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Foto obtida por mim - sem sair do recesso do meu lar -
Muitas Razões
A sós, nos grãos da terra, digo sim à luz aberta dos seus poros
e, ao tumulto da ebulição, digo não. E digo sim ao futuro
com medo de quando ele chegar não me encontre.
E digo sim à pulsação serena da escrita,
pão nosso de cada dia,
águas que não se cansam de brotar de fonte escondida.
E digo sim ao perfume da memória,
e digo sim ao bulício do devaneio,
e digo sim à chama do ócio.
E desleio qualquer outro sopro a não ser o da vida
porque tenho de vivê-la atento a qualquer gesto distraído
que possa desviar-me do caminho.
* * *
Texto poético de José Carlos Sant Anna [Clique ]
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Um bonito poema e uma belíssima composição que gosto muito.
ResponderEliminarO autor é um nosso companheiro de jornada blogosférica.
EliminarProfessor de Literatura - informação que obtive através de outrém - pelo que faz do pulsar sereno da escrita, o seu pão de cada dia. Dono de uma sensibilidade ímpar, possue a rara qualidade de nos trazer ao de cima o que temos de melhor.
Um grande ser humano!
Grata por teres vindo, Catarina. :)
Muitas razões para manter acesa a chama do viver em belíssimo poema, que faz olhar para dentro e valorizar cada suspiro de vida.
ResponderEliminarBonita e perfeita homenagem Janita com esta canção.
Abraços e que a semana esteja leve e alegre.
Olá, Toninho!
EliminarQue bom vê-lo restabelecido e de novo a visitar-nos.
Foi como eu disse à Catarina; o amigo Sant'Anna consegue o milagre da descoberta do nosso melhor.
Também escreve com um sentido de humor muito subtil, sobre 'coisinhas' do dia-a-dia. Um grande Mestre da escrita!
Muito obrigada, Toninho.
Um abraço amigo, com os meus melhores votos de saúde e felicidade.
Não conhecia o autor.
ResponderEliminarFui espreitar.
Chapelada!
Beijinhos
Antes de sair do blog, lembrei-me a tempo e fui espreitar o Spam. Claro! Lá estava o Pedro à espera de ser libertado do cativeiro... :)
EliminarÉ verdade, o autor merece que se lhe tire o chapéu!!
Beijinhos.
Na imagem publicada está tudo chamuscado ou é impressão minha?
ResponderEliminarSe é o que parece, o fogo andou perto do lar referido!
Bom dia, Tintinaine!
EliminarNem tudo é o que parece.
A imagem mostra uma paisagem onde as árvores vão morrendo à sede, numa floresta onde, há décadas atrás, as águas brotavam, incansavelmente, de uma fonte oculta.
Tudo efeitos da mão nefasta de alguns seres humanos desalmados. É assim, este "Nosso Mundo"...
Bom dia
ResponderEliminarImaginei um belo poema dito ao som de um grande momento musical.
Razões suficientes para tirarmos um minuto e pensarmos também na foto.
JR
Beleza e bom gosto, é o que todos encontramos no "Caderno de San". Um espaço onde a Magia e o Sonho estão sempre presentes.
EliminarGrata, amigo JR!
Tenha uma boa noite.
Beautiful blog
ResponderEliminarThank you again! 😊
EliminarImagem e poema deslumbrantes que muito gostei de ver e ler
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Ao que é deslumbrante e belo, ninguém fica indiferente, não é?
EliminarCumprimentos, caro Rycardo.
Acabo de ter acesso a mais um momento ímpar na blogosfera. Este, aqui.
ResponderEliminarBeijinho, Janita.
Deixaste-me sem palavras.
EliminarBeijinho, António e a minha gratidão.
O autor merece o teu elogio.
Eu, apenas fui a porta-voz.
A fot é maravilhosa. Adorei o poema. Obrigada pela partilha, Janita!!
ResponderEliminar.
Sou companheira de mim ...
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Beijo. Boa tarde!
Quando o li, gostei tanto que pensei logo em o partilhar com os meus leitores, Cidália.
EliminarEu é que agradeço ter vindo.
Um abraço.
Fui conferir a postagem e, para minha surpresa, era eu um “alguém na multidão” da blogosfera. E me perguntei, pode José? A amizade sempre nos surpreende com um carinho acima da nossa expectativa e dos nossos merecimentos... E como gostei de encontrar meu texto emoldurado na sua sala de visitas. Uma honra inominável. Já encontrei emoldurada nesta mesma sala tanta gente de escol, que é um atrevimento ocupar este espaço, ainda que concedido por você. Pois, li, reli, treli meu texto. Quase o reescrevi, risos. E não resisto a uma confissão: sabia, na sala de aula, quando a frequentava como professor, (que inconfidência, minha amiga! Por que fizestes isso comigo? risos), brincava na primeira aula ao dizer aos alunos que era professor de literatura e acrescentava: “como vocês sabem, quem sabe, faz. Quem não sabe, ensina!” Ainda bem que sou um “poeta bissexto” e as aulas ficaram para trás.
ResponderEliminarDeixo um abraço bem apertado de amizade e agradecimento por sua generosidade em acomodar-me na sua sala e deixar-me ficar. E beijinhos também
Claro que pode, José!
EliminarVocê tudo merece.
Sua palavra
entontece
e quem
o não esquece
por tudo
lhe agradece, José!
Seu discurso
é magia
sua palavra
pura poesia
...e por aqui me fico
já com muita nostalgia. 😍
Não é bem Drummond de Andrade, mas é o que me saiu do coração.
Sei que a sua natural modéstia não lhe permite levar isto muito a sério, Mestre, então ri e eu rio também, como de resto ambos gostamos.
Vou ficar mesmo por aqui, para não passar do riso ao pranto.
Beijinhos e abraços e até breve, amigo José! 🤗
Gosto do que o José Carlos Santana escreve. E este poema, que não conhecia, não foge à regra.
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
Continuação de boa semana, amiga Janita.
Um beijo.
Amigo Jaime.
EliminarSe quem gosta de poesia, mas não é poeta, ama os textos poéticos do José Carlos, como não poderia um poeta apreciar outro, como é o caso?
O que é merecido não é agradecido, por isso, nada há para agradecer. :)
Um abraço, caro Jaime.
Louvo a tua disposição para divulgares deste nosso mundo da blogosfera.
ResponderEliminarGostei muito de ler o bonito poema, acompanhado ao piano.
Simplesmente maravilhoso.
Beijinhos Janita
😘
Olá, querida Manu.
EliminarNão é que a maioria dos talentos que admiro necessitem que eu lhes dê visibilidade. Eles já brilham pela sua luz própria, no entanto, gosto de os trazer aqui. Foi esse o motivo porque criei esta rubrica.
Agradeço o teu louvor e fico feliz por isso, amiga, pois sei que o dizes de coração. Fiquei imensamente contente com o teu apreço.
Um beijinho grande, querida Manu. 😘
Gosto muito de o ler! Mais um texto excelente.
ResponderEliminarOlhando a tua foto de proximidade, percebi as saudades do Alentejo :)
Enorme beijinho
Bom dia, Ana!
EliminarÉ verdade, as saudades do meu/nosso Alentejo são mais que muitas. Curiosamente, à medida que os vão passando, aumentam e trazem-me mais as lembranças e acontecimentos ligados à infância, do que propriamente de coisas e pessoas ligadas às minhas idas recentes e a acontecimentos actuais.
Enfim, coisas do coração que a razão não entende... :)
Um beijinho grande, Ana, e um bom fim-de-semana.