Foi um daqueles dias em que a chuva miudinha e persistente me soube bem. É nestes dias primaveris e mornos que gosto de ler poesia, mas não de escrever. Escrever, não implica a ideia de ser poeta ou escritor, escrever apenas, seja lá o que for. Até podem ser umas linhas em caderno, à laia de diário. Até para isso tem de haver vontade, disposição. Não a tive. Lembro-me bem.
Estávamos em tempos de confinamento.
Neste dia todas as saudades me procuraram,
nenhuma faltou.
Ninguém soube disso, a ninguém contei.
Senti uma dor forte, dilacerante.
Um sentimento de perda.
De quê, de quem? Não sei.
Mas, sei que neste dia, alguém,
em algum lugar, desistiu de mim,
me abandonou.
-----------------------------------------------------------
---------------------------
Gosto muito destes chuviscos que limpam a alma.
ResponderEliminarAgora falando do que escreveste, achei uma coincidência fabulosa, porque há bem pouco tempo uma amiga minha me disse para pegar num caderninho e começar a escrever. O certo é que ultimamente não me tenho servido de poetas para legendar as minhas fotos😊
Gostei imenso do que esvreveste.
Eu não te abandono.
Beijinhos Janita 😘
Bom Dia, querida Manu! :)
EliminarNada como um dia depois do outro...:)
Hoje levantei-me às seis da manhã, tomei um bom café, com leite de aveia, e às sete da matina já andava a cirandar pelo jardim.
Acho que há muito tempo não me sentia tão leve, apesar de não ter dormido mais do que cindo horas.
Não adianta muito tentarmos entender o porquê daquilo que nos acontece, a seu tempo a natureza faz o que tem de ser feito. Só temos que lhe entender os sinais...:)
Contigo aconteceu o mesmo. Ganhaste confiança na tua capacidade criativa e estás a sair-te lindamente. Tenho apreciado muito as legendas das tuas fotos.
Grata pelo apoio, amiga. Essas quatro palavras calaram fundo em mim.
Um beijinho grande.
Há dias assim
ResponderEliminartambém me acontece a mim
julgo que se passa contigo
comigo
com todos os que estimam afectos
e valorizam o não quererem perde-los
quanto a escrever
o sentimento sai
mesmo sem querer
Há que dar tempo às emoções, para que tudo volte ao seu lugar, devagar, devagarinho. Racionalizar demasiado os sentimentos ou a ausência deles, não nos beneficia em nada a mente.
EliminarQuanto à escrita, ela virá quando for o momento certo.
Um abração de coração. :)
Eu não te abandonei!! Cá estou!! : ))
ResponderEliminarEscrever é uma excelente forma de terapia – chamamos de Journal Therapy - muito recomendada. Não tem que ser de uma maneira estruturada nem prolongada. Todos os dias uns minutinhos (tendo sempre um caderno/diário e caneta a jeito) para escrever o que vai “na nossa alma” : ))
Tão bom teres escrito isso.
EliminarEu sabia que poderia contar contigo, Catarina. :)
Sim, escrever ó que nos vai na alma, é muito bom, mas nada de forçar o momento.
Beijinho grande. :)
Domingo chuviscos.
ResponderEliminarSegunda-feira um dia quase de verão. Excelente para grandes caminhadas...
Ninguém desisti de ti e ninguém te abandona, Janita. Entretanto, o confinamento já pertence ao passado.
Um passado bem recente, Teresa. Talvez o não tenhas sentido, mas não foi fácil para muita gente.
EliminarSabes lá tu se havia alguém à minha espera e desistiu? Nem eu sei, apenas me senti abandonada.
Um abraço grande.
Ontem aqui era chuvada e trovoada.
ResponderEliminarHoje está mais sossegado.
Beijinhos, boa semana
Se a chuva viesse agora, Pedro, seria muito bem vinda, para baixar o pó e pôr fim a algumas alergias.
EliminarBeijinhos.
Há dias assim! Em que parece que nos cai o universo em cima.
ResponderEliminarMas o escrever para mim resulta. Não interessa o que escreva. Desanuvia.
E eu não desisti de si. Nem a abandono mesmo quando levo um dia ou dois sem aparecer. Nem sempre os olhos me ajudam.
Abraço e saúde
Não foi bem um dia esmagador, Elvira.
