaram. É que isto das cerejas não acontece só com as palavras.



In Pace – Finis

Declaro-me aposentado
Terminei. Ponto final.
Resta-me o céu estrelado
E as rosas do meu quintal.

Subi a montanha escura
Da vida…enorme ascensão
Uns quatro metros d’altura
Acima do rés-do-chão.

Lançando um olhar profundo
Dessa altura sobre-humana
Vi quanto é pequeno o Mundo
E grande a miséria humana.

Vi a traição e a cobiça
Fazendo festins reais
No corpo nu da Justiça
Às portas dos tribunais.

Vi que a história, um sonho breve
Na noite imensa e voraz
Se é Tácito quem a escreve
É Tibério quem a faz.

Vi que o «rei da criação»
Foi, antes de ser o que é
Lodo, esponja, tubarão
Réptil, condor, chimpanzé.

Guia-me apenas, distante
A luz ingénua da Crença
Vaga, nebulosa, errante
Nas trevas da noite imensa…

E cheio de tédio profundo
Vim enclausurar-me afinal
Longe, bem longe do Mundo
No «in pace» do meu quintal…



“A sinceridade e a generosidade se não forem temperadas com moderação conduzem infalivelmente à ruína.”
(Citação de Tácito historiador romano)
*******************************************************
***********************************