DESAFIO.

 Este desafio tem como único objectivo ocupar-vos a mente para que deixeis de pensar em tragédias.

Portanto, atrevo-me a atribuir-lhe uma finalidade filantrópica e didáctica. 😊 Não se assustem, não é nada complicado. Somente têm que responder a esta pergunta:

Quem escreveu este texto, assim a modos que um plano para uma vida longa, saudável e útil?

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Anda duas horas por dia, dorme sete horas em cada noite; deita-te logo que tenhas vontade de dormir; levanta-te mal acordes, começa a trabalhar logo que te levantes.

Come e bebe só quanto baste para matar a fome e a sede; não fales senão quando for necessário; escreve só o que possas assinar; faz apenas o que possas confessar.

Não esqueças que os outros contam contigo e que tu não deves contar com eles; não dês ao dinheiro maior ou menor valor do que ele tem, é um bom servo e um mau senhor.

Faz o possível por seres simples, torna-te útil e conserva-te livre.

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Algo sensaborão e com um ligeiro cheiro a mofo, não é?

Pois, mas foi o que se arranjou!

Agradeço que não deixem respostas demasiado claras. Podem deixar dicas como, por exemplo, a nacionalidade do autor, sei lá, algo menos explícito, para que o passatempo tenha a duração suficiente a que haja uma larga participação. 

Podem começar a pensar e/ou pesquisar.

Desde já vos fico grata pela adesão a esta minha iniciativa. 🙏 

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DESDITAS DA HUMANIDADE.

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O Nosso Mundo seca, 
 degela e inunda-se
a solidão é geral, penosa.
A Humanidade 
e todos os seres vivos choram.
Perante as desditas 
sentem-se impotentes.
E pra nosso derradeiro
mal
até o Criador
já desistiu das gentes.

Fotos captadas por mim a partir do documentário NOSSO MUNDO.

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MANIFESTO.

 

POÉTICA

Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente

protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Director.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário

o cunho vernáculo de um vocábulo.

Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais

Todas as construções sobretudo as sintaxes de excepção

Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador

Político

Raquítico

De todo lirismo que capitula ao que quer que seja

fora de si mesmo.

De resto não é lirismo

Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante

exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes

maneiras de agradar às mulheres, etc, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos

O lirismo dos bêbados

O lirismo difícil e pungente dos bêbados

O lirismo de palhaços de Shakespeare

— Não quero mais saber do lirismo que não é Libertação.

 [ Manuel Bandeira ]

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VENHAM COMIGO...

 Ver os aviões.

Com três palavrinhas apenas

Deixo-vos o convite feito

Viram?

Não eram os 'Azeitonas'

É algo mais a meu jeito!

😊

TERRA PROMETIDA

 

Hino à Paz.

Quero mostrar que sou capaz

Dos sonhos mais bonitos que eu inventei

Quero uma guerra que se faz

Com flores e com cantigas

Que não calei

Quando o medo me lançou as garras

Onde há tristeza não há paz

Não quero mais olhar para trás

Nem sentir medo do que está pra chegar

Quero um futuro que se faz

Sem armas e sem barcos

A naufragar 

Ninguém chega ao fim da viagem

Sem coragem

Digo não a guerra coro

Eu digo não a fome

Eu digo não ao medo

Eu digo não

E hei-de dizer sempre não!

A nossa vida é tão fugaz

Não quero tantas sombras, ao meu redor

A história não faz marcha atrás

Nós não somos os filhos

De um deus menor anjos juntos

Esta é a terra prometida

Onde há miséria não há paz

Tudo se faz e se desfaz

A dor, a alegria e a solidão

Mas o abraço que me dás

É como ter a vida

Na minha mão

O meu sonho tem de ser sonhado

Ao teu lado

Digo não a guerra

Eu digo não a fome

Eu digo não ao medo

É não!

Eu digo não

E hei-de dizer sempre não!

Não há guerra na hora em que

Todos formos irmãos.

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EXTREMOS.

 

O Céu que me cobre

 

A vida é feita de extremos, 

ora há seca ora chuvadas.

