Este era o Negrito. O gato mais dócil que já pisou estes domínios. Depois dele, mais nenhum felino passou do umbral da porta. Hoje, sem contar, encontrei o seu olhar cor de esmeralda. |
Há um deus único e secreto
em cada gato inconcreto
governando um mundo efémero
onde estamos de passagem.
Um deus que nos hospeda
nos seus vastos aposentos
de nervos, ausências, pressentimentos,
e de longe nos observa
Somos intrusos, bárbaros amigáveis,
e compassivo o deus
permite que o sirvamos
e a ilusão de que o tocamos.
Manuel António Pina.
"Os Gatos"
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Cão, prosa
ResponderEliminarGato, poesia
Abraço de ave
Cão = lealdade
EliminarGato = companhia
A ave será passarão
e eu...passarinho
mesmo sem atravancar
nenhum caminho....
...Vou passarinhando.
(Lembrei-me de Mário Quintana.)
Um poema de um homem que gostava de gatos. A cor dos olhos do seu são fora do vulgar.
ResponderEliminarUm abraço.
Pina tinha uma verdadeira paixão por gatos, eu não.
EliminarGosto deles porque vêm para cá de pequeninos, vou alimentando-os e acabo por me afeiçoar aos bichos, mas nunca peguei em nenhum ao colo.
Foi o flash do telm. que, no escuro, lhe ecentuou a cor dos olhos.
Boa noite, um abraço.
O Negrito tem uns olhos lindos!
ResponderEliminarGostei do poeta que gostava de gatos.
Beijinhos Janita
😘😘😘
Tem não, Manu...tinha. O Negrito já morreu.
EliminarA foto é de 2016.
Beijinhos, Manu. 😘 😘
Um grande poeta comum grande gosto
ResponderEliminar😊
Um gosto comum ao Miguel, já eu passo bem sem gatos. No entanto, eles cá me aparecem.
EliminarAgora tenho um cinzento que o meu neto me trouxe para cá ao colo, recém-nascido e meio morto de fome.
Está um gatarrão...😊
Já conhecia o poema do Manuel António Pina.
ResponderEliminar„Os poetas amam os gatos“ é o início de um poema de uma poetisa alemã.
Os olhos do teu gato são realmente uma raridade.
A flor lá em cima é de uma grande beleza.
Quando estás em dia sim, é um gosto ler a boa-vontade e a generosidade expressas nas tuas palavras, Teresa.
EliminarMuito obrigada!
Bom fim-de-semana e um abraço.
Lindo poema Janita e uma imagem ilustrativa, que é um encanto.
ResponderEliminarSuspeito sou por adorar os felinos em regra geral e o gato, creio ser um politico perfeito, tão diferente dos nossos de dois pés. Sabem como cativar e nos passar uma paz infinita no seu caminhar cadenciado e leve.
Lindo Negrito que deve ser muito saudoso para fechar um ciclo de relação.
Bom fim de semana com paz e alegria no coração.
Meu carinhoso abraço Janita.
Olá, Toninho.
EliminarEste poeta, o Manuel António Pina era fascinado por gatos, já eu gosto mais de cães embora sejam os felinos que mais se acercam de mim, não sei porquê. :) Trato-os como eles gostam: boa comida e pouco dengue.
Agradeço a sua dupla visita e envio um carinhoso abraço de amizade, Toninho.
Bom dia
ResponderEliminarDepois da adolescência do meu filho que tinha um gatão branco que lhe ofereceram , e desapareceu sem rastos , nunca mais tive nenhum em casa , muito embora não faltem aqui uma variedade deles á volta da casa , porque sabem que alguem lhes dá alimentos.
O negrito tem realmente uns olhos mais brilhantes que o normal, e o poema e sem duvida de quem dá um valor muito grande aos felinos .
Bfs
JR
Estes bichinhos sabem infiltrar-se nas nossas vidas, tomam conta do nosso espaço e, se deixarmos, até nos tomam de assalto a própria cama. Ah, mas comigo, não.
EliminarEste, o 'negrito' perdeu o apetite, começou a definhar e, em poucos dias, se foi.
O poeta sim, idolatrava os gatos. Talvez fossem afectos que lhe ficaram desde a infância.
Bom fim de semana, JR!
Na minha meninice havia sempre um (pelo menos) gato lá por casa e eu até gostava, especialmente de um deles que morreu velhinho.
ResponderEliminarO M. A. Pina, tal como Agostinho da Silva, gostava dos bichanos. Sempre gostei da escrita do Pina, que seguia regularmente no JN.
bjis.
Também na minha meninice houve um gato cinzento, grande, pachorrento, e defensor do peixe que minha Mãe amanhava dentro de uma bacia no quintal da nossa casa, quando os gatos da vizinhaça apareciam, gulosos, à espera de descuido para o virem roubar.
