Este fim-de-semana prolongado, proporcionou-me a resolução de um sentimento, que há décadas dividia o meu bem-querer entre duas Cidades. Porto e Lisboa.
A Lisboa dos meus sonhos de adolescente e grande parte da juventude, onde vivi dos doze anos até perto dos dezanove, continuará sendo a doce ilusão.
Mas, já sem mágoa!
A recordação do meu primeiro amor e desencanto.
Mas, já sem mágoa!
O Porto será para sempre, o meu chão.
A minha realidade. O meu mundo.
A minha casa.
Foi a contemplar o Tejo e Lisboa, lá do alto daquela varanda, que eu fiz as pazes com a saudade.
Agora, nem ela me magoa nem eu a quero afastar...
Convivemos bem e em paz!
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"DAQUI, DESTA LISBOA..."
Daqui, desta Lisboa compassiva,
Nápoles por suíços habitada,
onde a tristeza vil e apagada
se disfarça de gente mais activa;
Daqui, deste pregão de voz antiga,
Deste traquejo feroz de motoreta
Ou do outro de gente mais selecta
Que roda a quatro a nalga e a barriga
Daqui, deste azulejo incandescente,
Da soleira de vida e piaçaba
Da sacada suspensa no poente,
Do ramudo tristôlho que se apaga;
Daqui, só paciência, amigos meus!
Peguem lá o soneto e vão com Deus...
Soneto de Alexandre O'Neil
Pousada da Juventude em Almada.
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São duas cidades lindas, apesar de gostar mais de Lisboa. O encanto de cada uma é muito próprio, mas Lisboa tem aquela parte cosmopolita que no Porto só se vê a espaços. E claro, tem o Estádio da Luz!
ResponderEliminarBeijocas!
Lindo e emocionante.Maravilhosas fotos!beijos, tudo de bom,chica
ResponderEliminarAinda bem que a mágoa já não mora por aí. Luz e Paz.
ResponderEliminarBjs.
Amiga Janita...Linda ciudad Lisboa...Como bella y misteriosa es Portugal...Yo la visito mucho el otro dia estuve en faro y me tome una cataplana de arozz caldoso con mariscos...ufff que rico estaba..jaja.
ResponderEliminarMira amiga no se si lo leiste pero te deje un mensaje de que en mi blog tienes otro regalito cuando tengas un ratito te pasas y lo recoges...Muchos besitos
Doce Janita,
ResponderEliminarÉ bom conseguir fazer as pazes com a saudade...
São duas cidades lindas e com belezas únicas.
Beijos e mil ternuras
Cara Janita,
ResponderEliminarAinda bem que fez as pazes com a saudade!
Eu ainda não consigo escrever isso...
Bjs dos Alpes
Estimada e Notável Amiga Poetiza de sonho:
ResponderEliminar"...Daqui, deste azulejo incandescente,
Da soleira de vida e piaçaba
Da sacada suspensa no poente,
Do ramudo tristôlho que se apaga;..."
Fiquei fascinado pelo belo soneto da sua escolha sublime.
Os meus parabéns sinceros. É uma excelente pessoa que escreve ou escolhe com o seu coração terno e repleto de beleza e pureza o que sente e é.
Bem-Haja, pela visita linda ao meu blogue que gostei imenso. Vê-se o seu encanto por onde passa.
Olhe, é extraordinária e divinal no que concebe de ternura enorme.
Abraço amigo a si e ao seu prodigioso e admirável talento.
Com respeito e gigantesca estima.
Sempre a admirá-la
pena
Excelente!
Linda.
Bem-Haja, notável amiga.
Adorei.
OHH!!! JANITA QUE BELLOS RECUERDOS EN ESE PUENTE QUE SEPARA...A M I VINEN TAMBIEN SAUDADE DE CUANDO LO VISITE EN 1982, QUE MARAVILLA DE PUENTE , LA LISBOA ANTIGUA Y EL CRISTO REDENTOR.-
ResponderEliminarADEMAS TU IMAGEN NOS BRINDA EL BRILLO DEL PAISAJE.-
UN BESO ENORME Y BUEN CARNAVAL
È sentida a sua homenagem às duas cidades. Não sei se O´Neil escreveu sobre o Porto... Eu escrevi assim sobre a sua cidade, e, talvez por isso, devesse regrassar à sua cidade para fazer também as pazes com a saudade...
ResponderEliminarSimplemente magnifico haber hecho las paces con la nostalgia,y vivir en los brazos de la ilusión,entre dos preciosas ciudades.
ResponderEliminarSaludos.
Janita, que post tão sincero e vindo do coração! Ainda vou conhecer Lisboa e o Porto também, se deus quiser. Que bom você ter resolvido esse conflito, é bom estar serena. beijos
ResponderEliminarAmiga Janita!
