domingo, 22 de novembro de 2015

A Verdade dos Abraços.

Da Net.  A mais parecida que encontrei,com a que o escritor
publicou para ilustrar a sua Crónica.
Juntar as pontas dos ombros e dar algumas palmadinhas nas costas não é um abraço. 
Escrever «abraço» no fim de um e-mail também não é um abraço.

Indiferente ao desenvolvimento social e tecnológico, um abraço continua a ser duas pessoas que se juntam e se apertam uma de encontro à outra.

Não são os abraços que provocam as ligações, são as ligações que provocam os abraços.
Um abraço tem muita importância.

Quando eu era uma criança, teria talvez uns nove ou dez anos, o meu pai deu-me um abraço na cozinha da nossa casa. Era de madrugada porque essa era a hora em que, naquele tempo, se saía da minha terra quando se ia para Lisboa.
O meu pai tinha uma operação marcada no hospital, estava vestido com as roupas novas e tinha medo. Enquanto me abraçava o meu pai chorou porque, durante um momento, acreditou que podia nunca mais me ver.

Os braços do meu pai passavam-me pelos ombros, a minha cabeça assentava-lha na barriga, sobre o pullover. A lâmpada que tínhamos acesa por cima da cabeça espalhava uma luz que amarelecia tudo o que tocava.
O meu pai usava um aftershave muito enjoativo, barato, que alguém lhe tinha oferecido no Natal. Agora mesmo, consigo ainda sentir esse cheiro com nitidez absoluta.

A operação correu bem. Depois do susto, depois da convalescença, o meu pai voltou para casa com uma cicatriz grossa e roxa na barriga. Depois disso, tivemos direito a nove anos em que não voltámos a pensar em despedidas.
Durante muito tempo procurei em toda a minha memória, as lembranças de quando voltou da operação ou, depois, quando tínhamos a mesma altura ou, mesmo depois, quando ficou doente pela última vez. Mas abandonei as buscas, não consigo recordar outra ocasião em que nos tenhamos voltado a abraçar.

Essa madrugada na cozinha, a luz amarela, o aftershave, foi a única vez em que nos abraçámos na vida.
Não afirmo com leveza que um abraço tem muita importância. Há quinze anos que escrevo livros apenas sobre esse abraço.

Crónica de estreia do escritor, José Luís Peixoto na Notícias Magazine, revista semanal do JN, publicada hoje, sob o título: 

                        “O que dizem os abraços”



Nota: O principal motivo que me levou a partilhar convosco esta Crónica, para além de saber vir muito a propósito sobre a facilidade com que distribuímos abraços, foi ter-me lembrado da opinião de um Amigo que nunca se despede de mim - e creio que de outros amigos também - com um beijo ou um abraço.
Penso que se recusará a vulgarizar uma manifestação de afecto, que apenas se sente ao vivo e, somente, com quem temos uma forte ligação afectiva. Mas isso já sou eu a conjecturar...
Não vou dizer de quem se trata, mas sei que ele - se acaso me vier ler - saberá de quem falo! Verdade?   J

33 comentários:

  1. Para mim, um abraço é das coisas mais importantes do mundo. Para mim, o abraço é sentir o coração do outro, é comungar um sentir, uma emoção. O beijo social é uma moda, mas não diz nada. Havia maior sentimento num aperto de mão antigamente do que nos beijinhos de agora.
    Obrigado pela partilha da crónica. Gostei de ler.
    E no Sexta há mais capítulos.
    Um abraço e uma boa semana

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    1. Concordo inteiramente com a sua opinião, Elvira!
      Não é segredo para ninguém, que sempre gostei de abraços.
      Sem dúvida que o aperto de mão caloroso e com vigor, que se usava nos meus tempos de juventude, transmitia-nos mais sentimento sobre o outro do que os beijos fugidios de hoje.
      Este fim de semana passou num ápice e nem deu tempo para ir ao Sexta ler a história da Mariana e do Miguel. Irei colocar a leitura em dia.

      Obrigada e um abraço, Elvira!

