Foto Minha |
Sonho
que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...E não sou nada!...
Soneto "Vaidade" de Florbela Espanca
***------***
E nada somos mesmo! Grande verdade e Grande Florbela.
ResponderEliminarBoa noite Nita
Beijinho
Gostaria muito de saber mais sobre a personalidade desta Poetisa, Mena. Para além dos sentimentos amargos que ela deixa transparecer nos seus belos poemas, pouco mais se sabe.
EliminarQuero crer que aqui ela se auto recrimina. Se calhar com razão.
Beijinho, Nina!
Desculpa intrometer-me !
Eliminar(??) Dizes que gostarias de saber muito mais sobre a personalidade desta poetisa !?
Olha que eu aprofundei muito os meus conhecimentos sobre ela e por isso adoro esta personalidade
Se entrares aqui (não terás que ler tudo),
https://coisas-da-fonte.blogspot.com/search?q=Florbela+Espanca
mas vai directamente para
“Fábulas … Que não de La Fontaine”
e aí para
“Ainda sobre Florbela Espanca (da net) e justificação do que escrevi :”
Vê lá tu quantas vezes já a referi no meu Blog !!! :)))
Beijo
Obrigada, Rui.
EliminarHoje não, mas irei lá ler tudo o que publicaste sobre a Poetisa. Talvez no fim de semana.
Beijo
Acho a Florbela uma escritora incrível, sempre muito marcante. Lindo poema.
ResponderEliminarOlá, Erika Oliveira!
EliminarSeja muito bem-vinda.
Tem razão, Florbela Espanca escreveu poemas que marcam, de forma indelével, quem os lê. :)
Uma alma que viveu e morreu atormentada.
ResponderEliminarBeijinhos
Verdade, Pedro!
EliminarA sua poesia é isso que nos diz.
Ela que só quis amar perdidamente...
Beijinhos
Talvez a maior sonetista de todos os tempos,apesar da obsessiva temática da sua poesia sempre centrada no eu. Sem sombra de dúvida, a mais melodiosa - em termos de forma - de todos os poetas que já li.
ResponderEliminarBeijinho, Janita :)
E, de poesia, especialmente Sonetos, percebe a Maria João! Pelo que a sua opinião é a mais abalizada que aqui posso ter.
EliminarQuanto à obsessão a respeito de si mesma, basta lermos o soneto: «EU», do qual gosto muito.
Um beijinho Mª João e obrigada. :)
A esse específico soneto, não o glosei, mas respondi-lhe;
EliminarEU
Eu, em contrapartida, sei quem sou;
Poeta, fui-o sempre, a vida inteira,
Dos versos dedicada companheira,
Rocha, ou papoila, que do chão brotou
E, depressa demais, desabrochou,
Tomando a sua própria dianteira
Na caminhada junto à ribanceira
Em que o passo apressado a colocou,
Mas vive, agora muito lentamente,
Um tempo mais teimoso e mais urgente
Que teima em não parar pr`a repousar
E que passa por ela e segue em frente,
Sem dar conta do mal que faz à gente
Que vai estando cansada de passar...
Maria João Brito de Sousa - 28.01.2016 - 11.00h
In, ALMAS GÉMEAS, 2016, Euedito
Até estou arrepiada, Maria João!
EliminarAh... saber escrever poesia dizem que se vai aprendendo ou se herda o saber, como se um tesouro fosse. Acredito, mas acredito mais ainda, que isso é um dom que Deus concede a muito poucos.
Fazer rimas, poetizar brincando, muita gente o faz, mas escrever POESIA, só mesmo as grandes almas o sabem fazer.
Vou guardar este Soneto, como uma relíquia e, talvez, num dia destes, eu o exponha aqui no meu espaço, juntamente com o de Florbela.
Muito e muito grata, querida Maria João.
Um beijinho grande.
Olá, Janita!
ResponderEliminarAmo tudo o que nos deixou Florbela Espanca!
"E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...E não sou nada!..."
FABULOSO!
Gostei da foto.
Beijo, amiga.
É, Teresa,
Eliminarquem se tem em grande conta, se considera superior a tudo e a todos, um dia pode constatar que não é nada, como nada seremos todos um dia...'Pó, cinza e nada'...como ela própria escreveu.
Beijinhos, amiga! :)
"alma profunda e insatisfeita"?
ResponderEliminarHummm, isto é comigo!
E comigo, Rogério!
EliminarLembra-se de há muitos anos atrás, creio que na primeira ou segunda vez, que fui ao seu blogue, lhe ter deixado um terceto do seu Soneto "EU"?
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Acho que foi este.
A que propósito é que não me lembro. :)
Um abraço.
E lá ia a Florbela 'espancando' conformo sabia, o que era muito.
ResponderEliminarBeijinho, Janita.
Acho que a Florbela foi mais 'Espancada' do que espancou, António!
EliminarFicou sempre aquém dos sonhos que sonhou.
Isso é triste.
Beijinhos, amigo. :)
Como adoro os poemas desta Poetisa. Bela escolha...
ResponderEliminarDo nosso amigo Gil António, com: Palavras escritas no silêncio do coração
Bjos
Votos de uma óptima Quinta - Feira
Sabe que numa ocasião andava tão por baixo, que publiquei um Soneto da Florbela e fiquei 'zangada' com ela por ser tão dramática? :))
EliminarDepois fizemos as pazes. :)
Beijinhos, Larissa.
As Poesias desta Poetiza conhecem-se mesmo antes de ver quem escreveu. Amei!! Boa tarde
ResponderEliminarBeijo e um excelente dia!
Verdade. Começamos a ler e já sabemos que aquela amargura toda tem um nome: o dela.
