terça-feira, 13 de março de 2018

Despedidas.



Carta a F.



Na hora em que parti meu coração deixei-o
Na urna divinal desse divino seio
E o teu sinto-o eu aqui a bater de mansinho
Dentro em meu peito como uma rola em seu ninho.


Quem terá sido esta F.  para quem Guerra Junqueiro escreveu estes versos há cento e trinta e cinco anos? Se alguém souber, diga. Eu ainda não sei quem é.

Só sei que para mim, não foi...ou será que foi?


***---***

34 comentários:

  1. Muito linda a carta, independente quem seja a F... bjs, lindo dia! chica

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    1. Chica, antigamente os homens eram mais românticos, não achas?
      :)
      Hoje já ninguém escreve assim. Uma pena!

      Beijinhos. Linda semana, para ti.

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  2. Pois não sei a quem se dedicaria, mas que são lindas não há duvida. Será que é uma certa morena para quem ele fez um belíssimo poema?
    Abraço

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    1. Lamentavelmente, também não descobri quem seria, Elvira.
      Sei que casou em Viana do Castelo a 10 de Fevereiro de 1880, com Filomena Augusta da Silva Neves e, provavelmente, seria ela a tal F. :) Três anos depois do casamento não seria lógico ter outra F. na sua vida...:)

      Um abraço

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  3. Boa tarde. Gostei da carta. Para quem seria? Podia ser eu :))

    Hoje:- Âmago em transparências
    .
    Bjos
    Votos de uma boa Terça - Feira.

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    1. Para a sua mulher, certamente, Larissa.
      Mas porquê o segredo, né? Era coisa lá deles!! :)

      Beijos, boa semana.

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  4. Não sei para quem. Mas que são belas palavras, lá isso são!!

    Beijinhos

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    1. É isso tudo querida Cidália!
      Ler e gostar para quê saber mais?

      Um beijinho

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  5. É pá, já em 1883 eram usadas as palavras e os bolos (...)

    Fora de brincadeira, agora, bonitas palavras mas, e ainda assim, de despedida - que estragação. :-)

    Boa tarde Janita

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    1. Quais bolos, mulher? Tás a variar? :))

      Eu sei lá se foram de despedida? A mim pareceu-me que sim, a ti não? lol

      Beijocas, Nina! :-))

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    2. ahahahah na verdade o ditado é: Com papas e bolos se enganam os tolos, eu só substituí as papas pelas palavras. Entretanto é preciso muito mais para eu variar ehehehe

      Beijocas Janita

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    3. Ah, mas esse ditado fica aqui um pouco desfasado, minha linda!...O nosso Junqueiro não pretendia enganar ninguém, ora! Aquilo era do mais sincero; do fundo do coração, mesmo! Digo-te eu, que sei.

      Beijocas, NN. :)

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    1. Também acho que sim Adélia.
      A mim nunca me disseram nada semelhante...que pena não ter nascido no século XIX...

      Beijinhos querida Flor.

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  7. Há F.s com sorte. :))

    Gostei muito de ler esses versos.

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    1. Nem todas, Luísa. Mas, se calhar, só têm as que merecem. :)

      Eu, não me canso de ler os inúmeros poemas que tenho dele, em todos estes livros, que ainda não saíram daqui, para estante mais escondida e dar lugar aos novos, por amar de paixão a poesia de G.J.

      Um abraço, Luísa! :)

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  8. Xiiiiiiiiiii será ca foi pra mim ( Filomena ) ;)

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    1. Vês, Mena?...A isso eu chamaria:- A importância de se chamar( não Ernesto) Filomena! Sortuda!! ;)

      Beijinhos, moça bonita!

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  9. Janita, as palavras dos poemas são para quem os lê!!!
    pronto, não será bem assim, mas aproveitamos o belo efeito poético :)
    beijinho
    Angela

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    1. Tens toda a razão, aliás, como sempre, Ângela.

      Se lemos as palavras e gostamos tanto delas, sentimo-las também um pouco nossas. Verdade, verdadinha, sim! :)

      Beijinhos.

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  10. A Janita encerra a edição com uma inquietação. Com toda a razão. Tantas lágrimas derramadas... Ver,assim, o Poeta ... a penar ... é uma pena. Felícia, Felicidade, Florinda, Fernanda... A Loura ou morena, deu-me com os pés ou ela nem chegou a saber?
    Bj

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    1. E o Amigo e Poeta Agostinho, com tanta pena do Poeta que penou, fez-me lembrar a minha própria pena, de quem pena/pena de quem penas tem/só de mim ninguém tem pena/das minhas penas também.
      Há tantas mulheres cujo nome começa por F, não há? Mas deve ter sido a sua(dele) Filomena. Só pode. Provavelmente, morena.

      Beijinhos, Poeta Maior.

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  11. Janita, presumo que esse poema foi escrito a pensar na sua mulher Filomena que morreu em 1889 e de quem nunca mais se esqueceu.

    :)

    Beijinhos

    Nota: Mas gostava que tivesse sido dedicado a mim até porque o meu nome também começa por F.

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    1. E presumes bem, querida NI. :)
      Mas, façamos de conta que também poderiam ser para nós. Afinal, estamos num mundo de faz-de-conta, que é este virtual, onde tudo pode acontecer sem sairmos do mesmo local.

      Beijinhos grandes. :)

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  12. Também não sei lhe responder querida amiga ,muitos beijinhos no coração felicidades

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    1. São lindas palavras que qualquer mulher gostaria lhe fossem dedicadas, Emanuel.
      No fundo, isso é que conta, não acha?

      Beijinhos

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  13. Filomena, seria a mulher, Filomena??
    Beijinhos

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    1. Já somos muitos a pensar o mesmo, Pedro. Portanto deve ser a mulher, sim. Quem mais, se ela se chamava Filomena?

      Beijinhos

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  14. Não sei quem essa F, mas que são versos lindos , disso não dúvidas.

    Beijinhos Janita

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    1. São tantos, tantos, os versos que constam neste "Poesias Dispersas", Manu! Qual deles o mais lindo.
      Ai, ai...:)

      Beijinhos, querida Manu.

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  15. Tudo indicaria que se trataria da sua Filomena !.... Trata-se de poema dedicado a alguém que já morreu e que se mantém bem viva na sua memória.
    O mais estranho é que ele casou em 1880, o poema é de 1883 e a sua mulher Filomena faleceu em 1889 . :(???)
    Acontece é que ele fez variadíssimas viagens e poderá referir-se a um afastamento temporário (por uma viagem) (??)

    Beijinhos, Jani F. :)

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    1. Rui.
      Tendo em concordar com a tua última hipótese.
      Ou seja, os versos serão mesmo dedicados a Filomena, sua mulher, não antes do seu falecimento e por 'mor' de uma sua ausência mais prolongada. A verdade é que ainda não tive tempo, nem disposição, para pesquisar a data do falecimento de Filomena, mas se a NI o diz, é porque sabe.
      E pronto! :) Ando meio mortiça, sem vontade para nada. Serão sequelas da Gisele?.
      Hoje caiu aqui uma tromba d'água que mais parecia o dilúvio.:(

      Um beijinho, Rui E.S. :)

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  16. cantinhodacasa16 março, 2018 20:27

    Pensei de imediato em Filomena.
    Belos e apaixonados versos.

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