EliminarQuando eu trepava pela romãzeira ele seguia-me sempre, ultrapassava-me e esperava-me lá em cima, com um ar triunfante. Não me lembro o que lhe aconteceu quando migrámos para a grande cidade...Ah, pudesse eu mudar o passado!
Um beijinho.
Aqui há (houve) gato!
ResponderEliminarBeijinho, Janita.
Vê-se que estás atento, Amigo António!...Houve gato sim, e que gato...pêlo negro e brilhante e dono de uma paciência infinita para aturar as investidas do alentejanito, o cão rafeiro que cresceu junto com ele. :-)
EliminarBeijinho e Bom FDS.
Sou fã de gatos.
ResponderEliminarTenho mãe e filho que são a minha companhia.
O poema de Manuel António Pina é uma delícia!
Abraço
Por norma, são boa companhia, os gatos. Embora passem metade do tempo a dormir e a outra metade a comer. :)
EliminarDo Pina já tinha na forja um outro poema, mas quando encontrei esta foto, resolvi mudar do 'passarinho' para o gatinho.
Um abraço e bom fim-de-semana, Leo.
O poema é maravilhoso quanto o olhar do felino!:)
ResponderEliminar*
"A vida é uma passagem..."
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Um excelente fim de semana, em casa
Beijo
Duas pedras preciosas, Cidália.
EliminarSim, uma passagem repentina; passamos para a outro lado num abrir e fechar de olhos.
Em casa ou no quintal...o sol chama por nós, Cidália.
Um abraço e bom fim de semana.
O António Pina
ResponderEliminaraté os gatos
eu que gosto de cães
Serra da Estrela, não é verdade? :)
EliminarBom fim-de-semana, Eufrázio.
Fiquei curiosa e vim logo espreitar - gostei tanto deste post. Da fotografia do Negrito que se parece muito com o quarto ou quarta gatinho assustado que só aparece de vez em quando e do poema que não conhecia.
ResponderEliminarUm beijinho e bom fim-de-semana
Gábi
Esse, segundo a tua narrativa, é o mais arisco Gábi.
EliminarO Negrito era um doce, meigo e sossegadito.
Creio que os gatos são como os humanos, todos iguais, mas nenhum é completamente igual. Independentes, dizem, e completamente dependentes do conforto e do bem estar. :)
Um beijinho e bom fim-de-semana, Gábi.
O Negrito tinha um ar muito doce...
ResponderEliminarEu nunca tive animais em casa porque sempre vivi em apartamentos e, assim, é difícil.
Acho graça a cães, tipo Cocker ou Labrador,mas também gosto de gatos.
Tem graça o teu neto te ter levado um gatinho....
Beijinhos
Olá, UmaMaria.
EliminarTambém os não tenho em casa. Este tinha permissão para entrar numa divisão no piso de baixo, mas todos têm os seus 'aposentos' nos anexos. Entram e saem quando querem.
Sim, o meu neto mais velho, o João, andava a passear com um amigo e encontrou o actual felino cá do sitio, muito pequenino e magro, mal sabia miar. Por aqui cresceu e ainda por aqui anda.
Quando anoitece, se não estiver no quintal, chamo-o, como se chama uma criança, ele vem logo a correr e vai para o anexo jantar e dormir. :-) Bom tratamento, porém sem mordomias nem lamechices.
Beijinhos.
Um poema feliz , que muito diz acerca da psicologia dos gatos.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Verdade, Juvenal, os gatos têm um instinto e personalidade muito especiais que deve roçar um estado psicológico que poucos humanos entenderão. Pelos vistos, M.A.Pina era uma dessas raras pessoas.
EliminarUm abraço e um bom fim de semana.
Belo! Conheço há muito este poema. Tive o prazer de ser muito amigo do M.A.Pina. Em sua casa, onde ia muitas vezes, haviam 46 gatos! Sim, 46!
ResponderEliminarO Pina conhecia cada um pelo miar. Sabia exatamente aquilo que, em cada momento, cada um deles queria.
Eu, tenho um. Gosto muito dele, existe uma grande cumplicidade entre nós. São maravilhosos os gatos!
Votos de um bom fim de semana.
Um abraço!
Viva! Na verdade não me canso de dizer que este mundo é uma casca de noz, onde todos se conhecem.
EliminarImagina como é possível haver quase meia centena de gatos numa casa! Que loucura se não estiverem 'educados' para se remeterem aos seus espaços e sem permissão para ocuparem sofás e poltronas. Há fotos de Pina com um ou dos gatos em cima da sua secretária, mas 46?
Gostei de ter ficado a conhecer-te um pouco mais, Caro Poeta.
Um abraço e obrigada.
Feliz fim de semana