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“Olhai os lírios do campo que não fiam nem tecem. E em verdade vos digo que nem Salomão em toda sua magnificência, se vestiu com tamanho esplendor”.
Este ensinamento foi-nos deixado há cerca de dois mil anos e, no entanto, continuamos a inquietar-nos pelo dia de amanhã...!
Entre as dores e alegrias das memórias do passado e a ansiedade e angústia quanto ao futuro, deixamos de viver em pleno o momento presente.
Todos sabemos disso e no entanto não conseguimos evitar que o nosso pensamento nos roube a felicidade que só pode ser encontrada no agora.
Não sendo este o Natal do meu descontentamento, não posso dizer que seja o mais feliz.
Hoje levantei-me com as galinhas - ou galos ! Eram seis da manhã, estava na cozinha a tomar uma boa chávena de café.
Um sentimento de nostalgia levou-me até ao Alentejo, à minha infância e ao dia de Natal.
Neste dia, de manhã cedinho, passada a Consoada, ainda com o aroma delicioso das filhós estaladiças e do chocolate quente a impregnar toda a casa, era chegada a hora de receber os presentes deixados pelo Menino Jesus durante a noite.
Eu disse presentes… ?? Eram sim! Mas não brinquedos…invariavelmente, uma cestinha com dulcíssimos figos do Algarve e um atadinho de tabletes de chocolate, embrulhado em prata colorida.
E como nós – eu e a minha irmã – ficávamos felizes!
Todos estes pensamentos me ocorreram em virtude de um certo descontentamento…e dos jogos electrónicos para a playstacion do meu neto…
Vou continuar a alimentar a minha saudade e deixar, não um vídeo de cânticos de Natal, mas uma bela voz, num magnífico hino à terra que me viu nascer, crescer e aonde fui tão feliz.
"É tão bom ser pequenino
Ter pai, ter mãe, ter avós
Ter esperança no destino
E ter quem goste de nós."
Não sei quem esta quadra inventou.
Mas foi a minha Mãe que me ensinou.
A todos desejo a continuação de
BOAS FESTAS.
Janita
ResponderEliminarUm post lindo, onde a realidade se mistura com a saudade.
Continuação de um optimo Natal.
beijo.
Rodrigo
Moura?
ResponderEliminarBem me dizia,
meu sangue Mouro,
que sua alma assim seria
(minha mãe cantava "isto"...)
venho então aqui
ResponderEliminarnão te desejar um próspero 2012
porque o primeiro ministro já o fez
mas sim 365 (ou 366) dias de novas experiências, cada um com diferentes sensações, com todo o que há de bom
quanto à saudade....
O Natal já não é o que era. Da felicidade pura de quem recebia uma ou duas prendas, agora assistimos a quem desembrulha uma catraifada delas, sem sequer demorar muito entre duas.
ResponderEliminarBeijoca!
Isso sim!
ResponderEliminarChocolates, lembranças mesmo. Nada da porcaria cara que só serve para enfiar cada vez mais os filhos em frente a um ecran.
Os meus filhos queriam uma PS3 e uma PSP.
Ora como cá no bairro já temo suma esquadra da PSP e como o partido que está no governo não é o PS mas sim o PSD... AZAR! Chocolates, gomas e dinheiro foi o que ganharam.
Levei o mais velho a ver quanto custava os jogos para a PS3 e quando custava os equipamentos e comandos sem fio. Obriguei-o a fazer contas. Disse-lhe que quisesse tinha que ser ele a pagar tudo. Estão neste momento no quarto a jogar monopólio.
Não sei que esta coisa da troika não nos veio a ensinar a dizer aos filhos. " tás parvo ou quê?"
;)
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¸.•°`♥✿⊱╮FELIZ 2012!!!
Si,todas las fiestas evolucionan y nunca para conservar la pureza de ellas sino para distorsionarlas un poco,pero lo que no cambia es la felicidad que reflejan las caritas de los niños al recibir sus juguetes.
ResponderEliminarSaludos fiesteros
Embrulho-me neste tempo e espero que passe... e já está quase passado!
ResponderEliminarEsses versos deliciosos com que finalizaste o teu post, lembro-me deles num fado do Marceneiro!
Ora vê aqui e toma muitos beijinhos.
http://carlosconde.blogs.sapo.pt/5126.html
Quando o Natal passou a ser uma festa comercial, tudo descambou. Insurgi-me muitas vezes contra a febre consumista desta época do ano e nem sempre fui bem interpretado. Se a ausência de presentes nos trouxer para a mesa outros valores, até que posso dizer que valeu a pena
ResponderEliminarResta dizer que adorei este belíssimo post, Janita. Fez-me lembrar uns belos dias alentejanos passados no início deste mês.
Beijinhos
Querida Amiga Janita!
ResponderEliminarVocê não precisa de trazer árvores de Natal, já me trás tanta coisa boa, a sua amizade as suas palavras, o seu carinho, esses são os presentes maiores, que se podem receber.
Espero que tenha passado um bom Natal.
Eu mais a minha família fomos passar na casa duma sobrinha que faz anos no dia de Natal, começamos há uns anos com vinte e cinco pessoas, agora somos trinta e dois, são mais os netos.
Tenho um Cunhado de Ferreira Alentejo, em qualquer festa que a gente estejam-mos juntos faço ele cantar essa musica, não fica muito atrás do Luís Piçarra.
Por falar em árvores vou enviar uma que recebi agora mesmo.
Boa noite,
beijinho grande,
José.
Mfc
ResponderEliminarObrigada Manel, pela belíssima prenda que me deste!
Já tenho o link nos meus favoritos e ouvi o fado, que não conhecia, na voz, única e tão característica, do Alfredo Marceneiro.
Beijinhos.
A todos os leitores amigos, aqui presentes, agradeço o carinho das vossas palavras e deixo um beijinho com o meu afecto.
Janita
Janita venho parabenizar-te pela linda ideia que tiveste em retratar a tua terra e, ainda por cima com a linda voz do tão querido Luís Pissara.
ResponderEliminarInfelizmente já tão longe de nós, achei tudo uma ternura.
Desejo-te um ano velho bem brindado e que o novo seja melhor do que o que se pensa, porque eu também costumo dizer que o Diabo não é tão mau como o pintam, beijinhos de luz e muita paz...
PS: cuidado com o champanhe.