terça-feira, 7 de junho de 2016

Precariedade, Paixões e Continuidades.

Chego Onde Sou Estrangeiro

(…)

Nada é tão precário como viver
Nada quanto ser é tão passageiro
É quase como gelo derreter
E para o vento ser ligeiro
Chego onde sou estrangeiro.


                                Robert Doisneau -um músico à chuva- 1957



Um livro não é escrito de uma vez
por todas; quando é, realmente,
um grande livro, a história dos homens
vem acrescentar-lhe a sua paixão.


Estrofe e Citação de Louis Aragon






14 comentários:

  1. Palavras para quê? gostei muito. Parabéns e muito obrigado pela partilha.

    Abraço grande

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    1. Calculei que gostasses, Ricardo, e fico muito contente por isso.
      Tens razão; nem sempre a abundância de palavras é loquaz.
      Falam mais os quase silêncios...

      Beijinhos e obrigada!

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  2. Estranho...
    Chegue a onde chegue
    Quando chego
    Não encontro jeito
    De me sentir estrangeiro

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    1. Já eu, tantas vezes me sinto estrangeira, até em mim...

      Um abraço, Rogério!

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  3. Passou aqui uma exposição fotográfica de Robert Doisneau que era simplesmente magnífica.
    Beijinhos

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    1. Todas as fotos de Doisneau são a P&B, Pedro, pelo menos as que conheço e mostram sempre o lado terno e belo da vida.
      O célebre «Beijo do Hotel de Ville» que correu mundo desde a década de 50, entre dois jovens apaixonados, em plena rua, é de sua autoria.
      Beijinhos.

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  4. "Ser" é passageiro ; "viver", uma situação precária; morrer uma inevitabilidade !
    Contudo, nos "entretantos", não me desencanta o sentir-me estrangeiro ! ... por vezes até com um encanto redobrado ! :)

    Abração enquanto possível ! :)

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    1. Inteiramente de acordo, Rui!
      É nesses intervalos que nos sentimos estranhos em nós, por queremos agarrar o que é inevitável e precário.
      O sabor da vida , creio estar nesse viver na corda bamba...:)

      Sempre haverá um amanhã, para alguém, Rui. :)

      Abração enquanto houver e se puder, quando acabar quem sabe o que vai recomeçar?

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  5. Aplaudo de pé este 'post'.
    Beijinho, Janita.
    P.S. - hoje falo de livros lá no meu coiso ;)

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    1. Também não precisas exagerar, Observador! Senta-te lá. :)

      Hoje não tive oportunidade, António. Amanhã falaremos de livros e de música, Ok? :)

      Beijinhos!

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    1. :) Há dias, José, há dias!

      Com duas palavras já me elevou o ego.:) Gostei e agradeço a gentileza.

      Um beijinho!

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  7. Provavelmente um livro reescreve-se a cada leitura e a cada leitor. :)

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    1. O que um livro sugere o leitor termina, adicionando-lhe um pouco das suas vivências, revê-se na trama e acrescenta-lhe as suas próprias paixões. Logo, é como dizes e bem, Luísa.
      Mas, também, é somente a minha modesta opinião. :)

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