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Na mesma campa nasceram
Duas roseiras a par
Conforme o vento as movia
Iam-se as rosas beijar
Duas roseiras a par
Conforme o vento as movia
Iam-se as rosas beijar
Deu uma, rosas vermelhas
Desse vermelho que os sábios
Dizem ser a cor dos lábios
Onde o amor põe centelhas
Da outra, gentis parelhas
De rosas brancas vieram
Só nisso diferentes eram
Nada mais as diferençou
A mesma seiva as criou
Na mesma campa nasceram
Dizem contos magoados
Que aquele triste coval
Fora leito nupcial
De dois jovens namorados
Que no amor contrariados
Ali se foram finar
E continuaram a amar
Lá no além, todavia
E por isso ali havia
Duas roseiras a par
A lenda simples singela
Conta mais, que as rosas brancas
Eram as mãos puras francas
Da desditosa donzela
E ao querer beijar as mãos dela
Como na vida o fazia
A boca dele se abria
Em rosas de rubra cor
E segredavam amor
Conforme o vento as movia
Mas certa noite fatal
Noite de agrestes nortadas
As pobres foram ceifadas
P'la ânsia dum temporal
Uma lufada infernal
Parecia rasgar o ar
E ao coveiro ouvi contar
Em pranto derramado
Que desfolhadas na lama
Iam-se as rosas beijar
Quando as crianças passavam
Junto á linda sepultura
Toda a gente afirma e jura
Que as rosas brancas coravam
E as vermelhas se fechavam
Para ninguém lhes tocar
Mas que alta noite, ao luar
Entre um séquito de goivos
Tal qual os lábios dos noivos
Iam-se as rosas beijar
😘 😘
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As lindas rosas matizadas
Em tons de branco e vermelho
Que recebi vindas de longe
Devem ser os filhos nascidos
Desse Amor que não se fina
E nem o temporal levou.
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Estarão já crescidas as duas que foram plantadas no local onde repousam as cinzas do meu pai.
ResponderEliminarBeijinhos
Quando o Pedro cá voltar, vai ter o grato prazer de ver como estão lindas e cobertas de bonitas rosas, essas duas roseiras.
EliminarBeijinhos
Assim o espero e desejo.
EliminarBeijinhos
👍 Assim será, Pedro.
EliminarBeijinhos
Gostei muito do poema embora triste.
ResponderEliminarE o fado ... muito bem cantado.
E tu tb recebeste rosas vindas de longe!!! Sortuda!
😊 Desta vez, o remetente desta e outras fotos interessantes, foi o meu neto do meio.
EliminarApesar dos pesares, sim. A vida não tem sido de todo madrasta comigo...vai tenteando; umas vezes pune-me por crimes que não cometi, noutras compensa-me quando menos espero!
🤗 🌺
Há anos que cuido duma roseira cujas rosas nascem amarelas e vão avermelhando depois até desfolhar. Será que também elas têm uma lenda que explique essa mutação?
ResponderEliminarQuem souber que responda!
Também acontece que, na mesma roseira, nasçam rosas de duas cores. Quanto ao que acontece com a sua roseira, eis o que apurei:
Eliminar" As rosas mudam de cor devido a diversos factores, incluindo a sua fase de desenvolvimento, condições ambientais e, em alguns casos, a genética da planta. A intensidade da luz pode aumentar a quantidade de pigmentos em algumas variedades, tornando-as mais escuras. Além disso, a idade e a presença de poluição, como o gás etileno, podem acelerar o envelhecimento da flor, causando mudanças na cor. "
😊
O poema é maravilhoso.
ResponderEliminarPracana deu mostras de conhecimento ímpar.
As rosas são lindas.
Beijinho, Janita.
É um Fado triste, só hoje me lembrei que amanhã é Noite de alegria, de Marchas, sardinha assada, manjericos e coisas assim!! 👍 😅
EliminarVamos ver se ainda consigo emendar a mão, até amanhã. Talvez com uma Desgarrada. Que dizes?
Beijinhos
Gosto muito de rosas.
ResponderEliminarConhecia o fado, mas é sempre agradável ouvi-lo, apesar da história triste que canta!
Ainda encontrei algumas rosas no meu jardinzito.
Abraço
Certamente houve alguém que foi deitando os olhos e os cuidados, necessários, ao teu jardim. Senão, coitadinho, nestes onze meses sem a dona só irias encontrar restolho... 🤔 🌷
EliminarAbraço.
Lindo poema e lenda!
ResponderEliminarRosas lindas na foto!
beijos,tudo de bom,chica
Grata, querida Chica.
EliminarTudo de bom também para ti.
Beijinhos
Bom dia´
ResponderEliminarÉ sempre um prazer ler e ouvir o poema " A lenda das rosas " e neste caso muito bem interpretado.
As rosas são sempre um motivo para cantar e versejar .
JR
Infelizmente, José Pracana não conseguiu debelar a doença que o atingiu, e partiu quando ainda tinha muito para dar ao Fado, que tanto amava.
EliminarObrigada, Joaquim.
Bela lenda
ResponderEliminarBelo fado
Belo poema
Bela voz
a provar
que não estaremos sós
enquanto houverem rosas vermelhas
Beijo da cor de cravo
Tudo belo, tudo lindo.
EliminarMas o mais belo de tudo
Foi o teu beijo vermelho
da cor do cravo e da rosa!! 🤭 😘
Então, Rogério?
Amanhã, fazes tu ou faço eu a desgarrada de Santo António?
Tu já tens os manjericos à janela. Eu ainda teria que pensar.
Diz alguma coisa.
Beijinhos e abraços.
Não conhecia o poema (não é para admirar) nem a música. Gostava de ouvir a M. T. de Noronha.
ResponderEliminarSim, de facto não fiquei admirada uma vez que sei não ser amante de Fado.
EliminarA Dona Mª Teresa de Noronha foi uma aristocrata que adorava cantar o Fado e o cantava bem.
Tudo de bom!
Podiam ser um poema magoado e um fado triste, mas a verdade é que nem a tempestade conseguiu evitar que continuassem a beijar-se, as duas rosas vermelhas... Quando o amor vence a morte e a fúria da natureza, fica em nós um saborzinho a felicidade.
ResponderEliminarE são lindas, lindas, as suas rosas matizadas, Janita.
Um beijo!
Olá, Mª. João.
EliminarEste amor contrariado deve ter sido uma espécie de Romeu e Julieta. A letra é triste, mas muito bela.
Fico muito contente por ver que a sua Musa voltou em força, agora a Maria João anda a aproveitar a onda. De tal maneira que nem tenho tido tempo para a acompanhar.
Mas espero que em breve me delicie com a leitura dos seus últimos Sonetos.
Muito grata por encontrar sempre uma brecha, entre um soneto e outro, para me fazer uma visita.
Um grande abraço e mil beijinhos. 🤗 😊
Belo roseiral.
ResponderEliminarTer um roseiral assim em casa dá muito trabalho, mas eu gostava...
:-P