...Afinal, de quem é a enxada?
Do agricultor que a comprou ou da comprativa
que com ela se amanhou?
Uma enxada que é de todos
Mas foi comprada por um
Não cava nem deixa cavar
Nem tem préstimo nenhum.
Depois de tantas cavadelas
À volta da reforma Agrária
Digam lá o que disserem
E eu sei que todos dirão:
Isto é de muito mau-gosto
E até já passou à estória.
Agora tudo fia mais fino
Andam a ver levantar os aviões
Correm atrás dos milhões e tudo o resto
Será apenas e só memória...
na memória
de alguns!
Contudo e apesar de tudo:
Viva o 25 de Abril.
Sempre!
______________________
Se não tivesse lido esta postagem provavelmente ter-me-ia esquecido hoje que amanhã é 25 de abril.
ResponderEliminarSim, viva O 25 de Abril!
Poder-se-ia dizer que foste avisada de véspera, Catarina! :)
EliminarSobretudo que viva o espírito e a ânsia de liberdade que guiou os passos dos nossos bravos capitães...cansados de guerrear em vão.
Beijos
Apesar de tudo o que já devia ter sido feito e ainda não foi, eu tenho bem viva na memória o antes do 25 de Abril.
ResponderEliminarAbraço e Viva o 25 de Abril
De vez em quando, o blogger faz confusão e manda-a para Spam, Elvira.
EliminarPode crer que o que não foi feito também já se não vai fazer.
Também eu tenho bem presente o tempo da ditadura e dos falsos moralismos, pois carreguei toda a minha vida com esse estigma. Que não se erga a pobreza passada como uma bandeira...! Não havia meios termos.
Não há pobreza mais pobre, do que sentir que se vive injustiçada e não era por falta de comida, era a fome de justiça.
Tudo em nome de uma moralidade que punia o inocente.
Enfim, cada um sabe de si!
Um abraço e que Viva o espírito livre e justo de Abril
Liberdade, Janita, celebre-se a liberdade.
ResponderEliminarBeijinhos
Sim, Pedro...Que os resquícios da essência libertadora dessa Revolução, permaneça em Todos!
EliminarBeijinhos
Com o 25 de Abril veio muita coisa má, mas também muita coisa boa. Aproveitemos esta e esqueçamos aquela!
ResponderEliminarDepois da euforia, o caos, o desnorte, a confusão...Gente que não está acostumado, estranha. É humano e compreensível.
EliminarQue se aproveite, então, o que veio de bom e não se permitam as más. Tolerância tem limites...
Bom dia
ResponderEliminarVou ironizar um pouco e dizer:
- A minha ferramenta é só minha, e com ela ninguém trabalha , a não ser com o meu consentimento.
Sim ! . Viva o 25 de Abril .
JR
Nem mais! Cada um que cave a sua terra com a própria ferramenta. Pode até ir ajudar o vizinho/a, mas leva e traz a sua ferramente consigo.
EliminarViva!!
Pois é amiga e no passado quem mandou parar dando subsidio aos agricultores e pescadores? Não me esqueço da ditadura e das suas crueldades. Por vezes penso que será que nós passámos bem o testemunho e valores deste "salto" aos filhos e netos? Eu fiz sim e não me cansei de falar, falar e sem nunca dar "coisas" que não tive indo do 8 ao 80 como muitos o fizeram.
ResponderEliminarVer políticos agarrados ao tacho e nas juventudes partidárias tão mal preparados e...e...fico por aqui porque fico fora de mim!
A minha ferramenta é só minha e olha que por vezes dou na cabeça de alguns quando ignoram a democracia e apelam ao de Santa Comba Dão!
Beijos e um bom feriado!