ResponderEliminarSem perceber "a mágoa" retive, do seu texto "sentido", uma frase que me encantou sobremaneira: "... fiz as pazes com a saudade..." - deve ser retemperador esse sentimento, como que uma nova experiência de vida, talvez redescobrir dimensões perdidas do tempo, no tempo, com tempo!
Beijinho sentido pela solidariedade amiga!
Minha querida
ResponderEliminarSão duas cidades lindas...Lisboa também foi sempre para mim a Doce ilusão...vivendo no Alentejo, Lisboa era o sonho de todas as jovens, que se sentiam presas.
ainda bem que já a saudade não está lactente...mas apenas calma.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Eu vivi em Lisboa desde ninita até aos 4 anos, depois rumamos ao Norte, na fronteira com Espanha, depois Angola, depois África do Sul, depois aqui e...sou cigana de vários mundos, mas sempre arraçada de Portuguesa...e por siso não tenho terra preferida para viver porque ainda não a encontrei, mas, decididamente não é Braga o meu Pais à beira mar plantado...
ResponderEliminarOs meus amores eram da juventude; Luanda..e nada apagará a minha saudade, o meu mar, a sanzala de terra vermelha, assim; África é que é a minha terra amada...
Um beijinho à doce janita que fez as pazes com a saudade e mais vale assim, assim consegues ter a paz no coração.
laura
Na verdade gostaria de me sentir, como sendo de onde estou. Seria fácil se assim fosse.
ResponderEliminarGosto das duas cidades, e das diferenças que são muitas e ainda bem.
Agora que vivo numa cidade também maravilhosa e rica em património histórico (o penico do céu) Viseu, pois aqui chove como nunca vi, sinto a falta da luz que Lisboa tem e é única, dos eventos que os sortudos que lá vivem têm acesso. Vou matando saudades sim, de todos os recantos deste meu belo país e inconsolado com o que não é feito pelo nosso património histórico e cultural.
Gostei da forma como resolveste fazer as pazes com a saudade e sentires o chão do Porto como teu. É bom partir por aí, mas muito bom, é voltar e sentir-mo-nos em casa.
Beijo e Kandandos
Tus palabras y el poema rezuman melancolía. Los recuerdos más hermosos son los de nostalgía.
ResponderEliminarUn abrazo.
HOLA JANITA:QUE DESCUIDO EL MIO...NO ME IMAGINE QUE ESA ROSA DEL DESIERTO QUE ESTUVO DURANTE TRES AÑOS EN LA CABECERA DE MI BLOG, TE HAYA DEJADO UNA PENA...PUES TE LA REGALO CON EL CARIÑO MAS GRANDE PARA QUE LA DISFRUTES EN TU VENTANA.PUEDES RETIRARLA EN EL BANNER DE MI BLOG.-
ResponderEliminarUN BESO ENORME Y GRACIAS POR TUS BELLAS PALABRAS HACIA MI PERSONA...MI CORRESPONDENCIA ESTA COLMADA DE MUCHOS AFECTOS HACIA TI.-
Amiga Janita,
ResponderEliminarFez-me bem a tua visita que muito me honra.
Kandandos (abraços) e minha admiração.
Lisboa y Oporto, dos ciudades hermosas que me gustan mucho, de todas formas si tengo que escoger me quedo con Lisboa y con Pessoa.
ResponderEliminarRespecto a la novela de Hemingway "Por quien doblan las campanas", "For Whom the Bell Tolls", si la he leído, esta novela se desarrolla en la guerra civil española de 1936, es una magnifica novela que la llevaron al cine.
Hemingway fue corresponsal de guerra en ella, y pudo vivir los terribles acontecimientos que sucedieron.
Veo que tenemos gustos muy parecidos.
Un beso.
Boa noite Janita,
ResponderEliminartão bom quando assim é, fazer as pazes com a saudade, é aceitar serenamente as mudanças da vida.
Beijinho,
Ana Martins
Feliz fin de semana.
ResponderEliminarUn beso.
Amiga Janita:
ResponderEliminarEsteve tão pertinho de mim :)
É preciso reconciliar-mo-nos com o passado para avançar com o presente, rumo ao futuro.
Ainda bem que está agora mais serena.
Fiquei feliz por si.
beijinhos
Amiga Janita!
ResponderEliminarAmiga Janita!
A gente habituasse, mas como dizem os nossos amigos, liga não!!!
Eu do Porto, gosto da cidade, gosto do vinho do porto, e gosto de subir o rio douro.
De Lisboa gosto do Benfica, não gosto das claques, e comecei a gostar do rio Tejo, desde que cheguei da Guiné.
Daqui onde me encontro
vejo ao longe o rio Tejo
vejo os barcos e a ponte
e a si também a vejo
Um beijinho,
José.