Anda metade do mundo em rebuliço,

o outro meio sobrevive apavorada!

Fazem-se das vidas frangalhos, 

criam-se dias de raiva, 

a impotência grassa entre o povo anónimo,

o desespero aumenta...

...e a Vida não vale mais nada...

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ACOLHEDOR COMO UM VELHO CAMINHO...

 ...É este belo poema de Pablo Neruda, o número XII, do  seu livro de poemas: "Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada". 

Ouçamo-lo: Musicado e interpretado pelo cantor cubano, Pablo Milanês:

Para mi corazón basta tu pecho, 

para tu libertad bastan mis alas. 

Desde mi boca llegará hasta el cielo 

lo que estaba dormido sobre tu alma. 

Es en ti la ilusión de cada día. 

Llegas como el rocío a las corolas. 

Socavas el horizonte con tu ausencia. 

Eternamente en fuga como la ola. 

He dicho que cantabas en el viento 

como los pinos y como los mástiles. 

Como ellos eres alta y taciturna. 

Y entristeces de pronto, como un viaje. 

Acogedora como un viejo camino. 

Te pueblan ecos y voces nostálgicas. 

Yo desperté y a veces emigran y huyen 

pájaros que dormían en tu alma.

 *

 

CONTINUAÇÃO DE BOA SEMANA.

 FAÇAM O FAVOR DE SER FELIZES! 

E VAI DAÍ...

...porque o meu estado de espírito sofre altos e baixos, atingindo picos altamente desestabilizantes, aviso que este post pode ferir a sensibilidade dos mais melindrosos e sensíveis aos cheiros fétidos, bem como à simples menção de tal cousa, porém, no recato da sua solidão, acham o acto altamente aliviante. Tanto assim é que não há Rei nem Rainha que não solte a sua bufinha. 

Feita a introdução ao tema, passemos, então, aos manifestos da actualidade que nos recomendam parcimónia no consumo e poupança nos gastos, a bem do ambiente:

Conselho da Greta na poupança de energia.

Para os apreciadores  desta Arte, desfrutada com o à vontade e a descontracção de quem está no seu habitat... 

 DIVIRTAM-SE!

PODEM CHAMAR-ME VULGAR, SE QUISEREM, E MANDAR-ME PARA A TAL PARTE. (EM PENSAMENTO, CLARO)

À SAÍDA E À ENTRADA, TENHO FARTURA DE DESODORIZANTES DE AMBIENTE. MAS DOU SEMPRE PREFERÊNCIA AOS NATURAIS, E MANTENHO AS JANELAS ABERTAS DE PAR EM PAR.

BOA SEMANA.

PORQUE A INSPIRAÇÃO E A FORÇA ANÍMICA JÁ VIVERAM MELHORES DIAS POR AQUI, MAS O MEU BEM-QUERER CONTINUA O MESMO...

 ...fica o meu desejo de um fim-de-semana feliz a todos os visitantes e amigos do Cantinho da Janita.

Se é que ainda é possível alguém sentir-se feliz neste Mundo conturbado e louco.

Não podendo ser feliz, que seja doce, perfumado e florido.

BOM FIM-DE-SEMANA

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SÓ PORQUE VALE A PENA RELEMBRAR E RECORDÁ-LA NO SEU CENTENÁRIO...

 Não é novidade para ninguém que a Assembleia da República tem sido palco de cenas que, se não fossem cómicas, seriam  trágicas. Desde os corninhos de Manuel Pinto, aos insultos de

André Ventura dirigidos à deputada Ana Gomes, aquando era discutida a obrigatoriedade da vacina contra a Covid 19, de tudo quanto é cena rocambolesca tem por lá passado.  Muitas outras cenas houve, sobre as quais me não debruço pois este post é dedicado à poesia...

Ora, decorria o início da década de oitenta e na AR debatía-se a despenalização do aborto. O então deputado do CDS, João Morgado, argumentou peremptório: "O acto sexual é para ter filhos". 

Oh, Morgado no que te meteste!!

Natália Correia (na altura deputada eleita pelo PPD) subiu à tribuna para responder com um poema no mínimo original... 

