sábado, 31 de janeiro de 2015

Escravidão Nos Bastidores do Mundo da Moda...Aquilo Que Se Finge Não Saber E Fica Escondido Para Ninguém Ver!

Uma equipa de vídeo acompanhou três bloguers de moda noruegueses durante um mês no Cambodja, onde trabalharam numa fábrica têxtil que produz roupas para as grandes cadeias de fast-fashion. O resultado está a tornar-se viral.


 




 



Três jovens bloguers de moda noruegueses passaram das festas privadas em Oslo, para a dura realidade da vida de um trabalhador de uma fábrica têxtil no Cambodja. O desafio foi lançado por uma equipa que pretendia fazer um documentário sobre as condições de vida destes trabalhadores, chamando a atenção directa dos consumidores finais dos produtos que eles fabricam: roupa para grandes cadeias de moda como a H&M ou Mango.
O documentário pretendeu ser uma experiência social com o objectivo de mostrar os bastidores do fabuloso mundo da moda que, em muitos casos, é sustentado por histórias trágicas vividas em fábricas de países do terceiro mundo.
 
 Os produtores pretendem fazer todos aqueles que vêem o documentário pensar duas vezes antes de comprar uma peça de roupa nas cadeias de fast-fashion, que oferecem preços baixos à custa da exploração de milhares de pessoas.

 
 


 
Esta é uma canção homenagem a todos quantos lutam para ter uma vida digna numa fuga à  condição de escravatura no seu próprio país. Sem documentação, explorados, e deslocando-se em condições sub-humanas, muitos acabam por perder a vida e os que conseguem sobreviver, são repatriados. Somos todos iguais, mas uns são mais iguais do que outros.
 
                                                                     
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28 comentários:

  1. Eis uma boa causa
    assumida por adequada prosa

    o lado sujo da beleza aparente

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    1. Rogério.

      É como aquele ditado: " Por fora cordas de viola e por dentro, pão bolorento"! :)

      Um abraço amigo!

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  2. Olha olha, o grande Orwell a espreitar ali no fim do texto!!! Janita, só não gosto do título que foi replicado igualmente por tantos meios de comunicação social! O título é enganador em relação à notícia que denuncia algo muito importante no meio laboral destes países. (ainda pensei que fosse a exploração das modelos menores em circunstancias duvidosas... que também o há, como todos sabemos)

    beijo proletário!

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    1. Referes-te ao título do post, Hugo?

      Se foi replicado pelos meios de comunicação social, não sei! Eu nunca o li!

      Quanto ao ser enganador acho que não estás a ver bem a coisa! A exploração laboral nos países considerados do terceira mundo, onde as operárias não têm como escapar, é que eu considero - e pelo artigo, não só eu - escravatura!
      A exploração das modelos menores, só acontece talvez, por não serem remuneradas com o são as modelos famosas.
      Mas, penso que não devem estar obrigadas a serem exploradas. Só o serão porque querem singrar nesse mundo de falsas luzes da ribalta.

      Esta é tão somente a minha opinião, e vale o que vale...

      Proletário, Hugo? A classe do proletariado está praticamente extinta!
      É certo que para aí 90% das pessoas têm, como único rendimento, o que ganham, fruto do seu trabalho, mas hoje já existem as leis laborais e os Sindicatos que se transformaram em mediadores entre empresários, governo e são- ou deveriam ser- os porta-voz dos trabalhadores e dos seus legítimos direitos.

      Beijo em defesa dos oprimidos e escravizados!!


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    2. Janita, eu trabalho numa fábrica, por isso sou um Proletário.
      Estou completamente de acordo com o que dizes sobre essa exploração nos países do chamado terceiro mundo, há muito tempo que acordei para essa realidade (que nós nem podemos imaginar!!!). E continuo a achar o título enganador.
      Tanto a frase do Orwell com que terminas o teu texto do post, como o "Proletários de todo o mundo, uni-vos" de Marx & Engels, continuam a fazer todo o sentido!!!

      Beijo Proletário, sim!!!

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    3. Pronto, Hugo!