EliminarFoi algo diferente. Um misto de bem-estar emocional, seguido de uma sensação de abandono. Assim como por vezes nos acontece em sonhos, sabe?
Grata por se lembrar de mim.
Abraço grande.
Estou a preparar-me para reconfinar, mas não fui apanhada de surpresa; antes de voltar a sentar-me na esplanada da esquina para beber o meu garoto, analisei todas as hipóteses e esta era uma delas.
ResponderEliminarQuanto a si, Janita, apesar de entender esse seu momento de desânimo, não me parece que tenha sido abandonada por nenhum dos que diariamente aqui vêm dar-lhe dois dedos de conversa :)
Beijinho :)
Para não reconfinar é que eu tomo o café em casa. Ainda não senti necessidade de me sentar numa esplanada, Maria João.
EliminarComo já expliquei atrás, o abandono não me pareceu ser facilmente explicável, logo, não adianta tentar explicar. :))
Beijinho grande e tudo de bom.
Compreendo, compreendo...
EliminarQuanto a mim, três viagens de não mais do que dez metros cada, foram o suficiente para me devolver à clausura. E há anos que aquelas mesmas "longas" viagens eram a minha única forma de contactar o mundo exterior, para além das idas aos hospitais, laboratórios e centro de saúde Lixei-me, foi o que foi!
Quem foi o/a malvado/a que abandonou a Janita? Quem, quem, quem pode ter assim um coração tão frio?
ResponderEliminarQuem escreve como a Janita escreve, está sem vontade e com falta de inspiração? Hummm, ok
A foto é magistral
Cumprimentos
Umas vezes abandonamos, outras somos abandonados, Ricardo.
EliminarÉ a lei das compensações a repor o equilíbrio. :)
Obrigada pelo carinho.
Sem inspiração???? Ninguém diria!!
ResponderEliminarBeijinho, boa semana :)
Há coisas que não se vêem a olho nú, São.
EliminarSó quem tiver o dom de nos olhar com os olhos do coração!!
Beijinhos. :)
Acometida de melancolia ou a querer transmitir uma mensagem a alguém?
ResponderEliminarQue seja a primeira hipótese, que ninguém a tenha magoado.
E se magoou, é daqueles que "saem do autocarro".
Mesmo sem ser poeta nem bloger, também concordo que escrever ajuda muito.
Por isso, gostei do post em forma de desabafo.
Um abraço apertado, Janita. Espero que ajude.
Sandra Martins
A segunda hipótese não é de todo, Sandra.
EliminarNão sou pessoa para mandar 'recados'. :)
É para isto que serve um blog, para desabafar, sem termos que arranjar justificação para o que sentimos. Até porque as palavras nem sempre correspondem à nossa necessidade de desabafar.
Outro abraço grande. O seu ajudou muito sim, Sandra.
Obrigada!
Olá,Janita
ResponderEliminarTristeza é sentimento insidioso, sempre à espreita, especialmente quando pressente que a “presa” se encontra mais debilitada...E então não há como escapalhar-lhe: Momentos como os que descreveste acontecerão a todos, a muitos, ou somente a alguns, imagino eu. Não sei...
Beijinhos amigos,fica bem
Vitor
Olá, Vitor!
EliminarÀs vezes nem é bem tristeza, é mais uma sensação de impotência, de completo isolamento interior.
Acho que acontece a todos, Vitor, até aos que julgam estar imunes a este tipo de ansiedade.
Grata pelo apoio, meu Amigo.
Beijinho
Aqui um calor tremendo!
ResponderEliminarMuita força!
Beijo e uma boa tarde!:)
Esta chuvinha não é de agora, Cidália.
EliminarJá foi do mês em eram águas-mil.
Um abraço. :)
A tua janela está linda!
ResponderEliminarEspero que este sentimento de abandono já tenha passado.
Abraço
São as maias de Maio, querida Rosa dos Ventos! :)
EliminarTudo passa, porque a vida é composta por mudança. :)
Abraço grande.
Janita,
ResponderEliminarAs coisas, na maior parte das vezes, não são aquilo que parecem. E se - é uma mera hipótese, friso - a outra pessoa pensar precisamente o contrário, que foste tu que a abandonaste? Já tentaste tirar as coisas a limpo?
Um grande abraço, querida amiga :)
AC.
