domingo, 2 de dezembro de 2012

SENTIR SÓ O QUE SE SENTE.




Fernando Pessoa
 

Gato que brincas na rua
 
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
 
                      

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17 comentários:

  1. Boa Noite Janita
    Fenando Pessoa consegue sempre pôr-nos a pensar.
    Um beijo
    Rodrigo

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  2. Concordo com o folha seca. Fiquei a pensar! : )
    Bjos

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  3. Olá, Janita!

    Pois é; ou se é gato, ou se é gente
    não se pode ser uma coisa ou outra
    consoante nos seja mais conveniente...

    E quanto à minha grafonola, o verdadeiro dono tirou-lhe a manivela, e agora não tenho como dar-lhe corda...com imenso desgosto meu...
    Espero que haja solução, mas não sei qual.

    Bom Domingo; beijinhos
    Vitort

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  4. Adoro Fernando Pessoa...

    Long time no see, Janita.

    Fiquei sem computador...

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  5. Gato que brincas na rua
    Foge do carro e da carrinha
    Ou ainda te passam por cima
    E será trista e tua figurinha

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  6. Fernando Pessoa nunca 'brincou em serviço'.

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  7. Janita tal como diz a Catarina, também eu concordo com o meu "folha seca", Fernando Pessoa deixa-nos a pensar.

    Beijinho e uma flor

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  8. O meu gato também é muito feliz. Será que o intelecto traz a infelicidade???? :(
    Beijinhos
    ;))

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  9. Eu, como ele (Fernando Pessoa) , tenho inveja do gato, mas mais vadio, sem dono, da sua liberdade sem responsabilidade.
    A sorte do gato, a sorte de ser inconsciente e puder brincar sem pensar em mais nada – “brincar na rua”, "como se fosse na cama".

    O gato é "bom servo das leis fatais" (comer, dormir e amar), cumpre o seu destino sem se lhe opor, enquanto que ao homem é impossível essa atitude, porque não tem apenas os "instintos gerais", que regem o gato - que “sente só o que sente" e nada mais – que inveja !... que raio ! ... Porque temos que ser tão responsáveis !

    A inveja dos homens, mais do que pela falta de preocupação, é-o pela simples felicidade que existe quando se vive plenamente as coisas sem pensar.
    “És feliz porque és assim”!
    Embora o gato seja apenas “nada", é-o plenamente, enquanto o homem, fazendo parte duma sociedade, sente que conhece a sua situação mas, conhecendo-a, não consegue ser feliz como o gato.

    Vê este (meu) post :
    http://coisas-da-fonte.blogspot.pt/2010/04/se-fosse-um-gato.html

    Beijinho, Janita ! :))
    .

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  10. Minha querida

    Fernando Pessoa é eterno sempre.Um profundo poema.
    E adorei a imagem.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  11. uma escolha de primeira para sua postagem
    um dos melhores no meu poto de vista.
    deus abençoe sua semana beijos,Evanir.

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  12. Gato que brincas na rua
    a rua é tua verdade
    se estiveres preso em casa
    robam tua liberdae

    O gato tem significado
    acredim que é verdade
    mas para o amanssarem
    roubaram-lha a identidade

    O gato quando é capado
    que vida triste ele tem
    ele é meigo para a dona
    mas gatinhas já não tem

    Um dia duas gatinhas encontraram dois gatos , um era siamês e o outro gato rafeiro, passaram a noite e no dia segunte quando elas se juntaram: diz uma para a outa?
    Então amiga como passas-te a noite diza a do gato rafeiro, bem eu estou que nem me aguento nas pernas imagino a minha amiga com aquele gatarrão siamês, a outra com muita vergonha diz para a amiga, olha amiga tu é que tives sorte; não dormistes por uma boa razão , mas eu não dormi porque ele levou a noite a contar a história desde o dia em que foi capado.
    Janita desejo que esteja bem de saúde e nunca mandes capar um gato pois o pobre do bixano perde toda a machesa e a alegria de viver.
    Beijinhos de luz e muita paz.

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  13. Como sabes, adoro gatos, Janita e este poema fez-me sentir um bocado invejosos da sua liberdade.
    Beijinhos

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  14. Tudo perfeito: poema, tema e imagem

    Comecei a ler alto este poema e o meu Casimir retirou-se logo do parapeito da janela, onde se encontrava.

    Também eu adoro gatos (adoro todos os animais), mas não considero o meu Casimir mais livre do que eu, muito pelo contrário.

    Um gato também pode sentir-se infeliz, como por exemplo, quando me ausento cá de casa por alguns dias, semanas ou meses, o meu Casimir anda muito triste, embora também goste dos outros membros da família.

    Claro que o nosso Fernando Pessoa nos obriga a pensar.
    Mas não é essa a missão de um poeta?

    Janita, respondi ao teu comentário no CR.

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  15. Amiga Janita, este teu post é para mim TRÊS em UM :)

    Porque, Adoro gatos, Fernando Pessoa e João Villaret.

    beijinhos e boa semana

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  16. É um bonito poema e a ilustração é o máximo.

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  17. Claro que Pessoa é uma referência de sempre, claro que há imensa gente a gostar de gatos (eu incluído), mas em 16 comentários, apenas uma referência a Villaret?
    É pouco, muito pouco!

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