A FERREIRINHA
Dona Antónia Adelaide Ferreira
(1811-1896)
Dona Antónia Adelaide Ferreira
(1811-1896)
Antónia
Adelaide Ferreira, empresária vinhateira portuguesa, nasceu em 1811. Ficou
famosa por se ter dedicado ao cultivo do vinho do Porto e introduzindo notáveis
inovações.
Nasceu
numa família abastada do Norte com créditos no cultivo da vinha para vinho do
Porto. O pai, José Bernardo Ferreira casou-a com um primo, mas este não se
interessou pela cultura da família e delapidou alegremente parte da fortuna.
Adelaide
teve dois filhos e quando ficou viúva com 33 anos despertou nela a sua
verdadeira vocação de empresária. Sabe-se que a "Ferreirinha", como
era carinhosamente conhecida, se preocupava com as famílias dos trabalhadores
das suas terras e adegas.
Com o
apoio do administrador José da Silva Torres, mais tarde seu segundo marido,
Adelaide Ferreira lutou contra a falta de apoios dos sucessivos governos, mais
interessados em construir estradas e comprar vinhos a Espanha.
Lutou
contra a doença da vinha, a filoxera e deslocou-se a Inglaterra para se
informar de meios mais modernos de combate à moléstia, bem como processos mais
sofisticados de produção do vinho. A "Ferreirinha" investiu em novas
plantações de vinhas em zonas mais expostas ao Sol, não descurando as
plantações de oliveiras, amendoeiras e cereais.
A Quinta
do Vesúvio, a mais famosa das suas propriedades era por ela percorrida e
vigiada de perto. Em 1849 a produção vinícola era já de 700 pipas de vinho.
Mercê de bons acordos, grande parte dos vinhos foi exportada para o Reino
Unido, ainda hoje o primeiro importador de Vinho do Porto.
Quando
faleceu, em 1896, deixou uma fortuna considerável e perto de trinta quintas. No
Douro para o mundo passou a lenda da sua tenacidade e bondade.
A RTP
exibiu uma série a ela dedicada, em 2004, da autoria de Francisco Moita Flores.
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Minha querida Janita
ResponderEliminarFoi uma das séries que eu gostei de ver, um retrato de uma mulher forte e guerreira.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Querida Rosa Maria.
EliminarConcordo contigo, adorei esta série quase toda filmada no Douro Vinhateiro e com interpretações excelentes.
A autora do texto é uma investigadora histórica que se notabilizou pelo excelente trabalho que desenvolveu como biógrafa de mulheres notáveis.
Amiga, desculpa a minha ausência do teu blog, nos últimos tempos. Há uns quantos amigos a quem devo a retribuição das suas sempre bem vindas visitas, mas o meu tempo para blogar anda muito limitado.
Um beijinho grande, grato e muito amigo.
Pronto, confesso, Janita:
ResponderEliminarNão vi a série, só "bocaditos" dela.
Estou perdoado?
Mas conheço a história desta notável Senhora.
Abraço grande e boa noite
Olá, Argos.
EliminarEsse teu "pecado" nem precisa de penitência!:)
Estás perdoadíssimo, até porque conheces a história da Dona Antónia!!
Eu só fiquei a conhecê-la depois do trabalho excepcional de Moita Flores.
Beijinho e tem uma boa descansada.
"...uma noite descansada!"
EliminarÉ no que dá substituir palavras e não rever as frases!
Beijinho.
Sim, vi a série e foi através dela que fiquei a conhecer a vida desta Senhora.
ResponderEliminarAi, João, até me sinto envergonhada, por ter sido tão negligente nas minhas idas ao teu blog. Com tanta coisa que já publicaste! Mas vou redimir-me, podes crer!
EliminarMas que quantidade de posts sobre cinemas desaparecidos de Lisboa! Pelos vistos já só há salas de cinema nos Centros Comerciais.
Como disse acima, ao meu amigo Argos, também só conheci a história da vida da "Ferreirinha" através da série.
Beijinho, João.
Também gostei muito da série! Moita Flores escreveu ainda "A Fúria das Vinhas", passado na mesma época e que inclui a Ferreirinha como personagem, mas que é uma espécie de policial no mesmo espaço temporal... Vale a pena ler! (mas sou suspeita, que gosto muito da escrita de Moita Flores)
ResponderEliminarUma grande beijoca!
