quinta-feira, 3 de maio de 2018

E ELE AQUI TÃO PERTO....



…O melro, eu conheci-o:
Era negro, vibrante, luzidio,
madrugador, jovial…

Não, este não é o melro de Guerra Junqueiro, aquele do qual tanto vos tenho falado e vou lembrar-vos uma vez mais.
É tão belo o poema, quão bela é a lição que dele se extrai.
Creio que vale a pena voltar a lembrá-lo AQUI


Mas não meus amigos, este, é outro melro.
Um melro-fêmea nidificou na minha cameleira.
Sabe-se lá há quanto tempo. Talvez o ninho aqui esteja  desde a Primavera do ano passado ou do anterior.

Só sei que há uns dias a planta levou uma carecada e, hoje, quando me encontrava no terraço a olhar na sua direcção, lamentando tão doloso corte, reparei que algo se movimentava no seu interior.

Desci, pelo lado oposto e constatei, maravilhada, que uma mãe melro,  suponho, mas também poderia ser o pai, olhava, de cabecita no ar, para o lugar onde eu estivera,  atenta ao menor sinal de perigo, cobrindo os filhotes com o corpo.
Conseguem ver o ninho e o passarinho/a? :)

Pois bem, pouco depois levantou voo, talvez em demanda de comida  para os pequenitos. Já vi dois biquitos, amarelo-ouro,  abertos, expostos ao sol e à chuva  -  se chover - mas não consegui fotografá-los.

Vou ficar atenta à vida que se desenrola dentro desta japoneira.
Dar-vos-ei novidades, se possível ilustradas, daquilo que for acontecendo.
Querem? 



(Post elaborado e agendado, no dia feriado!)



N'0utra perspectiva, no lado oposto. A esta hora, hoje, o dia estava mais cinzento.

24 comentários:

  1. Claro! Agora já os adoptei :-)

    Beijoca Janita

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    1. Tenho esperança de conseguir acompanhar o crescimento dos filhotes - 3 Noname, são três :) - e partilhar convosco esta minha alegria.

      Beijinhos.

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  2. Sabias que o melro é uma espécie protegida? São tão lindos. Claro que quero ir vendo esses registos 😊
    Beijinho

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    1. De facto, pardais vejo por aqui muitos, mas melros nem por isso. Ora aí está mais uma razão para eu proteger e guardar bem esta preciosidade. Já vi um abade a rondar por aqui, atirei-lhe com um pau, mas correu e não morreu... Nem era para tal, claro! :) Estou a ver que tenho de contratar um «guarda-ninhos».

      Beijinhos, Nina

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  3. Respostas
    1. Fica atenta que já tenho uma fotografia da prole, Catarina. :)
      Beijos.

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  4. obrigada pelo link. Eu não conhecia este poema e adorei.
    Na árvore em frente da minha cada, há um ninho de melros. De vez em quando um deles, não sei se o pai ou a mãe vem até à minha varanda.
    Um abraço

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    1. Aquilo é que era Poesia, Elvira!
      Já li tantas vezes esse poema e não me canso. Que descrição, tão bela. Uma verdadeira lição de vida.
      São passarinhos sociáveis, os melros.

      Um abraço.

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  5. Agora é fazê-lo sentir seguro - comida bebida, não mexer no ninho.
    Os chineses dizem que é sinal de boa sorte.
    Beijinhos

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    1. Mexer no ninho nem pensar, Pedro! Nem nas folhas da cameleira eu mexo. Há duas folhas 'ratadas' muito perto e, hoje, vi a prole - 3 - de cabecita no ar, mas nem me atrevi a cortar as ditas ( para ficarem bem no retrato ) só para não os assustar.
      Bebida; há uma velha dorna, em cimento, que se enche de água da chuva e todos os pássaros das redondezas vão beber. Comida, acho que a mãe se encarregará disso.

      Tomara que os chineses tenham razão, Pedro! :))

      Beijinhos

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  6. Que sorte a tua teres um melro por aí.
    Gostava de vê-los por cá, mas nem sinal :(

    Beijinhos Janita

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    1. Fiquei tão contente com este 'achado', Manu!
      Neste momento o que mais gostava era de assistir ao primeiro voo dos pequenitos, e conseguir pôr o telem. em modo de filme.
      Duvido da minha sorte e destreza, mas...

      Beijinhos.

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  7. bom dia
    os melros costumam ser muito cautelosos nos seus ninhos , e são muito desconfiados , por isso há que ter muito cuidado.
    JAFR

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    1. Boa tarde, Joaquim Rosa.

      Cuidado eu tenho e muito, o pior é o gato do meu vizinho.
      Morro de medo que ele os descubra e trepe pela cameleira.
      Já lhe atirei com um pau.:) Ele já foge quando me vê, o pior é que não estou sempre em casa, nem de guarda ao ninho.
      Obrigada! :)

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  8. Bom dia. Muito bem! Eu tenho dois merlos, não sei se é alguma fêmea. Foram apanhados em pequenos.Adoro ouvi-los cantar.

    mande notícias! :)

    Beijinhos

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  9. Cidália, leia, por favor, o poema de Guerra Junqueiro que está no link que se encontra em cima e verá que, após a sua leitura, vai abrir a gaiola e deixar voar os melros, cumprindo a missão para o qual foram criados: Ser livres e poder voar...

    Obrigada!

    Beijos

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  10. Que linda partilha querida amiga ,na quinta dos meus pais têm o costume de fazer os ninhos nas silvas ,pois todo o cuidado é pouco ,muitos beijinhos felicidades

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    1. Uma bela estratégia, Emanuel! :) Nas silvas não é fácil que os catraios lá vão mexer nos ninhos, nem os gatos, tampouco.

      Beijinhos.

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  11. Está bem escondida a mãe melro... :) Maravilhas da natureza. Agora vou espreitar o poema.

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    1. Depois do desbaste que a cameleira levou, ficou mais exposta, Luísa. Mas ela é valente. Havias de ver...não sai de cima do ninho, senão por breves espaços de tempo e está sempre de cabeça no ar, parece um cachorro a farejar o perigo.
      Desejo tanto que esta 'história' tenha um happy end.:)

      Beijinhos.

      PS- Ah, se não conheces o poema de G.J. aconselho vivamente a que o leias. Está publicado em dois posts por ser bastante extenso. Esta parte foi a última e melhor. :)

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  12. Que maravilha!!! És tão doce que até os melros querem estar por perto... Mostra mais...

    Beijinho.

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    1. Vou dar continuidade, sim, Gracinha.
      Mas vou espaçando, para ter mais novidades. :)

      Não foi por eu ser doce que os melros aqui fizeram o ninho. Gostaram do lugar, talvez. :)

      Beijinhos, Graça.
      Obrigada.

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  13. Os Beatles têm uma canção dedicada ao "Melro" que em inglês é "Blackbird"...
    https://www.youtube.com/watch?v=9l5L34VqzlU
    Abraço

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    1. Essa canção eu conheço, Ricardo!
      Claro que só poderia ser «Blackbird», pois se o melro é de penas negras de azeviche...:)

      Obrigada, Ricardo.
      Um abraço.

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