Com este post despeço-me, não de Munique, que sempre guardarei na minha memória, mas do relato das minhas férias. O que já não era sem tempo, pensarão ou dirão alguns de vós.
Desta vez não vou apresentar nenhuma reportagem fotográfica. Creio ter exagerado um pouco, da última vez. A minha intenção não foi mostrar-vos a cidade, que muitos de vós já conheceis, e aqueles que a não conhecem, poderiam facilmente conhecer. Afinal estamos todos neste fabuloso mundo global. Apenas senti o desejo de que a vissem pelos meus olhos.
Estas duas imagens, provavelmente irão vê-las no próximo mês através dos vários meios de comunicação social, digo eu, já que se referem ao recinto do bem conhecido e importante acontecimento internacional que representa a Oktoberfest.
A vida não é só feita de crise económica nem de buracos financeiros a descoberto, muito menos no país de Angela Merkel. Viva pois, a festa da cerveja bávara, da música, da alegria e da animação...
No penúltimo dia da nossa estadia na capital da Baviera, alugámos um carro e fomos a Günzburg que fica a cerca de cem kilómetros, visitar a LEGOLAND, dia esse, ansiosamente esperado pelo meu neto Júnior.
Um dia foi pouco para desfrutar de todas as diversões que há neste fabuloso mundo de magia, tanto para miúdos como para graúdos. Ali, senti-me de novo criança. Adorei!
Aqui estivemos seguramente uma hora na fila a aguardar a nossa vez. Fez-me lembrar a famigerada fila na Expo-98, para visitar o Oceanário.
A propósito, também eles lá têm um em miniatura, o SEALIFE, mas tão deslumbrante quanto o nosso.
Descer a pique neste barco, depois de ser ter entrado no túnel que se vê do lado esquerdo, quase às escuras, e ser bombardeada com jactos de água lançados por enormes dinossauros, dá um friozinho na barriga e uns arrepios terríveis. A sensação de algo que eu já não posso dizer que morro sem saber o que é.
Na noite que antecedeu a nossa partida, dormi pouco e levantei-me ainda noite cerrada. Às 8 horas, teríamos à porta do hotel o táxi que nos conduziria ao aeroporto. Da varanda do meu quarto, no 5º andar, assisti ao nascer do sol. Seja no campo, na cidade, na nossa casa ou num país estranho, o sol nasce para todos e tem sempre o mesmo sortilégio. Para mim, foram especialmente emotivos estes breves momentos. Era o nascer de um novo dia numa cidade cheia de encantamentos, da qual eu tinha a certeza que me despedia definitivamente.
Já em Lisboa e de volta à Charneca da Caparica, quis o meu filho presentear-me com mais um mimo a exemplo do que fez no ano passado, quando no regresso de Espanha me levou a jantar a Serpa.
A despeito dos protestos do meu neto que estava mortinho por chegar a casa e não se cansava de reclamar:
"-Pois, só fazes as vontadinhas todas à avó".
A verdade é que eu não lhe tinha pedido nada, apenas manifestei há uns tempos atrás a vontade de conhecer o Miradouro de Almada e ele não se esqueceu. Pelo caminho foi-me dizendo :
"-Mãe, este não é o Miradouro de Almada, é o dos Capuchos, mas tem umas vistas lindas sobre a Costa, que tu vais gostar muito".
Gostei, sim! Só não gostei nada da lixeira que estava por detrás do muro e eu recortei da imagem para não lhe estragar a beleza.
Quanto à diferença entre um Miradouro e outro, sinceramente, ainda não sei. Sabê-lo-ei numa próxima ida à margem Sul do Tejo.
Quem inventou que filhos criados são trabalhos dobrados?
Pois eu digo: Filhos criados, afectos dobrados!
Obrigada, meu filho! Obrigada, Isabel !
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