EliminarNão há nada para tirar a limpo. Pergunta ao teu caminhante se ele sabe decifrar tudo o que sente, todas as sensações que lhe oprimem o peito, em dados momentos da sua caminhada.
Pergunta-lhe, e se ele te souber responder, terás encontrado a minha resposta.
Beijinho, Amigo AC. :)
???
EliminarEstou fora de contexto, mas não faz mal. Já percebi que não me devo meter na vida dos outros. :)
Um beijinho, Janita :)
Não te aborreças, AC.
EliminarCom a caloraça infernal que se faz sentir, ainda nos dá uma coisa má. Às tantas quem não percebeu o contexto do teu comentário fui eu. Desculpa lá o mau jeito e vamos deixar tudo como está...:)
Beijinho Amigo! :)
Boas
ResponderEliminarTodos nós temos momentos ou dias com necessidade de fazer uma reflexão sobre a nossa vida actual. Eu por exemplo aproveito as horas de insónia para fazer essa reflexão e muitas vezes resulta. Força "amiga"
J R
Bom dia, Joaquim.
EliminarUltimamente durmo poucas horas, talvez devido ao calor, mas não tenho tido aquela insónia brava que nos faz dar voltas na cama e questionamos as nossas vivências.
Obrigada pela força.
(amiga com aspas? ou se ée ou não se é! :) )
Há dias desses, sim, Janita, e nem sempre são dias de chuva miudinha. Por vezes são de farto sol e límpidos azuis, vincando ainda mais a insídia das saudades. Porém há sempre novos dias que vêm repor suavidade nas nossas vidas e o que importa verdadeiramente é nós mesmas não desistirmos de nada.
ResponderEliminarSim, Luísa, a chuva persistente e miudinha até me soube bem nesse dia, como frisei a princípio. A vantagem dos dias de sol é não nos prender em casa, sempre se pode vir até ao quintal apanhar ar e desanuviar. :)
EliminarSim, tens razão, o pior que nos pode acontecer é sermos nós a desistir de nós.
Beijinho. :)
Boa noite de paz e saúde, querida amiga Janita!
ResponderEliminarGosto tanto de dias sim de chuvinha fina para escrever, pois dá uma sensação de inspiração tão linda no coração.
Todos os dias perdemos alguém nete tempo funesto.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Amiga Roselia, nesse dia de chuvinha molha-tolos, comigo aconteceu o contrário. Não me apeteceu escrever, apeteceu-me ler poesia...Foi isso que eu escrevi! :)
EliminarUm forte abraço, com muita paz no coração!
Sim, querida, li você e comentários amigos ontem.
EliminarSó dei minha opinião sobre o clima.
Está certa, não falei do seu estado de ânimo que difere do meu em tempo de chuva.
Desculpe-me.
😘💐🌨️☔🌈
Desculpa? Oh, amiga, assim até me sinto constrangida.
EliminarPor favor, esteja à vontade para comentar como bem lhe aprouver.
Beijinhos. :)
💐🏡😘
Eliminarbabe, se desistem de ti é porque sabem que nem te merecem :)
ResponderEliminarchuviscos podia bem ser o meu nome do meio
beijos
Achas, Manel? Então se tinham consciência disso não seria melhor fazerem por merecer ao invés de 'dar de frosques'?
EliminarNã...chuviscos, para ti, é coisa pouca.
És homem pra condimentos mais fortes, fazer estragos mesmo...:)
Beijos, Cigano.
A vidraça gotejada de chuva leva-me para um tempo passado, quando menino, e não me deixavam sair de casa. Noutro tempo, já adulto, descobri o prazer de andar à chuva, aquela chuva miudinha que parecia que não nos molhava, mas molhava.
ResponderEliminarCom outra chuva, aquela mais forte que nos molha com mais força, gosto de estar em casa ouvindo as bátegas martelarem na janelas. Chamar-lhes "prazeres" a tais preferências é quase um contra senso, mas é o que se pode arranjar.
Um brande beijo com uma chuva de sorrisos!!
Também gosto, também gosto, mas nos dias mais frios. Toda a chuvinha que viesse agora seria bem-vinda, apanhada em cheio no rosto. Dançar à chuva, já experimentaste? Deve ser giro e muito prazeroso, sim. :)
EliminarBeijos Kok!!