      Capitalista, que eu saiba, não és. Se trabalhas numa fábrica e és um operário, Ok! ... ( aqui para nós, há anos que sei isso.)

      Beijo proletário, então!! :))

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  3. Em nome das produções de beleza fátua, assim se leva a água ao moínho que nos esmaga. E a verdade é que as sociedades até buscam essa "grandeza" por puro modo de estar na vida.

    Beijos



    SOL

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    1. Da beleza e dos artigos de baixo custo, SOL.

      Aproveitam a mão-de-obra ao preço da chuva para poderem competir no mercado da moda!

      O lucro cega as pessoas e de conivência com os governantes desses países terceiro mundistas, quem se lixa é sempre o mexilhão... Isto para usar a expressão portuga.

      Beijinhos.

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  4. Olá, Janita!

    A escravatura nunca deixou de existir, somente adquiriu nova formas.Acho mesmo que este mundo está em acelerado retrocesso civilizacional, onde aos poderosos tudo é permitido, já que no fundo são eles quem nele manda.Nunca os mais fracos estiveram tão desprotegidos, e o caso que aqui trazes é um entre tantos; e a comunicação social, na mão de grandes grupos, pura e simplesmente faz o que pode para esconder estar verdades...Que, diga-se em abono da verdade, os que se encontram bem na vida também não estarão muito interessados em conhecer...

    Bom fim de semana; beijinhos amigos
    Vitor

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    1. Olá, Vitor!

      É tal e qual como dizes. Ainda agora, mesmo sem ser em países em que o povo vive na miséria e tem de se submeter a esse tipo de trabalho de burro de carga, vemos muita gente ir ao engano trabalhar para países da Europa e ao chegar lá constatarem que foram enganados. Trabalham como escravos a troco de um prato de comida. Inclusivamente, por cá!!

      Por isso, dizes bem, a escravatura nunca acabou. Quando essas redes de tráfico humano são descobertas, já os desgraçados/as penaram muito.
      Cada vez que me convenço mais que o mundo vai cair de podre...:(

      Bem, beijinhos amigos e tem uma boa semana, com saúde, Vitor!

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  5. É a ganância das grandes Empresas no lucro fácil, sem olhar a meios.
    É assim em todo o lado, na moda e nas tecnologias. Seja no Cambodja ou na China.
    Aproveitar os mais desprotegidos para benefício dos que tudo tem.
    Em Portugal, mais camuflado, também já se notam indícios.
    Parabéns pelo alerta.
    Não conhecia a canção e não consegui descobrir quem interpreta.
    Beijinho

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    1. É mesmo, Manuel.

      O cancro que está a minar o mundo: A ganância, a sede do lucro fácil, sem olhar a meios para alcançar os fins.
      Sempre foi assim e por melhores intenções que hajam e regimes democráticos se instalem, sempre assim será. É um a luta inglória contra os todo-poderosos.

      Este cantor/músico/compositor, é natural da Guatemala e esta é uma canção sua, dedicada a todos quantos tentam passar ilegalmente para os Estados Unidos, na busca do sonho americano.
      Já é a segunda vez que a publico e gostei mais da primeira, porque tem imagens verídicas impressionantes. Este vídeo foi feito num espectáculo ao vivo.

      Esta parte da canção deixa-me arrepiada, pelo grito de súplica que lhe antevejo:

      "Si la luna suave se desliza
      por cualquier cornisa sin permiso alguno.
      Porque el mojado precisa
      comprobar con visas que no es de Neptuno."

      Infelizmente, nos tempos que correm, com o terrorismo a grassar pelo mundo inteiro, os 'documentados' matam e esfolam.
      Estes desgraçados que só querem trabalho e pão, morrem como se fossem tordos!
      Enfim...

      Um beijinho!

