...Eu, inconformista, me confesso.
A quem possa interessar informo: este cravo não é uma flor natural. |
Espiral
Como
o cravo no seu talo,
Como o cravo, eis o foguete,
Que é um cravo de disparo.
Como o cravo, eis o foguete,
Que é um cravo de disparo.
É foguete o torvelinho:
Sobe ao céu e se despluma,
Canto de ave no pinho.
Sobe ao céu e se despluma,
Canto de ave no pinho.
Como o cravo e como o vento
o caracol é foguete:
Empedrado movimento.
o caracol é foguete:
Empedrado movimento.
E a espiral em cada coisa
seu vibrar difunde em giros:
Um mover que não repousa.
seu vibrar difunde em giros:
Um mover que não repousa.
O caracol foi corola,
eco de eco, luz, vento,
onda que se encaracola.
eco de eco, luz, vento,
onda que se encaracola.
Poema de Octávio Paz
Poeta mexicano [31-03-1914 — 19-04-1998]
Nobel da Literatura em 1990
“Foi
um pensador avesso a estereótipos, que questionou todas as formas de conformismo”
: Afirmou dele, Mário Vargas Llosa.
Fotos Minhas - Flor-de-laranjeira, em botão. |
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Um poeta que desconhecia e um poema de que gostei.
ResponderEliminarObrigada pela partilha
Abraço e bom feriado.
Obrigada, Elvira!
EliminarBom Feriado e um abraço.
Estou com a Elvira.
ResponderEliminarTotalmente.
Beijinhos
E está muito bem acompanhado, Pedro!! :)
EliminarBeijinhos
Um belo poema que desconhecia e uma fotografia lindíssima de uma pequenina flor que, de tão delicada, parece feita de porcelana.
ResponderEliminarQuase, quase a chegar ao dia dos cravos, deixo um beijinho e votos de um festivo 25 de Abril.
Maria João
E o perfuma que exalam estas pequenas e delicadas florzinhas, Maria João? É algo completamente inebriante!
EliminarFelizmente fotografei-as também depois de abertas, porque as fortes chuvadas dos últimos dias, já as desfolharam todas.
Muito obrigada o mesmo lhe desejo.
Um beijinho.
Poema lindo,Janita! Belo compartilhamento! bjs, chica
ResponderEliminarObrigada, querida Chica!
EliminarBeijinhos. :)
Um poema lindo que desconhecia!
ResponderEliminarGostei muito do que disse António Vargas Llosa sobre ele...sejamos um pouco inconformistas.
Um dia espero ver essa laranjeira cobertinha de laranjas :)
Beijinhos Janita
A poesia deste Nobel da Literatura não é facilmente assimilável, obriga-nos a pensar, e eu gosto disso.
EliminarEspero que vejas a laranjeira coberta de frutos, mas com tanta chuva extemporânea, não sei se isso irá acontecer.
Neste momento chove torrencialmente e troveja, acho que vou desligar o PC.
Beijinhos Manu!
Muito bem...Adorei o poema ;))
ResponderEliminarHoje:-Quando o sol brilha em desalento.
Bjos
Votos de uma óptima Quarta - Feira.
Boa noite, Larissa.
EliminarObrigada.
Gostei do poema e do cravo !
ResponderEliminarObrigada, Ricardo.
EliminarBom feriado!
Não me recordo de ter lido nada do autor.
ResponderEliminarOs botões estão quase em flor.
bji.
Aproveite para ficar a conhecer melhor agora, José.
EliminarA trovoada já espalhou e voltei a abrir a minha janela para o mundo...Depois desta foto, tirei outras com os botões em flor, mas com tanta chuva, já caíram muitas.
Beijinho, José, bom Feriado!
Espiral no preceito do divino ouro feita é poema, é cravo de festa, é flor de laranjeira - tudo assim - ficou o dia mais distinto com o Nobel e com os aromas. Enquanto isso, comi a laranja que colhi da laranjeira e vi nela a flor da Janita, promessa de fruto que se adoça em Janeiro.
ResponderEliminarGostei de tudo.
Beijo.
Muito grata por tanta generosidade, Poeta. As suas palavras deixaram-me enternecida.
EliminarFico imensamente feliz pelo seu apreço, meu Amigo.
Um beijo