Ora pois, quem? Nessa altura já tínhamos sido integrados na CEE e houve directrizes a cumprir. Havia que respeitar as regras e quotas atribuídas aos Estados Membros. A pesca e a agricultura indiscriminada acabou. Foi uma dor de alma ver deitar fruta fora por não poder ser exportada e despejar toneladas de sardinha no lixo, por não obecer ao tamanho exigido "lá fora". Os pescadores tiveram que 'apertar' as redes de modo a não entrar lá o 'peixe miúdo' e os agricultores esmerar no tamanho da fruta... Até a gestão disso foi uma vergonha! Melhor teria sido colocar à disposição dos mais carenciados...mas que queres? Então, como agora, quem manda pode!
EliminarDe Comba Dão só o vinho, ditadores, não! :)
E a tua ferramenta qual é?... Gritar nas manifes?
Beijos, Fatyly.
Pois, quem mandou? Isso foi quando fomos integrados na CEE e tivemos que obedecer a regras emanadas pelo critério das quotas que nos foram atribuídas, tanto na pesca quanto na agricultura. O excedente, o que não se enquadrava nos moldes exigidos, era desperdiçado. Até nisso não se soube fazer a gestão como devia. Em vez de colocar o peixe e a fruta à disposição dos mais carenciados, foi deitado tudo ao lixo.
EliminarUma dor de alma!
Quanto ao resto que mencionas, como não há fome que não traga fartura e fartura que não traga desperdício, as famílias trataram - e tratam - de dar aos seus rebentos aquilo que não tiveram. O resultado foram as gerações de mimados convencidos que tinham o rei na barriga.
Bem faz o meu filho, pois o meu neto mais novo não sabe o que é uma playstation nem um smartphone. Brinca com brinquedos e 'lê' livros com bonecos...
A tua ferramenta qual é, afinal? Gritar nas manifes ou quê?
De Comba Dão só vinho, ditadores, não! :)
Beijos e bom um dia com fartura de discursos, Fatyly.
Desta vez também houve fartura de respostas, por aqui...desapareceu-me tudo o que tinha escrito e lá fui tentando responder-te de novo. Agora não vou deitar o meu trabalho fora, como fizeram os pescadores... escrevi, está escrito!
EliminarVivo O 25 de Abril e não COM 25 de Abril. À minha maneira, cá vou percebendo que a democracia, ao contrário do Sol, não é para todos.
ResponderEliminarBeijinhos, Janita.
E em Democracia é assim que se faz, António!
EliminarCada qual vive, sente e sabe, onde lhe aperta o sapato...
Agora já não me apetece escrever mais...Sorry!
Beijinhos. Amigo!
O ter acontecido o 25 de Abril de 1974, a sua origem, as suas causas e efeitos futuros, a liberdade para as pessoas, a revolução, os cravos, devia ser "cadeira" obrigatória em todas as escolas e faculdades de Portugal.
ResponderEliminarPoema alusivo ao 25 de abril, lindo de ler. Elogiável inspiração e criatividade. Fiquei fã e seguidora.
Feliz terça feira
ilusões em poesia intima- - - poesia sem vernáculo
***
Não duvide. Se nas aulas de História de Portugal se ensinasse um pouco sobre a nossa História recente, talvez os jovens quando questionados acerca do 25 de Abril, soubessem responder. Seriam evitadas muitas situações constrangedoras como as que vi numa reportagem de rua, recentemente.
EliminarDesculpe o reparo, mas fiquei intrigada pela informação que faz acerca da não existência de vernáculo no seu blogue.
Posso até parecer-lhe preconceituosa, acontece que no espaço de uma senhora essa advertência não faz lá muito sentido.
A não ser que...
Obrigada, igualmente, um dia feliz para si.
A enxada é minha? É. Paga por mim ou oferecida pelo meu pai, não interessa. Usei-a. Mas se não a uso 24 horas por dia, bem posso - devo - emprestá-la a quem não tem uma e dela precisa.
ResponderEliminarO 25 de Abril, que infelizmente não está totalmente cumprido, valeu a pena, quanto mais não fosse pela liberdade - nossa e de terceiros de quem julgámos ser donos e senhores - liberdade essa que os mais novos talvez não valorizem e dela, por vezes, abusam.
