terça-feira, 3 de outubro de 2023

QUAL O QUÊ...?

 


Com conchinhas e afecto

Fiz-te um coração secreto

A pensar na despedida

Qual o quê?

O calor ainda era tanto

Que me despi toda de pronto

E ao mar me atirei de seguida


Diz-se que o Verão terminou

Mas o sol a pino voltou

Que o Outono é que é de agora

Qual o quê?

Isto anda tudo trocado

E foi de coração disparado

Que me mandei borda fora




 O círculo já está fechado

Com este mar agitado

Eu tremendo de pavor

E sem nadador-salvador

Faço o quê

Aqui e agora?






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21 comentários:

  1. Dar tempo ao tempo é a receita (quase) milagrosa.
    Beijinhos, Janita.

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  2. Sensato conselho, António!
    E já agora, aproveitemos, pois enquanto o 'pau vai e vem folgam as costas', ou seja, banhemo-nos nas águas tépidas do mar nortenho.
    Beijinhos.

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  3. Aproveita o mar enquanto ocalor deixar! Faz um bem danado! Estou noi mar e nunca mais se pudesse, pra casa iria volktar!rs beijos praianos, chica

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    1. Segudo as notícias que nos chegam desse lado do Oceano, a vossa Primavera também está com temperaturas altíssimas.
      Vai, ficando, Chica, vai ficando. Na praia é que se está bem.

      Beijos citadinos.

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  4. Deita-te na areia e seca-te!

    Abraço

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  5. Cuidado que o mar pode tornar-se traiçoeiro!
    Belo poema :)
    .
    QUERO VOLTAR...

    Beijos e uma excelente semana.

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    1. E sem ter vigilante, pior.
      Eu também queria muito voltar aos braços de minha mãe, Cidália.
      Que mezinha me faria ela para me aliviar estas picadas na barriga?
      Fui ao CS e vim recambiada...que fosse ao hospital. Já ninguém respeita a terceira idade... :(

      Beijos, Cidália.

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  6. Sempre um mergulho no mar
    Renova forças e dá
    Energia de maná
    De Deus caído do ar.
    Mar é algo singular.
    Reconforta corpo, mente
    E a alma que não se sente
    Banhada, mas tem prazer
    De sentir que sente o ser
    Banhado completamente.

    Belos versos. Parabéns. Abraço Cordial Laerte

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    1. Grata pelo belo poema, caro Laerte.
      Estivesse eu bem e retribuir-lhe-ia com uma rima também.
      Nunca tão bonita quanto a sua, mas tentaria.
      Um abraço amigo.

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  7. Bom dia
    Lindo poema , feito de coração .

    JR

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    1. Eu sei lá como o fiz, caro JR. Hoje ando totalmente desmemoriada...
      Bom feriado!

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  8. Quê, despiu-se toda de pronto? E não havia por lá polícia dos costumes?
    É de aproveitar, pois parece que o tempo vai continuar a ser convidativo a um mergulho.
    bji.

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    1. Acha? Se o não fiz no tempo em olhar-me valia a a pena, agora, nem pó! Não senhor! Despi-me, mas fiquei com o bikini pequenino às bolinhas amarelas...
      Amanhã, tencionava lá voltar, mas na presente conjuntura fica fora de questão.
      Beijinhos, José.

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  9. Rogério V. Pereira05 outubro, 2023 00:35

    Mergulha
    ir-me-às encontrar
    no fundo do mar
    afogado na luta
    para salvação dos outros
    sem anseio
    de regressar ao marasmo
    de um mar
    enganosamente calmo

    Mergulha
    o tempo quente
    ajuda

    Bjs

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    1. Mergulhar até ao fundo do mar, Rogério, só a bordo de um submarino. Logo eu que quando perco o pé já me vejo aflita.
      : -))
      Pois é, o mar de calmaria, por vezes é enganador. A calma é só aparente, por dentro fervilha pronta a rebentar uma tempestade. Um maremoto, melhor dizendo.

      Um beijo, com amizade.

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  10. Para mim mesmo no Verão sempre achei as águas muito frias. Há muito que não me atiro ao mar porque congelo num instante daí não me atrever. Faço como os gaiatos de baldinho na mão refresco-me apenas.
    Ontem antes de ir ao lar fui ver o mar e não é que o gajo sumiu com o nevoeiro?😞
    Dei a volta e fui ver a minha mãe do quintal e através do envidraçado da sala. Tudo porque estão todas com Covid! Podemos ir para salinha das visitas com máscara e luvas...mas não arrisquei pela fragilidade dela!
    Beijos e um bom feriado

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    1. Não te esqueças que atravessamos dias pouco normais, Fatyly.
      Nunca as águas do Norte foram tão quentes, como agora. Por norma, em tempos não muito distantes, quando se entrava na água até nos fazia doer os tornozelos, de tão fria. Agora tem estado morna. Estas anomalias assustam-me.

      Parece que está aí uma nova vaga de Covid e não apenas em instituições. Como prevenir vale mais do que remediar, no dia 20 deste mês já tenho marcadas, uma em cada braço. Covid e gripe...Dose dupla! Como a minha saúde também não anda nada bem, espero não morrer da cura.
      Estimo as melhoras da senhora tua Mãe. Sem a conhecer sinto uma grande simpatia por ela. O seu diário, ou algo semelhante, que publicaste há tempos, mexeu comigo.

      Bom feriado ou o que resta dele.
      Beijo

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  11. Gostei do poema! Para um marinheiro ouvir falar do mar é o que mais anima. Oh, mar eterno sem fim, não agradas aos outros tanto como a mim!

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    1. Fico contente por lhe terem agradado estas minhas tretas, mas não 'petas'...Tudo isto foi verdade. Mergulhei a meio metro do rebentamento das ondas, se é que a isso se pode chamar 'mergulhar', que segundo diz o Fausto é ir ao fundo e voltar...
      Depois, ao notar a ausência do nadador-salvador, no seu posto habitual, fiquei com medo, arrepiei caminho e fiquei sentadinha na areia.
      Um marinheiro ali, é que me tinha feito jeito...isso é que era!
      : ))

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