sexta-feira, 9 de maio de 2014

Gabriel García Márquez.



Nunca é tarde para homenagear Gabriel García Márquez, contudo,
não irei alongar-me, agora, formulando opiniões sobre este escritor colombiano que levou a literatura da América Latina aos quatro cantos do mundo, como é do conhecimento geral.

Apenas irei referir este livro.
Uma colectânia de sete contos, curtos, mas qual deles o mais interessante. O último, com um título enorme, é o que empresta o nome ao livro e, como sugere, relata a história de uma avó, cruel, que resolve iniciar a neta adolescente no mundo da prostituição.

Uma história rocambolesca, com momentos de tristeza e alguma ternura que, como não poderia deixar de ser, não termina com um final feliz.

"Sem tom nem som, como só é possível cantar nos sonhos, cantou as linhas da sua amargura"

"Senhor, Senhor, devolve-me a minha antiga inocência, para gozar o seu amor outra vez desde o princípio"  


Se algum de vós já o leu, gostaria de saber a vossa opinião.:)

Como a poesia é uma constante, neste espaço, termino com um belo soneto de sua autoria:



Si alguien llama a tu puerta, amiga mía,
y algo en tu sangre late y no reposa
y en su tallo de agua, temblorosa,
la fuente es una líquida armonía.

Si alguien llama a tu puerta y todavía
te sobra tiempo para ser hermosa
y cabe todo abril en una rosa
y por la rosa se desangra el día.

Si alguien llama a tu puerta una mañana
sonora de palomas y campanas
y aún crees en el dolor y en la poesía.

Si aún la vida es verdad y el verso existe.
Si alguien llama a tu puerta y estás triste,
abre, que es el amor, amiga mía.

 
BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!
 
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23 comentários:

  1. Li, e como com todos os livros de Gabo, adorei!!
    Beijocas e votos de bfds

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    1. Gabo, era como os amigos o tratavam, Pedro! :)

      "Cem Anos de Solidão" foi o que mais tempo demorei a ler, não, porque não tenha gostado, mas porque tive de reler várias vezes algumas passagens, para não me perder do enredo à volta daquela família Buendía, que nunca mais acabava!!

      Beijocas e bfds!:)

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  2. Antes de mais, muito primaveril e alegre esse "Farol Amigo" de Maio ! :))

    Sobre a literatura em geral, sabes que não sou grande leitor ! :(( ... e sobre Garcia Márquez, em particular, reconhecendo o seu valor, há livros que adorei e outros que não consegui ler até ao fim !

    ... E quanto ao poema, atenção aos "bateres à porta" ! :)) ... Quem sabe se algum dia ... é mesmo "ele" ?! ...

    Beijinho e bom fim de semana, Jani ! :))
    .

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    1. Olá, Amigo Rui!:)

      Os amigos do Farol gostam de mimar os seus leitores com estes bonitos selos! Este é bastante colorido e contrasta com a 'palidez' das minhas fotos.:)
      Quanto aos livros de GGM, não posso dizer que li todos, mas quase todos. Muitos deles foram oferta dos meus filhos.

      Se alguém bater à minha porta e eu ainda tiver tempo, quem sabe, amigo mío? :))
      Este 'bater à porta' é em sentido figurado, Rui! Nunca ouviste a expressão: quando o amor bate à porta? Pois, então!

      Agora, falando a sério; estou muito contente por teres voltado ao nosso convívio, querido amigo. Sabes que já sentia saudades de ler a forma carinhosa como me tratas?...Jani...:))

      Beijinhos e abraços muito amigos!

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  3. Tenho pena mas este não li! :(

    Abraço

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    1. Olá, Rosa dos Ventos!

      Não leste, mas ainda estás a tempo de ler, Rosinha! Cada edição tem uma ilustração diferente. A desta capa está muito elucidativa. Já o tenho há vinte e tal anos e foi o meu filhote quem mo ofereceu, quando andava no 1º ano da faculdade. Isto, no Natal de 90, imagina!

      Abraço!

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  4. Olá, Janita!

    Sem comentário o livro, já que não o li...

    Bonito e sugestivo poema, ainda que nos dias de hoje já pouco se tenha o hábito de ir bater à porta... como no tempo dele.

    Beijinhos amigos e bom fim de semana.
    Vitor

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    1. Olá, Vitor!

      Eu acho que em todos os tempos se bate à porta, só que agora toca-se à campainha! :)
      O amor também bate à porta, o pior é quando nós não ouvimos e quando vamos abrir ele já foi embora!!

      Beijinhos muito amigos.