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  6. Sabes que tocas num ponto muito sensível para mim ? ... Julgo já saberes que trabalhei 25 anos na Indústria de Confecções no Vale do Ave ?! ... Julgo também saberes que esse tipo de actividade teve grande êxito em Portugal, chegando a representar mais de 20% das nossas exportações nos anos 80. Até essa altura (quase) toda a Europa comprava a "Mão de Obra"em Portugal. Este tipo de Indústria iniciou-se nos países escandinavos, foi descendo a Europa, foi muitíssimo importante na Alemanha, Inglaterra, Holanda, Itália, França e Espanha, antes de se "instalar" em Portugal, durante umas 2 a 3 décadas !
    A partir dos anos 80 (mais notoriamente) a Europa começou a descobrir o verdadeiro filão que eram os países de leste (numa 1ª fase) e depois a bacia do Pacífico e a China. Nesses, não havia horários de trabalho, as e os empregados trabalhavam "à peça" e até dormiam na própria fábrica e a preços da chuva, salários miseráveis !
    Claro que esse facto arrastou para lá todo o mercado, levando à falência em cadeia das nossas fábricas, nomeadamente nas zonas mais importantes tais como o Vale do Ave ! ... e daí uma importante estória da minha vida, que julgo já conheceres !
    Há falências "abençoadas" ! :)) ... Quem diria ?...

    Abraçaço ! :))
    .

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    1. Eu sei dessa tua experiência neste sector de confecção de vestuário, amigo Rui. Contaste-a pessoalmente!
      Também já aconteceu o mesmo aqui em Portugal, em relação à mão-de-obra barata.
      Na Índia e no Paquistão, há fábricas de calçado feito à mão, que se vendem por todo o mundo a preços altíssimos, de marcas famosas e se dizem provenientes de Itália.
      Na verdade, os verdadeiros artesãos vivem, como já mencionaste, no local de trabalho, comem e dormem em beliches, sem horário e a troco de uma ridicularia.
      Olha, até já estou a ficar mal disposta e com dores de cabeça, só de escrever e pensar nestas atrocidades. Mas porque me meto eu nestas coisas? :(

      Vou terminar fazendo jus às tuas palavras quanto à 'abençoada' falência, que te proporcionou dares uma reviravolta na tua vida e só te trouxe benefícios, em matéria de qualidade de vida e paz de espírito! :))

      Beijinho e abraçaço à maneira! :))

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  7. Muito do poder de alguns adquire-se à custa da escravatura, da pobreza, da miséria de muitos, muitos seres humanos, que não são vistos como tal. É assustadora a impotência de nada poder fazer, infelizmente aumenta a cada dia o numero de indefesos e desprotegidos. Ai que denunciar, sabemos que não resolve, mas ajuda.
    Obrigada Janita pela musica que gosto muito.

    Beijinho querida, tem um bom fim de semana.

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    1. Minha querida, Adélia.

      É assim que a maioria de nós se sente! Impotentes, face a tanta injustiça social. Esperemos que as coisas melhorem e vá havendo saúde.

      Um beijinho grande e votos que o pior tenha passado, minha amiga!

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  8. Esta es una practica que se lleva haciendo muchos ,y por supuesto denunciándolo como los niños de poca edad cosían los balones de futbol ,o esas modistas horas y horas delante de la maquina de coser por una miseria de sueldo.

    Se debe hacer uno la pregunta porque se marchan a otros países y no montan en el suyo las fabricas, porqué en esos países los esclavizan.

    Estimada y no olvidada Janita no te preocupes a veces nos pasa que se nos pierden los caminos y las palabras no llegan ,,pero nunca se olvida lo que en su dia se disfrutó.

    Saludos

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    1. Hola, amigo José.

      O trabalho infantil é proibido por Lei e penalizado, mas em casa de gente pobre é preciso trabalhar para terem o que comer.

      Vão procurar trabalho noutros países todos aqueles que não o encontram no seu próprio país. Neste momento em Portugal a mão-de-obra especializada, está toda a emigrar para os USA ou outros países da Europa.
      Pois se foi o nosso PM que o sugeriu, devido à crise...
      Desculpa, amigo, mas o que não perceberes vais ter de recorrer ao tradutor.

      Também te estimo e não te esqueço, José, ainda que as palavras andem, por vezes, mais ausentes.

      Besos y abrazos! :)

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  9. E este caso é apenas uma das pontas do Iceberg...

