domingo, 31 de dezembro de 2017

NOVO ANO...


Para conseguirmos um
 Ano Novo
Temos de o merecer,
Fazer por isso.


É dentro de nós que o
Novo Ano
Vive e espera...
...desde sempre!




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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

JÁ Fui Feliz Aqui. [ XL ]




Se alguém precisar ser esclarecido acerca do motivo porque fui feliz,aqui, 
serei forçada a receitar Memofante.





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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Oh Meu Rico Limoeiro...






Há tantos limões em ti
Que nem te seguras mais

Oh meu rico limoeiro
Quiseste fazer inveja

À vizinha laranjeira
E nem te querem os pardais

*

Fiz já tanta limonada…
Tarte de limão e pudins

Comeram-se as rabanadas
Aletria, arroz doce

Iguarias, tantas foram
Nestes maravilhosos festins.

*

Ficaste com os teus limões
Que muita falta irão fazer

Quem quiser derreter banhas
Não fique à espera do Verão…

 - Chupando-te devagarinho
Todos aqueles que engordaram
As gorduras  perderão!...

:)



Nota:

Como ter amigos é fortuna, vejam só a riqueza de ideia que um amigo me enviou.




Obrigada, Ricardo R. 

Um abraço Grande! 

:)


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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

A Alegria E O Canto Da Cigarra....

É um direito adquirido. :) Não um erro nem um defeito.



Cega-Rega


É difícil.  Isto de começar num montouro, e só parar na crista dum castanheiro, tem que se lhe diga. É preciso percorrer um longo caminho. Embrião, larva, crisálida...
Todas as estações do íngreme calvário da organização. Animada pelo sopro da vida, a matéria necessita do calor dum ventre. Antes dessa íntima comunhão, desse limbo purificador, não poderá ter forma definitiva. Custa. Mas a lei natural é inexorável.
Exige consciência de cosmos antes da consciência de ser. O calor dá no ovo. Aquece-o e amadurece-o. A casca quebra. Depois... Ah, depois é essa descida ao húmus, essa existência amorfa, nem germe, nem bicho, nem coisa configurada.

IMAGEM  DAQUI

Largos dias assim. Até que finalmente em cada esperança de perna nasce uma perna, e cada ânsia de claridade é premiada com dois olhos iluminados. Cresce também uma boca onde a fome a reclama, e surgem as asas que o sonho deseja...
É difícil, mas vai. Desde que haja coragem dentro de nós, tudo se consegue. Até fazer parte do coro universal.

(…)


   -  Muita alegria tem tal bicho!

   - A alegria passa-lhe... É deixar vir o Inverno...
A pressurosa formiga! A coitada! Como se trabalhar fosse um destino!

   - E temo-lo aí, não tarda muito.

Evidentemente. Mas que lhe importava? A escolha estava feita. Que as folhas do calendário, como as das árvores, fossem caindo, e que os ceifeiros lançassem as gadanhas ao trigo maduro, numa condenação de galerianos. Que nas tulhas se acumulassem toneladas de grão. Ao lado dos celeiros atestados, ficaria um celeiro vazio. Um símbolo de inquebrantável confiança.
  - Mas em quê? - Perguntava um pardal suspicaz.
Outro que não compreendia. Outro que só concebia a existência a saltar de migalha em migalha.

  - Chega-lhe, Cega-Rega!

O Poeta!…Louvado seja Deus!  Até que enfim lhe aparecia um irmão!... Um irmão que sabia também que cantar era acreditar na vida e vencer a morte…

A morte que a espreitava já, com os olhos frios do Inverno...




Da página 85 à 89.

(Excerto do conto «Cega-Rega» de Miguel Torga)

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Liberdade

— Liberdade, que estais no céu…
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.
— Liberdade, que estais na terra…
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
Da oração.
Até que um dia, corajosamente,
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,
Saborear, enfim,
O pão da minha fome.
— Liberdade, que estais em mim,
Santificado seja o vosso nome.

Miguel Torga

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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A TODOS DESEJO FESTAS FELIZES.

Este bonito vaso de poinsétias - estrelas de Belém ou simplesmente - Flor de Natal,
foi-me oferecido por um amigo muito querido. 


Este presépio, lindo, veio da Holanda devidamente instalado,
depois de ter sido, por mim, para lá enviado.




Não deixem para mais tarde as alegrias que puderem dar e receber hoje! 

Sejam felizes! 
 Não esquecendo de
fazer felizes os que vos querem bem. 




  F E L I Z  N A T A L



M E U S A M I G O S.




quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Como Se Aprende A Gostar de Grelos.