Vamos recordá-lo? Ei-lo:

Já que o coito - diz Morgado -

tem como fim cristalino,

preciso e imaculado

fazer menina ou menino;

e cada vez que o varão

sexual petisco manduca,

temos na procriação

prova de que houve truca-truca.

Sendo pai só de um rebento,

lógica é a conclusão

de que o viril instrumento

só usou - parca ração! - uma vez. 

E se a função

faz o órgão - diz o ditado -

consumada essa excepção,

ficou capado o Morgado.

As gargalhadas obrigaram à interrupção dos trabalhos. 😃

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HÁ FOGO SOB E SOBRE A TERRA.

 

Infelizmente, sobre a Terra, há uma minoria para alegrar-se com os que se alegram. Cada vez mais são os que choram e nos levam a acompanhar-lhes o pranto...Ninguém quer perder, ninguém quer ficar atrás. A lei do olho por olho dente por dente, está  viva, palpitante e destruidora....

É chegada a hora de inverter as palavras divinas:  

"Não vos inquieteis pelo dia de amanhã" 

Inquietei-vos, e muito, pelo dia de amanhã.

(...)

Há fogo sob a terra,

E fogo é pureza.

Há fogo sob a terra

E pedra que não pesa.

Há um fluxo sob a terra,

Que em nós não retesa.

Há um fluxo sob a terra,

e nos ossos, leveza.

Vem aí um grande fogo,

vem aí um fluxo sobre a terra.

Testemunhas seremos, certeza.

(...) 

 

Excerto do poema "Canções de uma Ilha" da filósofa, poeta e dramaturga austríaca Ingeborg Bachmann.

( 1926 - 1973 )

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ALGUÉM ME EXPLICA ESTE FENÓMENO ?...

 

Neste espaço onde se não fala de política, de futebol nem de religião, onde a escrita com engenho e saber nunca se faz sentir e não interessa senão às pessoas amigas, por se sentirem acolhidas com simpatia  e agrado, não posso deixar de me espantar que receba visitas dos cinco* continentes...🧐

( e ainda há mais)

Por certo existe alguém que me saberá dar uma explicação plausível. Esse alguém só poderá ser um navegador experiente, logo, um  Marinheiro... 

* afinal, são quatro, no continente africano não querem saber do Cantinho da Janita

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PORQUE SORRIR É PRECISO...

 

😵😵

Esperava mais e melhor?

Pois é só isto!

😇😇😇

QUAL O QUÊ...?

 

Com conchinhas e afecto

Fiz-te um coração secreto

A pensar na despedida

Qual o quê?

O calor ainda era tanto

Que me despi toda de pronto

E ao mar me atirei de seguida

Diz-se que o Verão terminou

Mas o sol a pino voltou

Que o Outono é que é de agora

Qual o quê?

Isto anda tudo trocado

E foi de coração disparado

Que me mandei borda fora

 O círculo já está fechado

Com este mar agitado

Eu tremendo de pavor

E sem nadador-salvador

Faço o quê

Aqui e agora?

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O RIO DOURO E EU.

 

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Nas voltas do rio Douro

Há uma graça tamanha

Que diz logo ter nascido

Nas lindas terras de Espanha.

Aos jeitosos para a rima que queiram comentar com versos alusivos ao Douro, de sua autoria ou de outrém, estejam à vontade para o fazer, os demais, escrevam como souberem. 

Foto obtida a partir da janela de um restaurante no Cais de Gaia.

Nesta tarde, num 1º domingo do mês de Maio, o Douro estava pejado de iates de grande porte e pequenos barcos de recreio, sem nenhum rabelo à vista nem barcos de passeios comerciais.

E porquê? - perguntareis vós. 

Pois, basta olharmos para a esquerda desta foto ( orgulho do meu olho fotográfico ) e veremos alí o motivo. O navio Britannia, pertença da família Real britânica, encontrava-se ancorado no Cais da Ribeira. Juntinho ao paredão e a duas braçadas da Praça do Cubo. 

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O Puorto é uma Naçón, carago!

Fotos minhas.

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