Como constatei que, para além de mim, mais nenhum blogger leu este livro, vou dar-lhes um "cheirinho".
Conta a história de dois jovens, ela norte-americana e ele de ascendência chinesa por parte da mãe, que se apaixonam, casam e vão viver para Pequim.
A vida deles lá é bastante atribulada, devido à Revolução Chinesa e à consequente ditadura comunista . Mais tarde e já com um filho, ela é obrigada a voltar para a América, mas ele é forçado, pelo regime, a continuar na China. Os anos passam e ela vê-se confrontada com o drama de educar um filho, chinês/ americano, num meio rural onde o preconceito racista estava fortemente arreigado no espírito das pessoas. Para além disso, é o próprio rapaz que renega fortemente, o seu lado chinês. Até que um dia ela recebe uma carta do marido, vinda de Pequim, onde ele lhe comunica ter sido intimado a escolher outra mulher. Já não bastava ele jurar lealdade ao regime, tinha de repudiar todo o seu lado estrangeiro e só dessa forma, poderia ter alguma garantia de continuar vivo.
No final, acaba por ser morto quando tentava evadir-se do país para se juntar aos amores da sua vida: a mulher americana e o filho de ambos.
Este é um romance escrito de forma simples e sem grandes pretensões, mas que me marcou profundamente. Esta escritora, viveu muitos anos na China e grande parte das suas obras são dedicadas à vida e à cultura deste povo.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Pertença e Lealdade
Ocorreu-me à ideia um livro que li há muitos anos, da autoria do escritor Ernest Hemingway e que tem por título “Por Quem os Sinos Dobram”. Há um parágrafo final que define bem, o sentido de pertença e lealdade no colectivo.
Como não me recordava, na íntegra, do texto que constitui o dito parágrafo, voltei a folhear o livro e vou aqui transcrever uma parte:
“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo. Cada um de nós faz parte de um todo. A morte de alguém deixa-me mais só, porque eu faço parte da Humanidade. Por isso, nunca procures saber por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
Não é só a beleza poética que me encanta neste texto, mas o seu sentido mais profundo.
Numa época em que as novas tecnologias estão cada vez mais presentes, as pessoas têm tendência para se isolar, sem tempo nem vontade para conviver pessoalmente, preferindo comunicar via E-mail. Criando até, amigos virtuais. Porém, nada substitui o calor humano do convívio e do contacto entre as pessoas.
Na realidade todos nós vivemos interligados em relações de trabalho, familiares, escolares, sociais e outras. O sentido de pertença acontece, quando nos sentimos integrados e aceites nesses grupos. A lealdade recíproca é o factor essencial, que consolida e fortalece os laços de união entre as pessoas.
Como não me recordava, na íntegra, do texto que constitui o dito parágrafo, voltei a folhear o livro e vou aqui transcrever uma parte:
“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo. Cada um de nós faz parte de um todo. A morte de alguém deixa-me mais só, porque eu faço parte da Humanidade. Por isso, nunca procures saber por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
Não é só a beleza poética que me encanta neste texto, mas o seu sentido mais profundo.
Numa época em que as novas tecnologias estão cada vez mais presentes, as pessoas têm tendência para se isolar, sem tempo nem vontade para conviver pessoalmente, preferindo comunicar via E-mail. Criando até, amigos virtuais. Porém, nada substitui o calor humano do convívio e do contacto entre as pessoas.
Na realidade todos nós vivemos interligados em relações de trabalho, familiares, escolares, sociais e outras. O sentido de pertença acontece, quando nos sentimos integrados e aceites nesses grupos. A lealdade recíproca é o factor essencial, que consolida e fortalece os laços de união entre as pessoas.