Assim nasceu o blogue Crónicas do Rochedo,
Esta é a minha sentida homenagem ao seu autor, que nos deixou fisicamente, mas que permanecerá para sempre na nossa memória.
Este é o Rochedo inicial do CR |
"Numa tarde de Setembro refugiei-me num
rochedo a olhar o mar do Guincho. Foi a necessidade de curtir mágoas por uma
namorada que se despedira ou fora roubada, pouco importa, que me levou até lá.
Contemplar aquelas águas azul-turquesa devolveu-me a tranquilidade. Foi há
muitos anos, mas desde esse dia tomei aquele rochedo como meu. Voltei lá com
frequência. Primeiro com um caderninho de apontamentos, depois com o portátil,
tão anódino e desinteressante como uma folha de papel em branco, sobre os
joelhos.
Foi ali, a olhar o imenso mar azul, que
nasceram centenas de crónicas, muitas das quais nunca viram a luz do dia.
Hoje, sentado no meu rochedo habitual,
sem papel nem computador, senti vontade de cumprir uma vez mais o destino e
partir à descoberta de uma nova experiência: navegar sozinho no espaço virtual.
Este blog será o meu novo rochedo. Sem
mar, sem pôr-do-sol, nem linha de horizonte como fundo.
Aqui haverá espaço para reflectir sobre
tudo. Sem dia nem hora marcada. Sem temas pré-definidos. Apenas com a vontade
de comunicar através da escrita."
Aos amigos que desejem ver e ler algo mais sobre aquele que foi um cidadão do Mundo, que muito viveu, amou e sofreu, um homem de profundas e controversas convicções, um jornalista de opiniões próprias que jamais se vergou a nenhum poder que não fosse o da sua consciência, podem ler AQUI esta sua entrevista.
Descanse em Paz, Carlos! TODOS nós, bloggers e leitores, seus amigos, jamais o esqueceremos!
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