Hoje apeteceu-me retomar esta rubrica. Porque não?
É bom que se vejam as pessoas famosas sob um outro ângulo. Pelo lado romântico, amoroso, terno...e humano.
Quem, porventura, estiver interessado em saber quais foram as personalidades que escreveram as anteriores cartas de amor
e só clicar na etiqueta: Cartas D'Amor.
“O
produto mais franco, mais livre e mais privado da mente e do coração humano é
uma carta de Amor”
[ Mark Twain ]
Franz
Kafka, enviou numerosas cartas
de amor à sua amada Felice. Numa
delas, escrita em Fevereiro de 1913, expressava-lhe desta forma o seu duplo
amor; por ela e pela literatura:
"Querida:
Peço-te, de mãos postas, que não
sintas ciúmes dos meus escritos. Quando as personagens se dão conta dos teus
ciúmes, escapam-me; mais ainda quando apenas as tenho presas pela ponta dos
seus vestidos. Tem em conta que, se me fogem, mais tenho de correr atrás delas,
ainda que seja até ao mundo das trevas, onde é o seu verdadeiro lugar. O
romance sou eu; as histórias são eu. Por isso te rogo: onde existe o menor
motivo para ciúmes? Sabe, quando tudo entre nós está bem, as minhas personagens
vão, de braço dado, ao teu encontro, Felice…Sem ti e sem a minha escrita, não
saberia viver”...
(Acho isto tão, mas tão lindo... Tomara que Felice tenha compreendido Kafka...)
*
E, já agora, deixo eu o meu pensamento...
"Só quem nunca amou… não
escreveu uma carta de Amor."
(Digo eu, com alguma convicção, mas não muita. Até porque cada caso de amor, é um caso diferente. )
Convictamente, fica a minha canção deste Domingo.
Como jurei,
Com verdade o amor que senti
Quantas noites em claro passei
A escrever para ti
Cartas banais
Que eram toda a razão do meu
ser
Cartas grandes, extensas,
iguais
Ao meu grande sofrer
Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem.
***++++++++++***
Gostei muito dessa carta do Kafka...
ResponderEliminar:)
Tão querido...Há mulheres tão possessivas, caramba!! :)
EliminarBeijinhos, obrigada Luísa!:)
Adoro cartas de amor! E então se forem de bons escritores, ainda mais. Escrevi muitas cartas de amor e também recebi muitas e variadas...
ResponderEliminarBeijinho.
Também escrevi e recebi algumas, Graça!
EliminarFoi uma época muito bonita e romântica, essa da troca de missivas amorosas. :)
Beijinhos, boa semana.
Janita; Que postagem tão interessante. Penas que já não se escrevem cartas. Já nada é igual. "Salva-nos" estas recordações que de um certo modo deixa alguma saudade. AMEI!
ResponderEliminarBeijo. Boa noite.
Pois não escrevem, Cidália, e é uma pena!
EliminarAgora, nada fica para a posteridade de forma palpável.
Fico feliz por ter gostado.
Beijos.
Boa e inspiradora semana.
Gostei - e estive a pensar que pode haver cartas de amor em sms mesmo que pequeninas
ResponderEliminardepois volto para espreitar as próximas cartas
um beijinho e uma boa semana
Claro que sim, Gábi!
EliminarA diferença é que esse sms não pode ser guardado com um laçarote perfumado e, muitos anos depois, ser relido e sentido entre os dedos, com o enlevo de quem recorda um tempo de doce ilusão.
Volta sempre, quer haja cartas quer não! :)
Beijinhos, boa semana.
Adoro cartas de amor, também escrevi, recebi e guardei :)))
ResponderEliminarNão sei bem onde estarão mas sei que as tenho!
bjs Janita
A mais bonita carta de amor que recebi, aos dezassete anos, ficou perdida, mas nunca esquecida, Papoila! :)
EliminarPenso muito nessa carta e tenho tanta pena!...
Beijinhos.