    Sabes o que eu me lembrei agora? Do tempo eme que não havia "prête-a porter"... e íamos à modista fazer a nossa roupinha por medida! Eu tive roupas bem giras feitas na costureira! :)

    Beijocas à tua medida
    (^^)

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    1. Há muitos casos em que o que está à vista é apenas a ponta do iceberg, podes crer!
      O resto, aquilo que não se quer mostrar aos olhos de todos, fica escondido nas profundezas do anonimato. Ó-Ó...Não é o meu caso, pois comigo, é tudo às escancaras, às vezes, até demais. Pensei, já vou dizendo... Mas cada qual é como é!

      Eu sou do tempo em que não havia pronto-a-vestir, agora tu não sei.:)

      Mandei fazer muito vestinho e saias por medida. Acho que só nos anos 70 comecei a comprar roupa feita.

      Beijos na medida que melhor te servirem!!

      ;))

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  10. Amiga Janita, mas há alguma coisa neste mundo que não tenha um lado obscuro. Infelizmente por ser tão vulgar vira banal e quase ninguém liga.
    Onde entra o lucro entra a exploração, e a moda é propicia a esta dolorosa escravidão.
    Mas felizmente que há quem denuncie e quem divulgue, pena serem tão poucos.
    Fico muito triste com estas notícias.

    beijinho e boa semana minha amiga

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    1. Amiga Fê,

      Até a alma tem a sua face negra, como cantava o Rui Veloso.

      Oh, amiga, isso de denunciar cabia, em maior escala, aos meios de comunicação social, mas esses, na sua maioria, estão vendidos aos interesses dos jornais e revistas que lhes pagam.
      Isto é um círculo vicioso! Sem generalizar, claro! Mal iria o mundo se só houvesse corrupção.

      Beijinhos e votos de boa semana, também para ti, amiga Fê!

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  11. De cada vez que é referida uma situação destas sinto-me revoltado (*) imaginado as degradantes condições em que estes trabalhadores possam estar a viver e que é injusto/degradante.
    Penso também que é (ainda que reprovável) uma maneira destes trabalhadores conseguirem um rendimento de subsistência.
    Penso também que os governos (os de "lá" e os de "cá") têm culpa no cartório:
    -os de cá porque acietam que as empresas desloquem para lá a confecção dos seus produtos à custa do desemprego de cá.
    -os de lá porque arrecadam contribuições fiscais que de outro modo nunca receberiam.
    Se calhar este comentário ficou confuso mas confio na tua segacidade e inteligência para me perceberes *_ô

    Beijokas confeccionadas com sorrisos :)

    (*) desde que os empresários "descobriram" gente que aceita trabalhar por uma malga de sopa (ou um prato de migas), sem que os seus governantes a tal se oponham), encontraram a galinha dos ovos do lucro. Não surpreende por isso que os chineses proliferem na Europa -e fora dela- sobretudo em países onde o poder de compra seja baixo, como por exemplo...

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    1. Oh, meu Caro Amigo Kok.

      Podes contar sem dúvida e com plena certeza ( já pareço o tal) com a minha total e perfeita inteligência, sagacidade e perspicácia, para perceber tudo o que escreveres. Por mais oculta, nas entrelinhas, que esteja tudo aquilo que queres dizer, inclusive as reticências....Ô _ Ô...*****

      Beijocas em modo slow - à moda da minha terra-

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  12. Sou do tempo dos "shows"...
    Fast, seja na roupa ou alimentação, digo sempre não!

    :)

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  13. Já somos dois, Rui!

    Comigo nem fast-food nem fast- fashion. Como sou alentejana, sou mais para as coisas feitas devagar, devagarinho...

    Só agora reparei nestes comentários, daí a resposta tardia! As minhas desculpas!

    :)

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  14. Uma experiência que devia ser seguida em muitas situações da vida.
    Às vezes as pessoas nem sequer fazem ideia do que está por de trás das "coisas belas da vida".

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    1. Tens razão! Por de trás das coisas aparentemente belas da vida, pode esconder-se muita sujidade e sordidez.

      Um beijinho, João!

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