Partilho parcialmente as mesmas sensações divididas entre o Porto que me viu nascer e crescer e a LIsboa onde vivo, mas não tenho muitas saudades do Porto do meu tempo. Tenho do Porto de agora.
ResponderEliminarE viva o Dragão!
Janita: Saudades, Lisboa linda cidade, como tua não há igual, mas a Cidade mais bonito é o Porto do norte de Portugal, Vivi muitos anos em Lisboa e Cascais, meus dois filhos são naturais de Cascais, o mais velho mora aqui em Rio Tinto proximo de mim, o mais novo Vive em S. João do Estoril Cascais, em Moro em Rio Tinto há 25 anos.
ResponderEliminarBeijos
Santa Cruz
Ora aqui estou, bem no fundinho dos comentários para "envenenar" este lindo blogue.
ResponderEliminarDito isto! (agora é fino dizer-se assim)envio os meus parabéns à Janita por ter a coragem de ter feito as pazes com essa Saudade. Não a conheço e não sei dela, porque a minha mora longe, bem mais longe do que Lisboa. A minha Saudade cheira a terra vermelha, cacimbo, acácias em flor e merengue.
Ainda estou "zangado" com ela, mas vou fazer por merecer fazer as pazes.
De Lisboa, pouco sei... Mas do meu Porto, sei tanta coisa...
É por isso que eu gosto da placa que está em Lisboa e tem uma seta que indica o Norte, o Porto e até os Kms. estão escritos.
E depois, temos nomes bonitos; Douro, Campanhã, Aliados, Boavista, etc.
Somos assim! Somos simples(mente)assim!
Beijocas e junte-se à malta completamente à rasquinha.
P.S. - Não falo do Fê Quê Pê (de prepósito) por receio de ofuscar tanta LUZ de Lisboa...BIBA O PORTO...Carago!
Bem me parecia que tinha visto uma miúda parecida contigo a perscrutar o horizonte lisboeta. Como não vi nem a irreverência nem o chapéu cedo me desiludi de tal visão.
ResponderEliminarValeram as pazes feitas com Olissipus.
Beijinho miúda!
Boa noite Janita,
ResponderEliminarvoltei para reler este post que gostei tanto.
Beijinho,
Ana Martins
"FIZ AS PAZES COM A SAUDADE...!"
ResponderEliminarGostei e vou fazer isso também, afinal a ela é que me dá esperanças. Lindíssimo e as fotos também. Bj
Nunca me zanguei com a minha terra
ResponderEliminarnem poderia fazê-lo
não nasci lá mas ela acolheu-me
na sombra da flor do jacarandá
deu-em sol, areias e praias
mostrou-me como é amar
deixou-me andar descalça
percorrer a Sanzala ao som do batuque
guardou-me quando dormi ao relento
e segredou-me que a vida
é uma caixinha mágica
que devemos guardar no coração
sempre com um pózinho
de ilusão...
E ao ler o Kimbanda, o Edgar que não sabe que não podemos zangar-nos com a terra amada...e claro que o Fernando temd e estar presente, e já agora o Kim que a conhece também...saiu esta poesia que vos dedico em desejos de Bom Domingo.
laura
A resposta do meu blogue...
ResponderEliminarJanita...
A poesia foi escrita
para poetar sentimentos
para deixar palavras sentidas
só para lembrar momentos.
Quando não dá para rimar
o que importa é o que fica
sentimentos descritos
e a palavra dita.
Nunca me preocupei
com as rimas a contento
apenas quero escrever
algo para um momento.
Não te preocupes querida
com o que rima ou não
mas não deixes que a poesia
te amargue o coração.
Não tenhas tanta tristeza
que já me chega a minha
a cada dia sua beleza
um tecto e uma caminha.
Ora vem daí rapariga
tirar o sol da janela
mesmo com alegria fingida
a gente sente-o na pele.
E sentiremos também
do amor o sussurrar
pois não cabe na alma de alguém
que o amor não nos possa encontrar!...
Muitos beijinhos para ti, se estiveres a tempo; anda, manda uma sms e eu espero-te na estação...é pertinho...
Lindo soneta! E fazer as pazes com a saudade não é nada fácil! Eu ainda não a fiz com a terra onde nasci e morei até á idade dos 13 anos! Ai Nazaré, terra da minha infância!
ResponderEliminarOlá Janita!
ResponderEliminarVenho agradecer a visita ao meu cantinho e desejar uma feliz semana cheia de carinho paz e harmonia;o)
***
Um abraço e até breve****
Amiga Janita!
ResponderEliminarFoste até à capital matar saudades ... do filho!
Lisboa pode ser muita bonita, mas o nosso Porto é único.
Beijinhos
Ná