Cartas de amor quem as não tem ,já dizia o grande Tony de Matos ,maravilhosa partilha querida amiga muitos beijinhos felicidades
ResponderEliminarEsse cantor, romântico, nunca foi o meu cantor preferido.
EliminarHavia outros que eu gostava mais. :)
Beijinhos.
A carta de Kafka é muito bela de facto.
ResponderEliminarA "reticente/cautelosa" alusão da Janita tem a sua razão de ser, em especial num tempo em que é mais fácil e comum enviar sucintas e abreviadas SMS's, sem prejuízo do Amor efectiva ou eventualmente subjacente dos interlocutores!
As belas "Cartas de Amor" de Francisco José, muito apropriadas!
Parabéns e excelente semana
Abraço
VB
Para mim, é mais um apelo pungente do que propriamente uma carta de amor. É duro uma pessoa ver-se assim, 'entre a espada e a parede'.
EliminarObrigada, Victor, um abraço.
Sem saudosismo
ResponderEliminarTroquei as cartas de amor
por um bilhetinho
que diz
apenas isto
"Já venho. Beijo"
e lho deixo
no joelho
enquanto dormita
não sendo carta
a mensagem é ridícula
Como não voltar, tantos anos depois de tantas cartas?
Rogério.
EliminarFoi por esse tempo, em que a sua Teresa recebeu essas cartas todas, que eu recebi e escrevi algumas. Tive um afilhado de guerra que acabou por ser 'namorado'...por carta e aerograma!!
Depois cansei-me daquela trabalheira toda.
:)
Emocionante este teu post, emocionantes as palavras de Kafka e de todos os outros autores do vídeo anterior.
ResponderEliminarCuriosamente ou infelizmente nunca recebi cartas de amor, daquelas em papel, porque para mim SMS não considero cartas de amor.
Sou mais pobre por isso? Claro que sou!:(
Beijinhos Janita
E tens toda a razão em fazer a distinção, entre SMS,s e cartas! Abrir uma carta envolve todo um processo emotivo que uma mensagem não tem.
EliminarNão és mais pobre por não ter recebido uma carta d'amor, minha querida...És mais jovem, talvez!! :)
Beijinhos, Manu.
Nunca escrevi nenhum, que me lembre :) , também nunca recebi, acho que apesar de já ser velhota, não passei por essa "fase"
ResponderEliminarTambém não sou muito de demonstrar os sentimentos por escrito, como diz uma conhecida minha, não sou muito de MI MI MIS, sou mais de palavras ditas frente a frente, olhares, o estar presente.
Bom inicio de semana Janita.
Beijoca
O quê??? Já és 'velhota'?...Então de quem são as fotografias que tens publicado? ehehehe
EliminarBeijinhos, boa semana, Mena.
Escrever “cartas” de amor, digitadas no computador não deve ser a mesma coisa que escritas em papel, dobradas e colocadas num envelope devidamente selado. Mas quem escreve à mão hoje em dia?
ResponderEliminarClaro que a sensação de abrir uma carta d'amor é diferente de 'abrir' uma mensagem no computador ou smartphone, ainda que fale d'amor, Catarina. :)
EliminarAh...se preciso fosse, eu escrevia!...:))
Beijinhos
Já lá vai o tempo das cartas de amor.
ResponderEliminarCom perfume e tudo.
Beijinhos, boa semana
E é por isso que hoje se fala nelas com a saudade de algo que acabou, Pedro! :)
EliminarBeijinhos, boa semana.
As cartas de amor entraram em extinção. As gerações actuais só conhecem aquelas que foram publicadas. Hoje, quando muito recebem mensagens, que apagam quando a memória do telelé fica cheia.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Entrámos na era do 'descartável', Elvira.
EliminarUsar e deitar fora, nada é para guardar!
Mesmo nessas mensagens, que os jovens trocam, o vocabulário usado é uma abreviatura sem nexo. Creio que, ainda que quisessem, não saberiam escrever palavras de amor.