Bjis.
Se bem entendi, o José deve referir-se ao espírito de partilha comunitário. Concordo, mas já não concordo que sejam outros a disponibilizar o que é meu.
EliminarA minha filha tomou conta de um espaço numa horta comunitária. Espaço esse que ela requereu e lhe foi atribuído.
Como não tinha alfaias agrícolas, um senhor já de certa idade e habituado ao cultivo da terra, que andava por lá havia tempo, emprestou-lhe a enxada e tudo o que ela precisou. Tudo lá, sem trazer nada para casa, óbvio. Entretanto ela foi operada e a horta ficou em stand by...
Beijinhos
viva hoje e viva sempre e os que um dia o esquecerem terão que procurar no google ou nas agruras...
ResponderEliminarabraço
...E os que nasceram já em tempo de liberdade, não tiveram agruras, nem mordaças, que estejam atentos aos países onde a Liberdade é um sonho...
EliminarAbraço, Maceta.
Viva! Uma bela homenagem.
ResponderEliminarBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Viva, Emerson Garcia.
EliminarCinquenta anos ainda parece pouco tempo para o muito que havia, e ainda há, de objectivos democráticos a alcançar.
Até mais e obrigada!
Ainda me lembro que estava a acabar o meu curso no dia 25 de Abril, embora muito jovem, não tinha consciência do que se passava.
ResponderEliminarFelizmente, mais tarde li muito e ouvi muitas histórias que me fizeram dar valor a este dia.
Hoje digo bem alto, viva o 25 de Abril!
Beijinhos Janita.
Também me lembro perfeitamente desse dia, pois a madrugada passou-me ao lado. Ouvisse eu Rádio como ouvia quando era menina e moça, não teria saído de casa e andado pela baixa portuense, completamente atónita pela ausência de transeuntes. Quando me disseram nem queria acreditar.
EliminarUm dia memorável!
Beijinhos, Manu.
Felizmente que aconteceu o 25 de abril de 1974. Infelizmente hoje em dia muita gente em geral e e em particular jovens não respeitam essa liberdade. Amar a liberdade é amar-se a si próprio em igualdade em amar os outros.
ResponderEliminarFeliz quarta feira
( apresentando o meu blogue ainda bebé)
ilusões e poesia intima
*/*
Muito gosto!...Um blogue bebé que cresceu rápido. Começou pela poesia íntima, seja lá isso o que for, deve ser giro. Hei-de lá ir espreitar. Obrigada.
EliminarFelicidades.
Nada está completo, estamos sempre em construção!
ResponderEliminar25 de Abril, sempre!
Abraço
Tal e qual, Leo.
EliminarAbraço.
Adorei o vídeo e o poema. Agora ninguém quer enxadas ( Dizem que preferem uma mão inchada que uma enxada na mão). Por acaso em minha casa ainda existem duas, trabalham pouco mas trabalham. Não trabalham é sozinhas :)
ResponderEliminarAgora as máquinas fazem tudo... Obrigada
Beijos, e um dia bom!
Poucas coisas há que se possam fazer sozinhas, mas ainda há algumas. Assim como há quem goste de uma enxada na mão.
EliminarFazem tudo menos trabalhar sem ajuda do maquinista, não é Cidália. :)
Boa noite.
Beijo
Uma terra que tomou seu ideal, deve sempre lembrar desta data com orgulho de derrubar um sistema opressor. Mas que deve lutar, para que tal sistema nunca mais paire sobre a terra irmã.
ResponderEliminarPerfeito amiga, viva a liberdade que gostamos e precisamos conscientemente.
Bjs e cravos vermelhos nesta nossa luta pela liberdade.
Há ideais difíceis de cumprir, amigo Toninho.
EliminarAlguns, passam de verdes a podres, sem que a maioria dos idealistas dê por isso.
Tomara que por aí o povo brasileiro veja realizados os seus ideiais.
Abraços com amizade.