Na minha juventude
antes de ter saído
da casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido
da casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido
Chegava o mês de Maio
era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido
E tudo se passava
numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer
Só sei que tinha o
poder duma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível, era só querer.
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível, era só querer.
Ruy Belo
Homem
de Palavra(s)
Lisboa, Editorial Presença, 1999
Lisboa, Editorial Presença, 1999
( A fotografia é minha, o poema DAQUI )
*** ~~~ ***
Tão bonito, Janita!! Gostei. Muito. Comigo também foi assim. E, se calhar, com todos nós...
ResponderEliminarBeijinhos
Comigo foi um pouco diferente, Graça, não saí para viajar, mas quando regresso ao passado, penso que tudo se passou numa outra vida, que não a minha, tão diferente me sinto agora...
EliminarBeijinhos e obrigada.
Belíssima partilha querida amiga ,muitos beijinhos no coração felicidades
ResponderEliminarMuito obrigada, Emanuel.
EliminarBeijinhos.
Muito bonito.
ResponderEliminarTambém linda a tua Azálea!
beijinhos
Azáleas tenho bastantes, Papoila, esta fotografia não é recente, embora também estejam agora floridas.
EliminarEste calor, fora de tempo, tem enganado as plantas. :)
Beijinhos.
A tua flor é lindíssima!
ResponderEliminar:)
Tb gostei do poema, mas a minha atenção centrou-se na foto, como seria de supor. :))
Eliminar:)) Sei que és mais virada para as coisas belas da Natureza do que para a poesia, Catarina, mas o meu jardim já conheceu dias melhores que, por certo, não voltarão.
EliminarBeijinhos. :)
Não tenho grandes saudades da minha juventude.
ResponderEliminarGosto muito do aqui e agora.
Beijinhos
Eu tenho, Pedro; muitas, muitas.
EliminarNada foi como sonhei que seria...
Felizmente, com o Pedro foi diferente. :)
Beijinhos
Lindooooo Janita.
ResponderEliminarQue saudades da juventude :)
Beijinhos
:) Já somos duas, minha querida, já somos duas!
EliminarBeijinhos
Tudo é possível, basta sonhar e acreditar.
ResponderEliminarPoema lindo acompanhado de uma bela foto
Beijinhos Janita
Já não tenho assim tanta certeza, querida Manu.
EliminarMas é bom acreditar que sim...:)
Beijinhos e obrigada
A poesia do Ruy Belo faz juz ao seu apelido. Simples, direta e muito bela.
ResponderEliminarUm abraço
Uma bonita analogia que ainda não me tinha ocorrido.:)
EliminarObrigada, Elvira
Um abraço.
E que planta/flores são essas?
ResponderEliminarAh!? Sabe? Não sabe?
Agora é que vou ver se o tal de «Nem o Remusinho sabe a quantidade de flores e plantas que já plantei durante toda a minha vida.» é mesmo verdade.
:-D
A fotografia está muito bem.
Não tenho nada menos bom para dizer dela. O fundo escuro, permitiu destacar muito bem as flores.
A fotógrafa Janita está de parabéns.
Ora Remusinho, então não 'havera' de saber?
EliminarEstas chamam-se azáleas, tenho muitas, embora de cores repetidas. Ainda há por aqui alguns rododendros - quando florirem fotografo-os para fazerem prova :) - algumas roseiras, camélias, e uma árvore que é linda quando floresce nos galhos nus, e agora...c'um canudo...não me ocorre o nome; quando me lembrar, digo!
Pronto... plantei muitas plantas de época, petúnias, amores-perfeitos, eu sei lá, era aqui uma espécie de jardim da celeste. Nas minhas postagens antigas há por aqui muitas flores e plantas lindas. Verdade, verdadinha! :DD
Agora, o que me deixou estupefacta, foi o Mestre dizer que a fotografia está muito bem. Veja só, pois se até me esqueci de a alindar para o retrato, limpando-a das flores murchas. Vá lá uma pessoa querer presumir, não há nada como fazer as coisas ao acaso...;)
Gosto de fotografia, mas sei que nunca serei uma boa fotógrafa amadora, falta-me paciência. Qualidade que penso ser fundamental. Estou certa?
De qualquer modo inchei de vaidade, está claro!
Obrigada! :))
Muito bem! Afinal sabe mesmo.
EliminarAssim sendo, já meto a viola no saco.
:-D
:))) Não meta; que eu gosto da sua música...ehehehehe
EliminarBela partilha, Janita! Gostei imenso da fotografia que combina na perfeição com as palavras!
ResponderEliminarBeijinhos
Olá, Carpe!
EliminarHá quanto tempo não nos víamos! :)
Fico contente por ter acertado na escolha da fotografia que já tirei na Primavera, vê lá tu! :)
Beijinhos.
tão lindo Janita por isso o futuro pertence às crianças e não podemos destruir a esperança de que elas tanto precisam !!!
ResponderEliminarbeijinhos grandes
Angela
Não podemos, não Ângela!
EliminarÉ nosso dever garantir que, os homens e mulheres de amanhã, mantenham viva a chama da esperança, em dias floridos e viçosos!
Beijinhos e obrigada!
Sobre a poesia digo nada. A foto não está má, antes pelo contrário. Gosto de flores e trato com desvelo do meu pequeno jardim (já tratei melhor, em boa verdade).
ResponderEliminarbji.
Sabe o quanto gosto de o ver por aqui, não sabe?
EliminarEntão:
Ainda que esteja em dia 'não' e as suas palavras não aquentem nem arrefentem...apareça sempre! :)
Beijinho.
Bonito soneto de Ruy Belo e uma foto tua também muito bonita !
ResponderEliminarObrigada, Ricardo!! :)
Eliminar