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"O Amor Em Camões"
Além do mar, da guerra e da procela,
Foste o Poeta do Amor e da aventura,
Amor que homens e deuses transfigura,
E que o teu génio sideral estrela.
Nos teus poemas o Amor irrompe, e aquela
Palpitação fremente de ternura
Que adoça, amassa e estende a rocha dura,
Como a do "grande cabo" nos revela.
Sempre o Amor em teus versos de tal jeito
Escorre — como olímpico licor —
Que o coração inunda em cada peito.
Até na boca alvar do Adamastor
A garganta de pedra de que é feito
Canta Amor, ruge Amor, soluça Amor!
Autor: Filinto de Almeida
(1857-1945)
[O mesmo autor do Soneto nº17]
Sem dúvida alguma, o nosso Camões foi o Poeta que mais cantou o Amor.
Uma faceta romântica reconhecida por todos os outros Poetas. Desde os clássicos aos contemporâneos. Concordam?
Nao conhecia o autor
ResponderEliminarLida bem com a figura do Adamastor
Gotei3
Bom dia, Miguel.
EliminarConhecia, sim senhor! Apresentei-lho no início do mês passado... :)
O tema mais cantado na poesia e no entanto, há por aí à nossa volta tanto desamor. Nunca é de mais insistir no tema.
ResponderEliminarUm abraço
Por muito que se conte e cante sobre o tema, nunca será demais, caro Poeta/Pintor. É esse desamor egoísta, que conduz à violência, e é a indiferença que leva ao desamor. Uma pescadinha de rabo na boca, afinal...
EliminarUm abraço.
O Vate, que passou por Macau (o meu amigo Eduardo Ribeiro assim o demonstrou claramente) é único.
ResponderEliminarBeijinhos, bfds
O nosso aventureiro romântico andou pelos cinco continentes, Pedro. No Canto I dos Lusíadas foi "avisando" que espalharia por toda a parte os feitos dos nossos descobridores, se a tanto lhe chegasse o engenho e a arte - parece que chegou!! :)
EliminarBeijinhos
Um soneto feito com a maestria de quem domina claramente a arte de poetar.
ResponderEliminarFicou demonstrado o talento de Filinto de Almeida e a admiração pelo enorme Luís Vaz de Camões.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
Olá, Juvenal Nunes.
EliminarUm prazer receber a sua visita neste meu cantinho simples.
Já no soneto anterior tive o prazer de apresentar um curioso soneto deste talentoso homem das Letras português, que abalou para alé-mar e por lá ficou.
Muito grata pela simpáticas palavras e cá o aguardo sempre que o deseje, amigo Poeta.
Um abraço também.
Este luso-brasileiro teve o seu valor mas nada que se compare com o nosso Luís (Vaz de Camões).
ResponderEliminarBeijinho, Janita.
Bom dia, António.
EliminarOra, nem o Poeta Filinto de Almeida pensou em comparar-se a Camões...Pois se até o homenageia neste belo Soneto...!
Neste tempo havia lugar para todos e todos sabiam ocupar o seu lugar. Não havia cá usurpações nem comparações. Isso é coisas deste tempo conturbado.
Beijinhos. :)
Bom dia
ResponderEliminarNão sou propriamente um estudioso da poesia . Gosto de poesia como modesto apreciador e os temas de amor , são realmente os mais escolhidos pelos poetas Portugueses e se calhar mundiais , porque o amor não tem limites .
JR
Somos amadores desta bela arte de ser e sentir as coisas que nos rodeiam, amigo JR. Amadores, porque amamos a Poesia, sem a ter aprendido nem estudado. Quem aprendeu que se diga Poeta, eu não.
EliminarCamões só foi apreciado depois de morrer...aguenta coração! :)
Boa tarde, Joaquim.
Mesmo não conhecendo este autor, adorei o soneto. Obrigada pela partilha. Vai-nos enriquecendo :)🌹
ResponderEliminar-
Beijo, e um excelente fim de semana..
Nunca é tarde para conhecer e reter na memória o aprendizado, amiga Cidália.
EliminarSe for para conhecer e esquecer, logo de seguida, melhor ficar na ignorância. Que a 'riqueza' não se esbanje ingloriamente... :)
Um beijinho, BFS.
Pois, o amor, a tal coisa que arde sem se ver, em estilo camoniano de Filinto de Almeida, poeta de que pouco mais do que o nome.
ResponderEliminarBjis.
Pois...a tal coisa que nos faz respirar melhor e dá mais vida à vida. Que definha quem o não tem e empobrece quem o não sente.
EliminarQue mais haveria de ser senão o oxigénio da Humanidade?
Do poeta conhece o nome, este Soneto, e o 'Cansaço', ou não?
Beijinhos
Camões terá cantado o Amor como ninguém e inspirado outros poetas também como ninguém. Este soneto prova-o muito bem. Boa pergunta e boa escolha, Janita.
ResponderEliminarUm beijinho
Uma honra para nós, portugueses, sermos compatriotas deste Génio Universal, não acha Mª Dolores?
EliminarObrigada, um beijinho e um bom fim-de-semana.
Homenagem justa a Camões, grande figura da literatura portuguesa que deixou um legado de incentivo aos novos poetas .Confesso que leio, mas não muito, prefiro os contemporâneos.
ResponderEliminarPortugal é pródigo em poetas _ gosto muito da linguagem mais rebuscada do Velho Mundo, nos poemas. Já me perguntaram algumas vezes se sou portuguesa porque até nos amigos virtuais, sempre é maioria.
Talvez a alma, seja. rs
Bom fim de semana, Janita e beijinhos.
O maior entre os maiores, assim foi/é Luís Vaz de Camões.
EliminarEste Velho Mundo, como é conhecida a velhinha e decadente Europa, cá vai estrebuchando e resistindo, amiga Lis.
É natural essa sua inclinação para tudo o que é português, afinal, somos irmãos. :)
Um beijinho fraterno, amiga.
Bom fim de semana.
Soneto lindíssimo que me deliciou o ego, ler.
ResponderEliminar.
Feliz fim de semana
Cuide-se
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Falamos em Camões e o orgulho enche-nos o peito.
EliminarÉ natural, Ricardo.
Obrigada, cuide-se também.
Feliz fim-de-semana