Maria Antonieta é uma velha amiga que conheço desde os tempos de juventude. Contou-me ela, certo dia, num dos nossos momentos de desabafos e lembranças mútuas, que sempre teve boa boca, tudo o que fosse comestível marchava. Desde pequena que era assim. Caldo verde com carapauzinhos fritos e ervilhas estufadas com ovos escalfados eram, no entanto, os seus pratos preferidos.
Só havia algo que nunca conseguiu tragar: grelos. Fossem de couve ou de nabo. De nabos, então, com aquele sabor acre, azedo, nem pensar…Davam-lhe  volta ao estômago e não havia nada a fazer.

Pois num belo dia em que acompanhou uma sua prima-irmã, que andava a mudar de casa, lá para os lados de Benfica, após muitas voltas e reviravoltas, idas à mercearia do bairro pedir caixas de cartão, embalar roupas de cama, embrulhar louça em papel de jornal, ouvir os monólogos da prima; isto vai para o lixo, isto vou dar à minha vizinha… ai não é bom de mais, vou mas é ficar com isto e mais tarde resolvo.
Sobe e desce escadas…quando chegou ao entardecer é que se lembraram que desde o frugal dejejum não havia entrado nas suas bocas qualquer espécie de alimento. Maria Antonieta sentia a barriga colada às costelas. Na casa, prestes a ficar devoluta, a despensa estava vazia. Contou-me ela que a vontade de comer passou a fome, fome mesmo, daquela de esganar.

Lembrou-se a prima de ir ver se na mercearia haveria algo que pudessem cozinhar, já que naquele tempo não existiam restaurantes de take away. Ficou Maria Antonieta em casa a embalar os últimos trastes. Quando se sentou à mesa, improvisada, que em tempos normais servia para passar roupa a ferro, viu sair das mãos da prima uma fumegante travessa de batatas cozidas, um chouriço de carne cortado em rodelas grossas e algo verde e de cheiro pouco apetecível: os malfadados grelos.
Nesse dia forçou-se a comê-los pois não quis dizer que não gostava, e, a partir desse jantar, que lhe soube como o melhor manjar que só sabe dar valor quem já sentiu fome, dizia e garantia Maria Antonieta, que nem na noite de Consoada dispensava uma boa e fumegante travessa de grelos cozidos a acompanhar o bacalhau.
Poderia faltar o peru, grelos; nunca!

Quando hoje fui fazer a minha caminhada, que já não fazia há mais de uma semana, não pude deixar de pensar na Maria Antonieta e nesta passagem da sua vida, quando vi que aquele campo de cultivo, onde apenas uma semana atrás verdejava algo que me parecia erva, estava agora repleto de verdes e tenros grelos…




E vocês?... Gostam de grelos de nabo, ou esse tipo de hortaliça é algo que não vai à vossa mesa?...








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Como Um Camponês Aprendeu O Padre - Nosso.



Tinha um coração duro e não era esmoler. Foi-se confessar uma vez, e o confessor deu-lhe por penitência rezar sete vezes o Padre-Nosso.
--  Não o sei, e nunca o pude aprender, respondeu o aldeão.
--  Pois nesse caso, tornou o confessor, imponho-te por penitência: dar a crédito um alqueire de trigo a todas as pessoas que to forem pedir da minha parte.
     No dia seguinte de manhã apresentou-se o primeiro pobre.
      »Como te chamas?- perguntou-lhe o camponês»
      «Padre – Nosso – Que – Estais – No  - Céu, respondeu o pobre.
      «E o teu apelido?»
      »Seja – Santificado – O – Vosso – Nome. »
E o pobre foi-se embora com o seu alqueire de trigo.
Ao outro dia chega outro pobre.
       «Como te chamas?»
       «Venha – A – Nós – O – Vosso – Reino.»
        «E o apelido?»
        «Seja – Feita – A – Vossa – Vontade.»
 E partiu com o seu alqueire de trigo.
Veio terceiro pobre.
         «Como te chamas?»
         «Assim – Na – Terra – Como – No – Céu.»
         «E o teu apelido?»
         «Dai - Nos – Hoje – O – Pão – Nosso – De – Cada – Dia.»
E levou o seu alqueire.
Vieram ainda mais dois pobres sucessivamente, e passou-se tudo da mesma forma até chegar ao Amén.
Pouco tempo depois o confessor encontrou o aldeão
           – Então já sabes o Padre – Nosso?
         – Não, senhor cura, sei só os nomes e apelidos dos pobres a quem emprestei o meu trigo.
             – Quais são? Tornou o padre.
E o aldeão enumerou-lhos a seguir, e pela ordem em que cada um se tinha apresentado.

          – Já vês, disse o confessor, que não era muito difícil aprender o Padre- Nosso, porque já o sabes perfeitamente.  


Nota:
Há aprendizagens que só se conseguem adquirir a custo das próprias vivências e necessidades. Essas, são as que nunca se esquecem...ficam para toda a vida.

Do livro de Guerra Junqueiro: "Contos para a Infância".
( porque é de pequenino que se torce o pepino)

Pág. 57 - 58 - 59.






segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Então É [ Quase ] Natal.


