Cantinhos, Cantos, Recantos e Poesia, Fizeram e Fazem - ainda - A Minha Alegria!
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Lembranças saudosas, se
cuidais
De me
acabar a vida neste estado,
Não vivo
com meu mal tão enganado
Que não
espere dele muito mais.
De longo
tempo já me costumais
A viver
de algum bem desesperado:
Já tenho
co'a Fortuna concertado
De sofrer
os tormentos que me dais.
Atada ao
remo tenho a paciência
Para
quantos desgostos der a vida;
Cuide
quanto quiser o pensamento.
Que pois
não posso ter mais resistência
Para tão
dura queda, de subida,
Aparar-lhe-ei
debaixo o sofrimento.
( Luís Vaz de
Camões, in "Sonetos" )
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Que recordação interessante, Janita!
ResponderEliminarGrato pela partilha.
Beijitos
:))
EliminarPartilhar recordações alegra e enternece os corações, meu querido Amigo!
Beijitos? Que bonito!
Beijitos, também para ti, António!
No embalo da tua fina pena
ResponderEliminarÀs vezes é preciso acordar o silêncio da memória
Ou esperar pelo adormecimento inadiável
Com o gesto sereno e demorado da ternura
Com o acordar do amor rompendo o improvável
Passei para te desejar um radioso fim de semana
Doce beijo
Obrigada, O Profeta!
EliminarCom uma estrofe tão linda é improvável que o Sol não brilhe iluminando o fim de semana de quem teve a benesse de a receber...
Excelentes e radiosos dias, também para si.
Amiga Janita, ofereceste-nos um belo momento teu e um belo soneto de Camões .
ResponderEliminarOfereço-te este de Shakespeare :
Quando à corte silente do pensar
Eu convoco as lembranças do passado,
Suspiro pelo que ontem fui buscar,
Chorando o tempo já desperdiçado,
Afogo olhar em lágrima, tão rara,
Por amigos que a morte anoiteceu;
Pranteio dor que o amor já superara,
Deplorando o que desapareceu.
Posso então lastimar o erro esquecido,
E de tais penas recontar as sagas,
Chorando o já chorado e já sofrido,
Tornando a pagar contas todas pagas.
Mas, amigo, se em ti penso um momento,
Vão-se as perdas e acaba o sofrimento
Um Beijinho e bom fim de semana!
Fê
Que beleza de soneto, amiga Fê!
EliminarEncontrei nele um significado muito especial...Tão especial que vou guardá-lo no meu baú de afectos, onde deposito todos os textos, comentários, que me disseram muito, e poemas que me têm sido oferecidos, ao longo destes anos de navegação por este mar feito de amizade e muito carinho.
Obrigada, minha querida!
Beijinhos e tudo de bom para ti.
Camões e Shakespeare, num só espaço
ResponderEliminarque bem fiz eu para merecer tanto?
"Atada ao remo tenho a paciência
Para quantos desgostos der a vida;"
Diria a Camões: eu também!
"Mas, amigo, se em ti penso um momento,
Vão-se as perdas e acaba o sofrimento"
A Shakespear diria o mesmo!
Amigo Rogério,
Eliminarfaço minhas as suas palavras, juntando as palavras de Camões e Shakespeare... e citando-o, digo:
Que fiz eu para merecer tanto carinho e amizade?
Bem-hajam, amigos!
Memórias! "Recordar é viver" então vamos recordar!
ResponderEliminarUm bom fim de semana e um beijinho.
Amiga Adélia.
EliminarNas memórias dos tempos, vamos peneirando as boas e separando-as das más lembranças. Só assim se consegue obter o equilíbrio que necessitamos para caminhar em frente...Retirando o joio das nossas memórias!!
Um beijinho grande e tudo de bom.
Também gosto de cantos e recantos e loiças e caixinhas...
ResponderEliminar...E vasos e vasinhos e flores e retratinhos e folhas secas dentro de livros e...tanta coisa que parece sem importância e para nós tanto conta!!
EliminarBeijinhos, Graça!
Oh, Janita
ResponderEliminarRecordar momentos bons nos lugares que foram, e serão sempre nossos, mesmo que, fisicamente, não.
bj amg
Querida Carmem
EliminarApesar de uma ou outra mancha mais escura que embacia a memória de momentos que queríamos claros e cristalinos, são pedaços da nossa vida, dos quais guardamos só o que nos fez sentir felizes...
Obrigada e um beijo amigo!
Ofereço-lhe, Janita: bem o merece.
ResponderEliminarUm bocado de carril sobre a mesa
Um corte duma linha já cromada
Um para livros postos de enfiada
Um colapso relapso de tristeza.
Uma cabeça entre mãos debruçada
Um olhar perdido em que lugar
Um risco de lápis a sublinhar
Uma palavra escrita e recusada.
Um hiato no tempo que desafina
Um aperto de mãos tão de repente
Um rosto exposto e indiferente
Uma alma frustrada que desatina.
Um nada que nos pese não é nada
Porque é nada essa coisa não achada.
GOD,
EliminarGostaria de lhe agradecer, esta dádiva imensa, este pedacinho de céu, com belas palavras que fizessem jus ao seu talento e generosidade!
Não consigo, nem sei como o fazer....
As lágrimas de emoção que me correm pelas faces só eu as sinto e não sei como as descrever e transmitir-lhe, por palavras, o meu profundo reconhecimento.
Escusado será dizer que esta sua oferenda irá ficar, em lugar de culto, junto de outras que me são igualmente queridas.
Um abraço muito grato, GOD!
Bem-haja!
O sermos felizes é preciso, diria mesmo: é obrigatório.
ResponderEliminarInfelizmente há quem o não seja ou o seja à sua maneira.
Deixo-te um convite (outro) para uma recordação das minhas:
http://bagos-de-milho.blogs.sapo.pt/2601.html
Beijokas com os sorrisos habituais.
Já lá estive, Kok, e gostei muitíssimo!
EliminarTal como te digo ( en su sitio ) já coloquei o "Bagos" na minha lista, para te acompanhar de perto! Segundo reza na folha do tempo, há 3 meses que não vais lá?!...Ai, ai!! :-)
Beijocas - encantadas com as tuas memórias cinéfilas!
( agora, não terei tempo para mais, mas logo voltarei, Ok? )