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  2. Eu entro e saio deste espaço
    sem um beijo, sem um abraço

    Não é por frieza ou distanciamento que o faço
    é apenas porque acho muito formal
    fazer disso regra virtual

    (...recuso-me a vulgarizar uma manifestação de afecto, que apenas se sente ao vivo e, somente, com quem temos uma forte ligação afectiva. É isso mesmo, minha querida amiga)

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    1. Faz mal, Rogério!
      Na entrada e na despedida é comum a gente cumprimentar quem visita! :)

      Se sou a sua querida amiga, naturalmente haverá alguma ligação afectiva que justifique um abraço na despedida...:)

      Um abraço, amigo Rogério!

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  3. Abraços e beijos (abreijos) têm sido banalizados. Por culpa de todos nós. E eu, pecador me confesso.
    A partir de agora, acabaram-se os abraços e os beijos (abreijos). Está dito.

    Boa semana, Janita.
    Ciao ahn?

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    1. Observador,

      Abreijos, é uma espécie de dois em um. Não é uma coisa nem outra.

      Só o digo por brincadeira e tu sabes isso.

      Vai-te confessar a um padre mouco e, por aqui, quero sempre um beijo, um abraço ou uma beijoca - entre amigos também serve- Ficas avisado.

      Um beijo e boa semana, António.

      ( o tal meu amigo que não se despede com abraços nem beijos é que gosta de dizer «adeus»...em vários idiomas!! )

      :)

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  4. O texto está excelente. Contrariamente ao que afirmas na nota final, não julgo que despedirmo-nos na escrita com “um abraço” (o que emprego mais (ou quase exclusivamente) para o género masculino) constitua uma “banalização”, embora entenda o sentido do que dizes. Fico parvo é ao observar pessoas ao lado uma da outra a despedirem-se sem se tocarem e a dizer “adeus abraço” ou “beijinhos”…

    Beijinhos (embora nunca tos tenha dado pessoalmente, um dia chegará a oportunidade para tal!)
    FATifer

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    1. Olá, FATifer!

      Também gostei muito do texto e há nele uma valorização da importância que representa um longo e sentido abraço entre duas pessoas unidas por uma forte ligação afectiva.

      A minha nota veio mais a propósito da opinião desse meu amigo. Não é propriamente algo partilhe. Gosto de me despedir, mesmo virtualmente, com abraços ou beijos. São manifestações de carinho e/ou apreço.
      A 'banalização' está nesse exemplo que dás, entre pessoas que se encontram pessoalmente.

      Um dia espero poder dar-te um abraço e dois beijos, mas até lá...

      Beijinhos!

      :)

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  5. Um dia escrevi isto

    Chove dentro de mim: Uma chuva miudinha e irritante que vai tornando tudo cinzento e frio.
    Não me apetece levantar, insisto comigo várias vezes e acabo por desistir chamando-me… “palhaço”.
    Fecho os olhos, não quero sentir mais nada, quero estar só.
    “És um palhaço, palhaço”.
    Não sei porquê, da memória, qual zunido provocante de mosquito, chegam-me fragmentos de uma história lida e relida mil vezes na minha infância.
    Tento enxotar a lembrança, mas em vão.

    “Era uma vez um Palhaço com um nariz muito grande e uns olhos que brilhavam como estrelas. E quando ria parecia a escala musical: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó!”

    Matilde Rosa Araújo e o Palhacinho Verde! O circo da vida e o palhaço mágico.
    O palhaço que encarava as agruras da vida com gargalhadas cristalinas.
    As suas gargalhadas eram música.
    Ri palhaço, ri-te Argos ( Ricardo)!
    Continua rir, transforma a chuva miudinha em risadas e as risadas em notas de música e as notas de música em arco-íris ou estrelas e….e não é fácil!
    Pois não, mas quem disse que era?
    Pelo menos já sorris…

    E hoje afinal quero ser palhaço de mim!

    Pois quero, gosto de ser palhaço, de rir e de dar e sentir abraços mesmo que virtuais, mesmo que para algumas pessoas não sejam válidos nem signifiquem nada. Mesmo que sejam banalizados (e as outras palavras banalizadas como amigo, desculpa, sinto muito, obrigado?)