Não gostaria de ser jovem nos tempos que correm. Não me enquadro nesses parâmetros.:)
Um abraço, boa semana.
Bom dia. Uma publicação que nos leva à recordação. Adorei a carta. Oh saudade...
ResponderEliminar:))
Hoje:- Meus olhos vagueiam em teus lábios
.
Bjos
Votos de excelente Segunda -Feira
Olá, Larissa.
EliminarSaudade?...Quer dizer com isso que conhece a sensação? :))
Beijinhos.
Não sei se já o disse aqui, ou se noutro sítio, que nunca fui muito de cartas de amor ! … Curioso também nunca fui muito de surpresas nem de confissões de amor !
ResponderEliminarFui sempre mais de “olha para o que faço e sou e não para o que digo” ! :))))
Escrever, nunca se proporcionou, porque a verdade é que nos víamos (salvo raras excepções) todos os dias e escrever não fazia sentido !
No entanto, reconheço que é sempre “poético” e belo para quem recebe uma das ditas cartas !
Curiosa essa carta de Kafka, se bem que também não seria “o seu forte” , até por que confessava que não conhecia ninguém tão desastroso nos relacionamentos amorosos como ele !
Agora o Francisco José, isso já era outra coisa ! ehehe…
Quantas vezes cantarolava essas “Cartas de Amor” e aquele “Marco do Correio” ! … :))
Beijo :)
Olá, Rui!
EliminarCreio que o disseste aqui!! :))
Como não és de dizer poderias, ao menos, ser de escrever!!
Mas pronto...és de fazer...o que é bom!! lol
É verdade, bonitas estas canções, que foram mais do tempo da minha mana, eu ouvia-as por tabela seca. ehehehe
Beijinhos, boa semana!
Que coisa (todo o post, claro) mai linda!
ResponderEliminarbji.
Coisa mai'linda é eu ver por aqui o meu amigo.
EliminarPois sim senhor, de quando em vez lá vem dar-me o prazer da sua visita. E nem sabe quão bem ela me sabe!! :)
Beijinhos, José, obrigada.
Entendo, mas nunca fui romântica, embora tenha sido apaixonada.
ResponderEliminarPenso que recebi uma única carta de amor que se pode definir como tal. Foi por altura de um divórcio que acabou por acontecer.
Beijinho, Janita :)
Sabe Maria João? Aqui para nós...também não posso dizer que seja uma romântica assim tão românnnnntica. Por vezes até acho enjoativo certas atitudes de algumas mulheres quando querem aparentar fragilidade e impressionar o sexo oposto, fazendo passar uma ideia de delicodocura, para mim, enjoativa...Enfim...acho que sou sentimental qb. :)
EliminarBeijinho e obrigada. :)
Minha querida Janitamiga
ResponderEliminarCom os sobressaltos que a vida me (nos) tem "brindado" tenho andado por aqui e por acolá, entre casa e a UCS da TAP para fazer o tratamento à lesão na perna esquerda sempre acompanhado das minhas duas bengalas: a Raquel e a outra, nada de maus pensamentos, a bengala, b-e-n-g-a-l-a. Daí que não tenha vindo por cá. As minhas desculpas.
E agora, aqui que ninguém nos ouve, digo-te baixinho que quando tinha seis aninhos num Natal em minha casa rodeado pela famelga cantei muito afinadinho (conforme me disseram) Marco do correio, de portinha ao centro, não sabes, eu creio, o que tens lá dentro, vá lá não tenhas cuidado deixa-me ler por favor, a carta que tens ao lado da carta do meu amooooor!
De acordo com a assistência o bigodinho cinéfilo do Alberto Ribeiro ao pé dos meus calções de veludo cotelê eram um fiasco. Cá o je preparava-se para singrar uma carreira auspiciosa não fora a colher de pau da dona Glória Ferreira :-(((
Muitos bjs e qjs do casal Ferreira
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Venho dedicando nestes últimos tempos bastante atenção aos monumentos megalíticos, nomeadamente aos que existem em Portugal que são muitos e pouco conhecidos do grande público. Daí que a Nossa Travessa publique um novo artigo que aborda o Cromeleque dos Almendres que é o maior da Península Ibérica e fica situado a cerca de 11 quilómetros de Évora
Então, HenriquAmigo, poderias ter acumulado as duas profissões - como o Vasquinho, que era Dr. e Fadista - de jornalista e cantor romântico. Porque não?
