R e n ú n c i a
Já não sinto a solidão
Não almejo companhia
Encontrei a paz que queria
Dentro da minha razão.
Dentro da minha razão
Eliminei a fantasia
Esvazie-me de paixão
Encontrei a paz que queria.
De que serve a companhia
Se a inquietude persiste?
Melhor é ficar sozinha.
Sei que tudo o que almejei
Habita dentro de mim. Existe;
Nesta paz minha e só minha.
( Janita - 06 de Novembro de 2021 )
IMAGENS DAQUI
🌚 🌚 🌚 🌞 🌚 🌚 🌚
A renúncia é apenas um momento de descrença. Ninguém renúncia a vencer a solidão.
ResponderEliminarBoa Noite, um abraço.
Corrijo: Ninguém renuncia
EliminarPode, com muito esforço, tentar vencer-se o sentimento depressivo de solidão.
EliminarPode, até, tentar-se vencer a solidão física, procurando companhia.
Mas não se vence o medo de arriscar e, sobretudo, nesta altura da vida, a certeza de que somos nós a nossa melhor companhia.
Um abraço, bom dia.
Concordo com tudo.
EliminarEntão, veja lá se também concorda, ou não, com esta questão que me surgiu e coloco à sua apreciação:
EliminarE se a vida nos colocasse no caminho, assim, sem se procurar nem se contar, como que ao virar de uma esquina, alguém com a mesma carência de afecto e companhia, que preenchesse e desse sentido ao resto das nossas vidas?...Deveríamos dar-nos uma nova oportunidade, ou, em nome desse medo de arriscar e da suposta certeza de nos bastarmos, renunciar à companhia?
Fica no ar a questão que me parece não ser desprovida de alguma pertinência, neste mundo onde se diz ser a solidão a doença do século XXI ou já vir do século XX, tanto faz...
Dar sempre a oportunidade!😊
EliminarO Luís fechou-se em copas, mas tenho quase a certeza que daria a mesma resposta, Manela. 😊
EliminarSinto, pressinto
ResponderEliminarneste soneto
uma estranha nostalgia
entre a tristeza
e a alegria
mesmo se negada no último verso
há uma luta interior
própria de toda a renúncia
Abraço
Sentiu, pressentiu,
Eliminarmas não viu nem anteviu
que entre a tristeza e a alegria
há todo um mundo
onde vive a realidade, não a utopia.
Não é para mim,
viver lutando contra moinhos de vento.
Isso é para quem, na ilusão de mudar o mundo,
se deixa atordoar no turbilhão dos dias
esquecendo ou evitando, olhar-se por dentro.
Abraço.
????!!!
Eliminar🙄 🙄 🙄
EliminarSe não percebeste
faz de conta que percebeste
para que os outros não percebam
que tu não percebeste.
Percebeste?
🙄 🙄 🙄
O poema é muito bonito.
ResponderEliminarMas algo triste.
Beijinhos
Amigo Pedro.
EliminarQuando a musa nos bate à porta, vindo determinada a esquecer o lado lírico e quer que encaremos o lado prático e menos sofrível da vida, temos que lhe abrir os braços, não vá ela fugir assarapantada e nunca mais volte. 😊
Beijinhos.
Awesome blog
ResponderEliminarIf you say...I have to believe it. 😊
EliminarThanks.
Gostei muito do poema e a essa paz que é só tua não a deves enclausurar e sim dar asas para que voes, caminhes por novas paisagens. Não sei se me fiz entender!
ResponderEliminarBeijocas e um sincero abraço de força.
Bom dia amiga!
EliminarTanto não a enclausuro que partilho o meu sentir - daquele momento - convosco.
Entendi sim, Fatyly.
Mas as minhas asas
já não têm o vigor de outrora.
Se no vigor do voo, não voei,
como hei-de voar agora? 😊
Beijinhos, amiga, obrigada.
Ó mulher, pudesse eu ir ao Porto e havias de ver se não voavas...🤣
EliminarTambém tens um jacto particular? Safa...tens tudo, Mulher!😊
EliminarBom dia
ResponderEliminarÉ verdade
De que serve a companhia
Se a inquietude persiste ?
JR
Vai ver a inquietude persiste porque a companhia, seja de um ou de outro, não é a companhia certa.
EliminarCada caso é um caso. As vivências de uma pessoa, por vezes, se não sempre, são únicas.
Boa tarde, amigo JR!
Poema melancólico mas bonito!
ResponderEliminarJá eu não sou dada a solidões embora sofra de ausências!
Abraço
Ou não fosse a melancolia o motor que move o mundo dos poetas!! :)
EliminarVais ver, querida Leo, ainda que o não admitas, esse sofrimento provocado pelas ausências, seja a sombra da solidão a que tu não és dada.
Um abraço.
Esta saiu bem lá de dentro.