    Abraço grande, Janita

    (Tudo é muito complexo, tudo depende do contexto, das vivências e situações. Tudo pode ser considerado uma banalização, tudo...depende de nós ou talvez não)

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    1. É por seres como és que te estimo tanto, meu Amigo!
      Somos muito parecidos. Impetuosos, sinceros, leais e nem sempre cordatos, nem sempre de bem com a vida e com os outros.

      Culpa nossa? Não interessa encontrar culpados. Somos como somos e tudo o resto é nada!!

      Palhaços? Não encaro essa palavra de forma pejorativa. São homens com uma capacidade incrível para encarar as vicissitudes com um sorriso nos lábios.
      Quero os teus abraços mesmo que virtuais, mesmo que não sintamos o calor do corpo um do outro, estamos juntos em pensamento.

      Agora vim apenas responder rapidamente, amanhã falaremos melhor.

      Foste o que de melhor me aconteceu nestes últimos anos da minha vida, como se sempre te tivesse conhecido . Na nossa Amizade não há espaço para brechas, lembras-te?

      Ricardo/Argos, quero levar-te comigo no coração, quando chegar a minha hora de partir e tu sabes isso.

      Abraço Grande Ricardo!

      PS. O escritor não pretendeu banalizar o abraço, começou hoje a escrever as suas Cronicas na Revista e iniciou-as com o tema pelo qual é mais conhecido, o " ABRAÇO"...:)

      Beijinhos e dorme tranquilo!

      Os outros Amigos que me perdoem, amanhã será outro dia. Hoje és tu a minha prioridade!

      Janita

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  6. Tanta coisa por uma palavra!

    Abraço grande

    ( até que JLP lucrou com a palavra ABRAÇO, afinal o livro vendeu bem... vingança;-) )

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    1. Só uma palavra mas com muita força, Ricardo!!

      Ficaste de candeias às avessas com o JLP, mas a culpa foi minha. Tudo o que ele escreveu só revela o quanto ele sentiu falta de mais abraços do pai.

      Antigamente, as pessoas tinham uma certa reserva nas manifestações de afecto, quer nas palavras, quer no contacto físico.

      Anda bem que o livro vendeu bem...os escritores têm família para sustentar!! ;)

      Beijinho e grande abraço!!

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  7. Já alguém referiu isto, mas é estranho pessoas despedirem-se na rua dizendo "um abraço" sem realmente darem o abraço. As palavras estão a perder o significado.

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    1. Ora cá está o homem de quem se fala!!

      O que o FATifer referiu também tu já constataste, Daniel.

      Lembro-me de um dia me falares nisso.

      Vamos, então, dar significado às palavras!
      Mando-te um beijo, porque sim e porque gosto. Pela tua parte, se não o quiseres, recusas.

      :)

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  8. Para mim a grande frase do texto é esta "Não são os abraços que provocam as ligações, são as ligações que provocam os abraços.
    Um abraço tem muita importância."
    Nem abraços nem beijos não os dou sem mais nem menos ;))) mas quando os sinto, dou-os com muito gosto, recebo-os e agradeço-os quando são sentidos e propositados. bjs

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    1. Somos duas, Papoila!
      A parte do texto que sublinhas é bastante elucidativa da importância que o escritor dá a essa manifestação de afecto: o abraço!

      Entre as ligações virtuais vão-se criando também laços de ternura e nesses casos gosto de a manifestar quando se trata de pessoas às quais nos afeiçoámos.
      Toma lá, então, um beijo!! :)

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  9. Eu gosto de me despedir sempre da mesma forma.
    Porque acho que demonstra ternura, afecto.
    Beijinhos, boa semana :)))

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    1. E é com a mesma ternura e afecto que sempre gosto de me despedir de si, Amigo Pedro! :)

      Voando até Macau, aí vai um beijinho de Amizade! :))

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  10. Os abraços (e os beijos também) só quem os tem é que os pode dar e só quem os quer é que os recebe.
    O acto virtual com que me despeço no final dos meus comentários não é somente um "gesto" amigo de despedida; é também uma forma de esperar ser retribuído quando na resposta ao dito comentário.
    Assim, eternizar-se-à em cada novos e futuros comentários.
    Confusos? Admito porque eu próprio fiquei baralhado com o que escrevi e antes que me baralhe mais, despeço-me com as habituais beijokas e + os sorrisos.