"A Fúria das Vinhas" deve ter sido escrita posteriormente à série. Não li, Teté, mas também aprecio muito a escrita de Moita Flores. Agora não lhe deve sobrar muito tempo para romancear, dadas as responsabilidades inerentes aos seus deveres autárquicos!:)
EliminarUma grande beijoca também para ti!
¸.•°❤ ❤⊱彡
ResponderEliminarPassei para uma visita.
Que pena, não conheço essa série!
¸.•°❤ BOM FIM DE SEMANA! ❤⊱彡
Fizeste muito bem em passar, Inês! Por onde passas deixas o rasto da tua magia!
EliminarHá já um tempinho que não nos "víamos"!:)
Este série já passou há quase uma década, Inês. Pena que nenhum canal de televisão brasileiro se tenha interessado em entrar em negociações com a RTP.
Ou será que tu não deste pela sua passagem?:)
Bom fim de semana também para ti, amiga.
Não via a série.
ResponderEliminarMas conhecia a história da Ferreirinha.
Uma mulher de armas!!
Beijinho e votos de bfds!!
Quando a série foi transmitida já o Pedro vivia em Macau, é, por isso, natural que a não tenha visto.
EliminarPelo que reza a sua biografia a "Ferreinha" era de facto uma mulher de armas! Nunca desistiu perante a adversidade, apesar de ter um marido e um filho perdulários!
Beijinhos e bom fim-de-semana, Pedro!
Incluindo as suas três Princesas.:)
Olá, Janita!
ResponderEliminarFoi a série de televisão sobre uma histórica figura portuguesa de que mais gostei de ver até hoje; muita bem realizada e interpretada, e num magnífico cenário. E acho muito difícil que tal êxito possa ser repetido...
Beijinhos amigos; bom fim de semana.
Vitor
Olá, Vitor!
EliminarVai ser difícil haver uma repetição de outra série televisiva com a qualidade desta, tens toda a razão!
Agora, estão todos mais interessados na produção de telenovelas.
Um grande beijinho, Vitor, e bom fim-de-semana.
Não posso dizer que não perdi um único episódio, mas vi muitos e acho admirável esta lutadora.
ResponderEliminarQuando fiz recentemente a subida do Douro entre Porto e Régua e, principalmente ao passar as enclusas que domaram o rio, recordei os naufrágios ,num dos quais a Ferreirinha esteve envolvida e onde , entre outras pessoas, se afogou o Barão de Forrester.
Bom fim de semana
A São falou no tal naufrágio, e só agora me recordei que, tal facto, também foi representado na série.
EliminarUma falha neste excerto biográfico, desta admirável lutadora, como tão bem a denomina.
Agradeço-lhe este valioso contributo, São.
Um abraço e bom fim de semana.
Eu também gostei da série!
ResponderEliminarAbraço
Foi uma série...fora de série, Rosa!!:)
EliminarMuitíssimo bem realizada e com interpretações excepcionais.
Beijinho.
Claro que segui atentamente esta série, até porque conhecia bem a história do Douro vinhateiro e especialmente a da Ferreirinha ! :))
ResponderEliminarSabes que num período da minha vida estive ligado ao negócio dos vinhos, aos produtores, às provas, ao estudo do vinho e à venda por grosso !?
Beijinho, querida Amiga ! :))
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Foi uma série que despertou o interesse da maioria dos portugueses, não achas, Rui?
EliminarAquando do nosso encontro, falaste na tua estadia, a trabalho, para fora da tua zona de residência, há muitos anos atrás. Mas, se bem me lembro, não foi neste período da tua vida, que estiveste ligado ao negócio dos vinhos, pois não? Deve ter sido noutra altura. Desculpa lá, mas eu ultimamente não ando nada famosa da memória.
Depois falamos melhor, Rui.
Beijinhos, meu querido Amigo!:)
Muito interessante, mesmo, Janita !
EliminarNão. Não foi nesse período ! Nessa altura estava a dirigir uma empresa e seguidamente a fazer consultoria (ou consultadoria, como quiseres) !
Nos vinhos (Distribuidora, Garrafeira e Restauração) foi mais recentemente, por volta de 2001 a 2008, em Matosinhos.
Fiz vários cursos de "prova" e "avaliação qualitativa" !
Chegava a provar mais de 500 vinhos por ano ! :))
Beijinhos, Jani ! :))
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