EliminarObrigada, Cidália.
Um beijo
Estás mestre nas fotos🤗
ResponderEliminarFlobela marca-nos sempre e deixa-nos a sonhar com o aqui e o ontem.
Beijinhos Janita
Esta já é antiga, Manu.
EliminarComo não tenho fotos novas vou repescar as antigas. :)
Beijinhos, Manu.
Comecei a ler e,... só podia ser Florbela Espanca !!!
ResponderEliminarComo "Mulher" fenomenal para a época (difícil) em que viveu !!! Admirável !
Como Poetisa, maravilhosa nos seus sonetos. Inigualável !
Incrível como tantos "sonhos" acabam num só sonho ! :( ... Não somos nada ! :(
Li em tempos que nós (todos e cada um) somos 3 entidades (ou identidades, se quiseres) :
- Somos aquilo que pensamos que somos ;
- Somos aquilo que, ilusoriamente, julgamos que os outros pensam que somos ; ;
- Somos aquilo que, na realidade, os outros pensam que somos.
... E fiquei a conhecer uma nova palavra que me "fizeste" ir ver ao Priberan ! :))
Abração, Amiga
Olá, Rui.
EliminarVou ver se te respondo em consonância, ao contrário do que fizeste comigo! :(
Começo por concordar com o que dizes sobre Florbela, mas vou já discordar dessa tua opinião sobre as três identidades que dizes reunimos em nós.
- Somos aquilo que pensamos que somos
Eu não tenho certezas a 100% sobre aquilo que penso ser, pois muitas vezes procuro-me e não me encontro. Tenho alterações de humor, não sou feita a régua e esquadro.
- Somos aquilo que, ilusoriamente, julgamos que os outros pensam que somos ; ;
Não tenho essa tal ilusão de pretender ser o que os outros pensam que sou. Cada um é livre de me avaliar como bem entender. Até porque não me julgo importante a ponto de achar que alguém perde o seu rico tempo a pensar isto ou aquilo sobre a minha pessoa.
- Somos aquilo que, na realidade, os outros pensam que somos.
Como é que é? Era o que mais faltava!! Com tanta gente que conheço por aqui e noutros lugares, e tantas serão as opiniões desta ou daquela, estava bem arranjada se eu fosse tudo o que pensam de mim. Arranja lá outra filosofia que essa para mim não serve.
Estás a ver, Rui? É essa sinceridade que eu gosto em ti. Fizeste referência à palavra do título que não conhecias.:))
Todos juntos é que sabemos tudo...onde é que eu ouvi isto?! ehehehe
Beijos e um abraçaço, Amigo!
Foi só opinião, Janita ! ... que, aliás, "é dos livros".
EliminarSe pesquisares sobre o assunto encontrarás este tipo de parecer.
Desculpa ainda não ter aqui vindo, Rui, mas estive a agendar o postal das Sextas.
EliminarPode "ser dos livros", mas eu tenho o direito de concordar ou não.
Quem escreve os livros, não são deuses, são pessoas que erram e se equivocam, como qualquer mortal.
:)
Olá,Janita!
ResponderEliminarComecei a ler o poema e identifiquei logo...teria que ser de Florbela Espanca, contudo não o conhecia, como não conhecia o belo poema que deixaste lá no meu Ventanias e que também não conhecia!
Obrigada pelos poemas e pela visita.
Abraço
Olá, 'Rosa dos Ventos'.
EliminarNão há nada para agradecer. Foi para mim uma grande alegria quando vi o teu blogue no cimo da minha lista. Nem queria acreditar. Fui logo até lá saudar-te. :)
Um beijinho grande e espero que vás aparecendo sempre que puderes. És um pessoa que faz falta na blogosfera.
A Florbela no seu melhor, ainda que eu não seja entendido no assunto.
ResponderEliminarA foto está perfeita, digo eu que também não percebo nada de fotografia.
Quer-se dizer (como se dizia há anos), hoje estou em dia de não entendedor.
bji
Para um não entendido até que entende de muitas coisas.
Eliminar"Quer-se dizer", costuma ser 'coisa' minha. :)
Nunca ouviu dizer que para bom entendedor meia-palavra basta?
Boa entendedora que sou nem preciso de muito para o entender...
Beijinhos
Obrigado Janita pela escolha do poema, não conhecia e gostei muito!
ResponderEliminarA foto está magnifica. Este não é aquele teu rododendro que dava flores da cor vermelho escuro e que mudaram de cor? Ou estarei a fazer confusão.
Beijinho querida.
Boa memória. Adélia!
EliminarA fotografia é essa mesma, pra aí de 2015, talvez.
O rododendro floresce a cada ano com cores diferentes, nessa altura, teve flores de duas cores. Acho que, na foto, dá para ver. É maluco como eu: vareia...:))
Um beijinho e obrigada, amiga.
Muito lindo! E muito verdadeiro... Bem escolhido, Janita!
ResponderEliminarBeijinho.
Fico contente por te ter agradado a minha escolha, Graça.
EliminarObrigada.
Um beijinho!
Presunção e água benta...
ResponderEliminarbji.
:))
EliminarBeijinhos.
Bonita a fotografia.
ResponderEliminarO soneto? Pois termina exatamente como eu me sinto na maioria dos dias.
Sonhei ser uma montanha e nem a montículo cheguei.
Abraço
Compreendo o que quer dizer, Elvira, mas deixe que lhe diga:
EliminarJá eu nunca quis subir muito alto, nunca quis ser montanha.
Tudo o que sempre desejei, desde que me conheço por gente, foi ser feliz!
Parece que isso, para mim, foi o mesmo que para si o querer ser montanha...algo inalcansável.
Um abraço, boa noite.