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    1. Nem mais, Kok!!
      E não estou nem um pouco confundida. Percebi-te perfeitamente!

      Dá beijos/abraços quem gosta e recebe-os quem os quer. Nada mais simples!

      Por mim podes continuar a mandar as beijokas- com k e tudo - e eu como sei que em Roma se deve ser romano, faço o mesmo.

      Aí vão as retribuições de beijos e sorrisos! :)

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  11. Querida amiga, gosto da vulgaridade das manifestações de carinho na escrita .
    Claro que ao vivo, o calor de um abraço não tem comparação e nós felizmente já tivemos essa oportunidade.
    Gosto muito da escrita de José Luís Peixoto e este comovente texto não é excepção.

    Um abraço e um beijinho :)

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    1. Pois com certeza, minha querida Fê!!

      Ao vivo tudo é mais real, mas como andamos nestes meandros virtuais há tantos anos, já somos como uma família. E a Família despede-se sempre com carinho.

      Também para ti, um forte abraço e um beijinho! :)

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  12. Na verdade, não sou muito efusiva, nem com abraços nem com beijinhos, nas caixas de comentários. Uma vez ou outra lá os deixarei, mas quase sempre saio sem rematar com uma despedida. Espero que não me levem a mal por isso. Costumo, isso sim, deixar um sorriso que espero faça a vez de um abraço ou de um beijo.
    :)

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    1. Não Luísa, não levamos nada a mal.
      Há pessoas mais efusivas do que outras, tanto aqui como lá fora. Cada pessoa tem de ser como é, senão deixa de ser natural, e nota-se bem quando uma atitude ou palavras são forçadas.
      Já tinha reparado que deixas sempre um sorriso é isso, para mim, é o bastante. Claro que não invalida que te mande, eu, um beijo!
      :)

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  13. Um post muito interessante, Janita.

    Quando comecei a andar pela blogosfera, creio que deixava sempre abraços. Achava que era mais formal visto que não conhecia ninguém. Verificava que muitos comentadores, noutros blogues, deixavam beijinhos ou beijocas, um termo que nunca usei na vida real, mas que acho muito ternurento. Os beijinhos considerava uma forma muito intimista de despedida/cumprimento entre pessoas que não se conheciam. Os meses foram passando e estabeleceu-se uma certa “intimidade” entre nós. Os leitores/amigos começaram a deixar-me beijinhos que eu retribui e retribuo com “bjos” – uma forma mais rápida de escrever - ou, com mais frequência, um sorriso, que seria o que faria na vida real.

    Tenho visto algumas alterações à medida que o tempo vai passando na forma de cumprimentar de determinados bloguistas. Os abraços passaram aos beijos ou beijinhos. Curiosamente, alguns desses mesmos bloguistas continuam a deixar-me abraços. Não estou a reclamar. Acharia estranho, nesta altura, se, de repente, lesse beijinhos! : )))) – refiro-me aos “amigos bloguistas”.

    Quando encontramos amigas portuguesas, cumprimentamo-nos, habitualmente, com um ou dois beijos. Já com as amigas não-portuguesas, raramente nos cumprimentos com beijos ou abraços a não ser em circunstâncias especiais ou porque já há bastante tempo que não se vê essa pessoa. Dizemos simplesmente “hello” despedimo-nos com “see you later” ou “bye”, por exemplo, ou “ciao”!!
    : ))

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    1. Catarina,

      Muito eu gostei deste teu testemunho enquanto bloguista!! :)

      Quando comecei também não conseguia mandar beijos e abraços. Não estava habituada a esse tido de despedidas ou saudações tão intimistas com pessoas que, algumas, nem o rosto conhecia.
      Aos poucos fui-me acostumando, até porque fui "conhecendo" e convivendo virtualmente, como se estive a escrever uma carta a um/a amigo/a pessoal, mas que estivesse longe!