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  5. Amiga mía :)

    Não li o livro que indicaste mas fiquei curiosa.
    Agora quando batem à nossa porta é só para nos vender alguma coisa :)

    beijinho e bom fim de semana

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    1. Fê, amiga mía! :)

      Já reparaste que pode vir bater-nos à porta um vendedor de enciclopédias e, num daqueles acasos do destino, ser 'ele' o grande amor da nossa vida? Ah, pois!! :))

      Beijinhos e bom Domingo!

      *

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    1. Olá, Mar!

      As recordações mais belas são as que se mantém vivas na nossa memória. A obra de García Marquez, libertou-o da lei da morte!

      Um abraço.

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  7. "Crónica de uma Morte Anunciada" , mas só física ...porque de resto se mantém vivo.


    Todas nós, mulheres, temos uma deusa em nós....segundo o interessante livro que li há anos de que não recordo agora o nome da autora.

    A minha até era mesmo aquela que ela dizia, rrss

    Desejo excelente domingo.

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    1. Olá, São!
      "Crónica de uma Morte Anunciada" deve ter sido o único livro dele que não correspondeu às minhas expectativas. O filme, então, foi uma desilusão completa.

      Estive imenso tempo a pensar de onde viria a referência que faz às deusas, São!:))
      Só há pouco me 'estalou o clique'...é sobre a minha noção, de nada ser, perante aquela deusa oriental enorme!

      Veja se se recorda do nome do livro, gostaria imenso de saber em que deusa me encaixo.:))

      Grata pela visita e, igualmente, lhe desejo um bom resto de Domingo e uma excelente semana.

      Um abraço.

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  8. Eu comecei a ler o 100 anos de solidão, isto há muitos anos. Depois parei. Se calhar vou demorar 100 anos a ler...

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    1. Olá, Daniel.

      Eu também o li há muitos anos, mas li-o até ao fim! :) Se vires que não consegues ler todo, deixa o resto para os teus descendentes terminarem a leitura, quem sabe se cumpra a profecia dos 100 anos...:)

      Um abraço!:)

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  9. Gostei muito desse livro, apesar de não me recordar dos detalhes. Recordo que na altura em que o li, a segui aos 100 anos de solidão, li também o Outono do Patriarca. Curioso que também gostei da crónica de uma morte anunciada. Mas o meu autor sul-americano predilecto é mesmo o JL Borges.
    Beijo

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    1. Olá, Tio...

      Poucas serão as pessoas que gostam de ler que não tenham lido esse clássico da literatura latino-americana. Cem Anos de Solidão, não é um livro que se possa ler de 'empreitada'...como li, por exemplo, Amor em Tempos de Cólera e Ninguém Escreve ao Coronel...
      Também gosto de Luís Borges, mas acho que são estilos diferentes.

      Um abraço, Tio do Algarve, gostei de te ver por cá...:)

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  10. Penso que foi o 1º dele que li e gostei. Dele li também Crónica de Uma Morte Anunciada - gostei mas achei triste; Cem Anos de Solidão - gostei, mas pareceu-me que tinha demasiadas personagens e Amor em Tempo de Cólera que foi de todos o que mais gostei.

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    1. Já somos duas, Gábi!

      Também o meu livro preferido de GGM, foi sem dúvida, O Amor em Tempos de Cólera!
      Ri e reli aquele final, vezes sem conta. Inverosímil, mas delicioso!

      Beijos.:)

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  11. Olá Janita,

    O livro não li.
    Do soneto conheço duas versões:

    Si alguien llama a tu puerta, amiga mía,
    Y algo en tu sangre late y no reposa
    Y en su tallo de agua temblorosa
    El surtidor florece su alegría.

    Si alguien llama a tu puerta y todavía
    Te queda tiempo para ser hermosa,
    Si aún existe la arteria de la rosa
    Para tomarle el pulso a la poesía.

    Si alguien llama a tu puerta una mañana,
    Sonora de palomas y campanas
    Y aún crees en el dolor de la alegría;

    Si aún la vida es verdad y el beso existe,
    Si alguien llama a tu puerta y estás triste
    Abre que es el amor, amiga mía.

    O mago do realismo mágico ainda num lirismo adolescente!

    Abraço grande

    P.S. Conheces "Olhos de Cão Azul"?

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    1. Olá, Argos!

      Não sabia que havia duas versões deste soneto. Creio que a diferença está somente em três versos das duas primeiras quadras e até me soam melhor.

      Toda a adolescência é composta por um certo lirismo mágico, por vezes, até se estende p'la vida fora...o que faz com que a realidade seja mais doce!

      Conheço 'Olhos de Cão Azul', sei que é também uma coletânea de - não sei bem quantos contos - mas não li. Uma falha minha . Ainda hei-de ler, Argos.

      Fiquei muito feliz por te ver aqui, tens andado muito ausente. :(

      Um grande abraço e mil beijinhos.

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  12. A Cultura mundial está mais pobre, embora a sua obra seja imortal.

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