                       



Oh, Noite Santa! As estrelas brilham tanto
É a noite do nascimento do querido Salvador
Há muito o tempo está em pecado e erro
Até que Ele apareceu e o Espírito sentiu o seu valor
Um tremor de esperança, o cansado mundo regozija

Oh, noite divina, a noite em que Cristo nasceu
Oh, noite, oh noite Santa, oh noite divina!

(...)


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domingo, 17 de dezembro de 2017

Quem Dá Mais?...Com Adenda.


Ainda se lembram daquele príncipe saudita, que arrematou o Salvador do Mundo, tela supostamente da autoria de Mestre Leonardo da Vinci, na leiloeira Christie's, pela módica quantia de 380 milhões de euros ?  Quem não se lembrar pode refrescar a memória AQUI.

Pois bem, onde quero chegar é a este importante tema:
Nas voltas pelo meu sótão, na vã procura de encontrar algo que me abrisse o apetite para iluminar e dar vida natalícia, cá ao meu habitat, vejam só a obra de arte que me apareceu, vinda de uma época sem precedentes, vivida por mim, e por mim já quase esquecida.
[O quadro é o mesmo, fica aqui nas versões Sol e Sombra, pois não consigo atinar com a escolha.]







Resumindo:--- Acham que o tal príncipe lá dos Emirados Árabes, ou qualquer familiar igualmente endinheirado, estaria interessado em adquirir esta valiosa versão da Mona Lisa na sua faceta mais obscura, de consumidora de cannabis, haxixe, maconha, ou lá o que seja?
Acreditam que vale a pena contactá-lo? Ou será melhor falar primeiro com a leiloeira e receber um milhão? 
Lá diz o ditado: mais vale um pássaro na mão...

Concluindo:---Só descubro preocupações, coisas que me tiram o sono... Se fosse consigo...o que faria?

Esta imagem já é da Net.
Mais propriamente DAQUI
para vos exemplificar o que é o tal 'sfumato'.
Haja santa paciência...




ADENDA a 18-12-2017

Como as boas notícias correm céleres, fui contactada pela conceituada leiloeira RRL, Lda, que fez questão de me dar sociedade na empresa, pelo que faço saber, a quem interessar, que a fabulosa descoberta deste quadro,  continua apta a ser leiloada.
Pelo que a pergunta se impõe: Quem dá mais?



Sem Reserva 

Pintura a óleo sobre madeira (tobopan) "O segredo da Mona ".
Lote J 001.

Pintura a Óleo sobre madeira (tabopan), final da década de 60,  começo de 70, com o motivo "O Segredo da Mona", cópia nº 1563, assinatura ilegível. 
Medidas : 37 cm x  55 cm.

Nota: moldura com sinais de desgaste devido à sua composição ignotum.

Esta obra esteve exposta nas últimas décadas no Sótão da J  no âmbito da exposição Colectiva de:
 "Experiências Vividas e Crescimento Pessoal  Para Nunca Mais".

Este lote pode ser visto no centro de leilões do "Cantinho da Janita " .

Sobre o preço de martelo incide a prestação ao serviço da R.R.L. & J, leilões Lda.



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sábado, 16 de dezembro de 2017

É Isto Que a Minha Alma (Hoje) Sente.

Fotografia obtida no dia 07-12-2017



Cinzento

Poeiras de crepúsculos cinzentos, 
Lindas rendas velhinhas, em pedaços, 
Prendem-se aos meus cabelos, aos meus braços 
Como brancos fantasmas, sonolentos...


Monges soturnos deslizando lentos,
Devagarinho, em misteriosos passos... 
Perde-se a luz em lânguidos cansaços... 
Ergue-se a minha cruz dos desalentos! 


Poeiras de crepúsculos tristonhos, 
Lembram-me o fumo leve dos meus sonhos, 
A névoa das saudades que deixaste! 


Hora em que o teu olhar me deslumbrou... 
Hora em que a tua boca me beijou... 
Hora em que fumo e névoa te tornaste... 







Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade" 


( Já vos aconteceu sentirem uma imensa e inexplicável tristeza, num dia de sol esplendoroso e sem que nada o justifique?
Pois é como me sinto hoje. )


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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

OLHAI, SENHORES.


Sabeis vós, meus amigos, a fórmula para uma relação conjugal duradoura e feliz?... Não?  Então aprendei que eu não duro sempre!!

Vejam este vídeo, façam como vos ensinam e serão felizes....
...para todo o sempre!!!






                                       

Não são necessários agradecimentos. É um presente meu, de Natal.


blá blá blá blá blá...

:)

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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A Amizade e o Amor.


Perguntei a um sábio
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele disse-me esta verdade...
O Amor é mais sensível
a Amizade mais segura.
O Amor dá-nos asas
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem como um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos os sentimentos coexistem
dentro do seu coração.





 (A quem interessar:
 O meu sorriso voltou a ser o que era: 
luminoso, alegre e contagiante!!! )


:)



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