      Como já conheço pessoalmente, mais de duas dezenas de amigos aqui da blogosfera, isso tornou-se normal.

      Achei muito interessante a tua experiência como cidadã de dupla nacionalidade!
      A diferença que acontece entre o cumprimento com amigas portuguesas e canadianas.
      Ao fim e ao cabo, é tudo uma questão de culturas. :)

      Sendo ambas portuguesas, gosto de ti e te considero uma boa amiga, olha...

      Beijinhos!! :))

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  14. Os abraços só passaram a fazer parte da minha vida há relativamente poucos anos. Na minha infância e na minha juventude os abraços não se usavam. Nunca dei um abraço à minha mãe ou à minha avó que eram as pessoas que eu mais amava. Beijos, sim: de manhã ao levantar e ao deitar. Formalmente.

    As coisas evoluíram muito em termos emotivos cá pelo país e os abraços estão na moda. No que toca à internet - blogs, mails e facebook - mandar beijinhos, ou beijos, ou abraços não passa, na maior parte das vezes, de um despedimento informal como outro qualquer, sem significado profundo.

    Digo eu...

    E já agora, beijinhos e abraços...

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    1. Concordo contigo, Graça. Não era muito hábito darmos abraços. Aliás, as expressões de carinho com o pai não eram frequentes. Havia alguma timidez de parte a parte. Em Portugal, ainda se cumprimenta com beijos e não abraços – isto quanto à minha família e amigos. Já aqui o abraço é mais comum... mesmo entre os jovens.. Nunca vi os meus filhos cumprimentarem os seus amigos com beijos. Sempre com abraços ou com um “hello”. Beijos só com a família – parte portuguesa – e amigos portugueses. Quando eram pequenos tinha de os fazer lembrar. Eu acabei por me habituar. Prefiro os abraços. : )
      Ainda hoje, quando cumprimento alguém com um beijo – nunca sei se a pessoa está à espera de um ou de dois beijos em ambas as faces. Uma inconveniência muito grande! Daí o abraço ser muito mais prático... e até mais higiénico!! : )

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    2. Minhas queridas Graça e Catarina,

      Os vossos comentários vieram corroborar o que disse acima como resposta ao segundo comentário do meu amigo Ricardo.
      Abraços e beijos, há uma geração atrás não eram comuns, mesmo entre pessoas da mesma família e que se amavam muito, como é natural.
      Havia até uma certa reserva nos contactos físicos e comedimento nas palavras afectuosas.
      Os cumprimentos eram beijos fugazes e apenas quando nos despedíamos ou nos saudávamos

      Felizmente que os tempos mudaram!! Abraçar e beijar os que amamos é uma forma de equilíbrio das nossas emoções.

      Quanto aos beijinhos e abraços no nosso blogobairro, acho que já está tudo falado e entendido! :))

      Beijinhos e abraços para ambas! :)

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    1. PSC,

      Obrigada pela visita e simpáticas palavras.

      Uma grandiosa vida para si!
      :)

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  16. Olá. Vim do Kok para aqui.

    Já tinha lido o artigo, sou uma fã do Peixoto.
    O que ele escreve sobre o abraço faz todo o sentido. As pessoas, na generalidade, têm uma certa tendência para vulgarizar o que é único e nada vulgar.

    Gostei do espaço ;)

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    1. Olá, Lina.

      E fez muito bem em vir! Fico contente e grata por isso.

      Não posso dizer que seja grande fã do JLP, porque não conheço bem a sua obra , mas o que tenho lido dele tem-me agradado.
      Essa Crónica li-a na Revista que acompanha as edições de Domingo do JN, gostei e deu-me muito prazer partilhar aqui.

      Como em tudo, as opiniões nem sempre convergem, mas esta foi uma óptima publicação! Estou satisfeita! :)

      Obrigada, um beijinho! ;)

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