ResponderEliminarSempre sinónimo de boa poesia
😊
Neste dia, nesta hora, foi bem lá de dentro que me surgiu a minha Musa inspiradora. Essa entidade tão volúvel e dada a transmutações de vária ordem.
EliminarBoa, mas muito 'naif' Miguel. 😊
Então? Não a vejo a deixar-se ir abaixo, caramba.
ResponderEliminarbji.
Então? Afinal em que ficamos?
EliminarSe me vê pra baixo diz-me que arribe
Se me vê arriba quer que desarribe?
Já não entendo mais nada...
Beijinhos. 😊
Um poema melancólico , porém, muito bem concebido. Adorei :)
ResponderEliminar*
Informação importante da blogger...
pelo desculpa pelo linke, mas pode ser-lhe importante. :)
*
Beijo, e uma excelente noite..
Um duplo obrigada Cidália...Ufa!! Fiquei exausta com a sua explicação de adicionar novos blogues à lista, mas eu já tinha arranjado um esquema e parece-me mais fácil e eficaz.
EliminarFaço uma ligeira alteração ao nome do blog em questão, sigo os passos que indica e eu já seguia... et voilá!!
Beijinhos 😊
Um poema lindo e melancólico.
ResponderEliminarDevia animar-te, mas estou em sintonia com o teu sentir.
Acredito, sim, que numa outra altura as emoções serão mais optimistas.
Beijinhos amiga Janita
Obrigada, querida Manu.
EliminarPor vezes é melhor deixarmo-nos ir ao sabor da corrente.
Lutar, desgasta-nos e faz-nos perder o rumo.
Há que ter paciência e deixar passar a tormenta.
O sol voltará a brilhar...🌞
Um grande beijinho, Amiga 👍
Palavras sábias, Janita. Só o discernimento e arrumação mental permitem chegar a esta conclusão. Bem-haja e be happy.
ResponderEliminarUm abracinho
Maria Dolores,
Eliminarsábias não serão, mas são certamente o fruto de uma análise lúcida sobre as próprias vivências.
Seja feliz também.
Um beijinho grato.
Visitei a cela de Marie Antoinette na Conciergerie.
ResponderEliminarIdentificaste-te com ela?
Abraço amigo.
Sim! No nome, que era o de uma sobrinha minha, falecida em Janeiro, pelo meu lado paterno, mais arrogante e prepotente (não obstante ser juíza), do que a própria Rainha de França,( que era uma pessoa doce) e porque também eu fui "condenada" injustamente, sem ter cometido qualquer crime.
EliminarMas isto é uma história longa que daria e talvez dê, um dia, um belo e triste romance. :)
Um grande abraço, querida Catarina.
Quase um soneto heptassilábico. Será que você notou? Na última estrofe houve a renúncia. Teria sido a mesma que inspirou o poema? Risos. Mas gostei muito da confissão do eu lírico. Sabendo ou lembrando que, na idade da razão, cabe muitas emoções, risos. E imagino, quase eu digo, eu sei, que sabes aproveitá-las com a sabedoria da razão, risos!
ResponderEliminarAbraços, amiga!
Amigo, José Carlos, não notei, não senhor!
EliminarQuando me lanço na aventura, algo pretensiosa, de alinhavar uns versos, aos quais dou o nome pomposo de soneto, se acaso tiverem duas quadras e dois tercetos, faço-o por puro instinto. Não possuo o menor conhecimento sobre poesia, não a estudei, nunca a conheci de perto. :)
De quadras soltas gosto muito. Dêem-me o mote e eu vou por aí toda contente.
Gostei de o ver bem disposto, Poeta Sant'Anna. É um privilégio ser visitada e comentada por um poeta tão conceituado e que veio de tão longe para me ver...:) Obrigada.
Um abraço, caro Amigo.
Corrija-se imediatamente: cabem muitas, risos.
ResponderEliminarConsidere ter sido feita, a correr, a sua vontade! 😊
EliminarA revolta dos franceses contra a realeza é perfeitamente compreensível! Paris era uma cidade infecta, pobre, violenta, em contraste com Versailles....a Revolução era inevitável e a execução dos reis também. Se a "coisa" ficou melhor depois...isso já são outros quinhentos!
ResponderEliminarAcredito que a Revolução fosse inevitável, sim. As atrocidades que foram cometidas é que poderiam ter sido evitadas. Maria Antonieta foi condenada à morte por um tribunal do Governo revolucionário implacável, que em nome da "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", usaram de extrema crueldade para com a Rainha.
EliminarFoi sempre esse o grande mal das Revoluções... e mais não digo!
O seu poema fez-me lembrar aquele ensinamento budista - não busque no mundo o que está dentro de si.
ResponderEliminarUm bom dia Janita.
Veja só como eu,
Eliminarsem saber,
até penso como Buda.
Interiorizo o meu parecer,
não busco no mundo cruel
aquilo que em mim não muda. :)
Muito obrigada, Joquim Ramos, fico sempre um pouco mais rica com os seus comentários.