Por favor, oiça com atenção e repare quão bate certo com a guerra actual. As justificações, ao longo dos tempos, têm sido mais que muitas, disparatadas e cobardes, mas esta é de bradar aos céus: acabar com os drogados e nazis do regime ucraniano./.
"Até Quando?"
Breve nota biográfica do escritor:
"Eduardo Galeano (1940-2015) foi um escritor e jornalista uruguaio. É o autor da obra-prima: "As Veias Abertas da América Latina".
Eduardo Hugles Galeano nasceu em Montevideo, capital do Uruguai, no dia 03 de Setembro de 1940. Com 14 anos de idade vendeu a sua primeira charge política. Trabalhou como pintor de letreiros, datilógrafo e caixa de banco. Iniciou sua carreira de jornalista no final dos anos 60, como chefe de redação do semanário “Mancha”. Foi editor do jornal Época.
Em 1971, escreveu a sua obra prima “As Veias Abertas da América Latina”. Em 1973, com o golpe militar no Uruguai, Galeano é preso e exila-se na Argentina, onde lançou ”A Crisis” uma revista sobre cultura. Em 1976, com o golpe militar do general Jorge Videla, Galeano exila-se em Espanha. Nessa época inicia a trilogia “Memórias do Fogo”. Em 1985, com a redemocratização do Uruguai, Galeno retornou para Montevideo.
Em 1989, a trilogia “Memórias do Fogo” foi premiada pelo Ministério da Cultura do Uruguai. Galeano é autor das obras, “O livro dos Abraços” (1991), “Futebol ao Sol e à Sombra” (1995), “De Pernas Pro Ar” (1999) e “Dias e Noites de Amor e de Guerra” (2001)."
A cirurgia - à catarata do olho direito - que eu aguardava, mas não assim de sopetão, uma vez que me foi comunicada com menos de vinte quatro horas de antecedência, correu às mil maravilhas. Isto, segundo o cirurgião me disse e eu própria fui constatando com o decorrer dos dias. Felizmente!
A foto, que mostra o meu lado lunar ( não confundir com lunático ) foi tirada por mim no final do dia D, que é como quem diz, no dia da intervenção. Já abalaram as areias que me incomodaram nas primeiras 48 horas, a venda protectora transparente também, não sinto mostras de rejeição à lente e tudo vai deslizando sobre rodas. A colocação dos três tipos de gotas, aplicadas de três em três horas, vão cumprindo a sua missão no restabelecimento e consolidação da cirurgia. O resto, dir-me-á o cirurgião na consulta pré-marcada para dia 22.
Não posso prever uma data para o meu regresso, em total segurança, às lides blogosféricas, mas vou adiantando que já morro de saudades... 🧡
Agradeço a todos quantos me desejaram boa sorte e rápido restabelecimento.
A Todos o meu muito Obrigada.
Deixo Abraços para quem for de abraços e beijos para os restantes.
Entretanto, sorriam com Charlie Chaplin e a música do filme "Zorba, o Grego"
"A minha língua é o lápis onde escrevo a cor dos meus sentimentos."
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Quem diz isto é Alice Neto de Sousa a jovem que há cerca de um ano fala de poesia na RTP África, no programa «Bem-Vindos».
"Eu era pequena. Escola primária, inocente, mas curiosa nas palavras. Peguei nos lápis - aqueles com todas as paletas de cores: amarelo torrado, azul marinho. Cores. Com o lápis na mão, sem nem esconder a minha confusão, olhei para o lápis e para mim. Que eu ainda era da altura de a língua afiar, tocar os sinos presos na garganta, dizer o que sinto - e me espanta. Professora? Sim? O que raio é um lápis cor de pele? Levei uma reprimenda. Uma criança de tão tenra idade a questionar a autoridade? E olhava para o lápis, olhava para minha pele - olhava fixamente para aquele lápis cor de pele. Poeta. Naquele dia desisti de falar de unicórnios e fazer citações porque ser-se poeta é falar de emoções. Ignorar o vazio do mundo, fazer dos ouvidos mudos. Porque preferem um poema com o sol no canto do papel, as nuvens pintadas a azul, sem a dor no fundo. Falar do que incomoda? Andar a afiar a língua? Que é que isso importa? E eu sei: podia ser menos uma poeta a falar sobre racismo. Mas preferiam o quê? Que em vez do lápis a carvão pegasse uma arma na mão? (...) Mãos ao alto, levanta a poesia. Esta poeta cor de pele já pintou a carta de alforria."
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Por favor, vejam primeiro o vídeo que após ser publicado nas redes sociais, veio dar a conhecer a Portugal de lé a lés, e ao mundo, esta jovem nascida em Lisboa.
Só depois, leiam AQUI o artigo - (como sugestivo título Alice no país dos lápis de cor) - publicado ontem no Diário de Notícias na página "Sociedade", com a entrevista à jovem Alice que não quer nem admite ser vista como Poetisa. Ela é, e faz questão que lhe chamem POETA. Saibam tudo da história que envolve a ascenção desta jovem que tem a poesia na alma e na voz.
Esta moda alentejana da autoria de Joaquim Banza com música de Joaquim Marrafa, terminou a maré de Fado 2021 no Largo do Porto Covo. Uma iniciativa do Município de Sines. Um grupo de amigos: André Baptista, António Pinto Basto, Bruno Mira, Carla Nunes, Carlos Soares da Silva, Gonçalo Cercas, Gustavo, Joana Luz, Mafalda Vasques, Nuno Amaro e Pedro Sequeira.
É fácil fazer,
Dá pouco trabalho...
É água a ferver
Coentros e alho.
Coentros e alho
E água a ferver...
Dá pouco trabalho:
E é fácil fazer!
Alhos, coentros e sal;
Também se faz com poejo
Este prato que, afinal,
É cá do nosso Alentejo.
Depois do alhos pisados
E com a água a ferver,
Corta-se o pão aos bocados:
Está pronto, vamos comer!
(Repete-se o estribilho)
Com o panito bem duro
E um ovo que é pra escalfar
O azeite bom e puro;
Não há melhor paladar!
Açorda de bacalhau
Com azeitonas pisadas;
Também não é nada mau
Com umas sardinhas assadas.
(Estribilho, de novo)
Lembro-me quando era moço;
Antes de ir para o trabalho
Comer, ao pequeno almoço,
Uma boa açorda de alho.
Já meus avós me diziam
A força que a açorda dá:
«Todos os dia comiam
E dez filhos estão cá!»
"Lolita, moça têmosa, dêxa de olhar pró mar esperando que venha o pêxe prá caldêrada. Olha que a açorda de coentros e alho é munto boa...."
* * *
[ Não sei se La Bella Lola aceitou o conselho ou não, também não sei se era esta a legenda que estava nesta imagem que retirei da Net há já uns anos. Só posso dar como garantia a certeza de que a retirarei, de imediato, se o autor da mesma a reclamar e provar a autoria. Até isso acontecer, fica assim. Obrigada. 👍]