EliminarQuanto ao teu novo artigo, podes dar como certa a minha visita. Aliás, quando nos apresentaste o teu amigo Gonçalo, eu fui fazer uma leve pesquisa, acerca do livro por ele editado, e vi esse fabuloso 'Cromeleque dos Almendres', lá para as minhas bandas. No Alentejo há de tudo um pouco...graças a Deus. Até calhaus milenares.
Lá irei. Obrigada pelo convite, amigo Henrique.
Um grande abraço para ti e um beijinho para a amiga Raquel.
Embora tenha amado nunca escrevi uma carta de amor. Recebi muitas. Antigamente, achava as cartas de amor ridículas, principalmente as do meu "deserto loiro" porque já estavamos casados. Agora, bem gostava de receber uma carta de amor.
ResponderEliminarQuanto ao "malandro" do Franz Kafka vou falar numa outra ocasião, porque a sua relação com o sexo feminino é deveras complicada.
Teresa...certamente, guardaste as cartas d'amor do teu "oásis loiro", qual deserto?...Deixou-te quatro cactos, sem picos, que têm enfeitado a tua vida de mil cores.
EliminarPois...traz lá o maroto do Kafka à colação, antes que a borboleta se fine. :)
Grande abraço de Amizade, Teresa.
Bom dia. Visitando e elogiando a sua publicação:A mais bela carta de amor que alguma vez li, dizia apenas isto ao meio da página. "" Óh rapariga, amo-te Porra "".
ResponderEliminarE calo-me, lol
.
* Amor = Fogo que Arde em Chispas Ardentes. *
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Cumprimentos
Essa declaração de amor devia ser de um apaixonado alentejano, Gil António.
Eliminar"Gosto de ti, porra", é coisa linda de se ouvir, pode crer!
Lá irei vê-lo arder em chispas ardentes
Cumprimentos e obrigada.
Que legal essa postagem.
ResponderEliminarFico a pensar sobre as cartas de amor que recebemos e as cartas de amor que enviamos.
Eu gosto de enviar cartas e também de recebê-las.
Vez ou outra abro uma caixa que tenho e guardo as cartas recebidas de amores... É possível que tenha sorrisos no meu rosto nesse momento. E os amores que podiam ser esquecidos são lembrados ali nas cartas.
Falando em cartas, eu participo de um projeto super interessante, de troca de cartas entre pessoas de várias partes de Brasil e também de fora do Brasil.
Caso queira conhecer...
cartashoje.blogspot.com
Eu sou a Ana, do blog filhadejose.blogspot.com
Obrigada pelo convite, Ana.
EliminarPassarei com prazer pelo seu espaço, mas sabe que os tempos e a idade hoje são diferentes e não sei se me daria assim tanto gosto voltar a escrever cartas, manuscritas...com todo o ritual obrigatório que isso implica. :)
No entanto, fico-lhe grata por ter passado e contente se voltar a passar.
Saudações bloguistas
ResponderEliminarLinda esta carta... que palavras tão carinhosas, tão cuidadas, usadas com tanta delicadeza que mais parece ele ter receio de ferir a sua amada, a sua musa, com elas.
Gostei mesmo muito. Obrigada por partilhares algo tão belo que até nos adoça a alma.
Beijinhos Janita
(^^)
Só mesmo de quem está muito apaixonado, não achas?
EliminarFoi também essa suavidade, no trato com a sua amada - que eu pensava que Kafka não possuiria - que me atraiu nesta carta.
Eu é que agradeço a tua gentileza, Afrodite.
Beijinhos e obrigada!