.....Continuemos pois adiante, fazendo o nosso caminho, Amigos Caminhantes da blogosfera! 😊
Golpe a golpe, verso a verso...
...seguirei em frente.
Foto minha. |
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.....Continuemos pois adiante, fazendo o nosso caminho, Amigos Caminhantes da blogosfera! 😊
Golpe a golpe, verso a verso...
...seguirei em frente.
Foto minha. |
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Se a minha intenção, ao escrever o texto do postal anterior, tivesse sido auscultar a opinião dos leitores e amigos que têm a bondade de me visitar, acerca da minha eventual saída da blogosfera, - que um dia terá de acontecer uma vez que nada nem ninguém é eterno - não teria sido coroada de maior êxito.
Desde o primeiro ao último comentário, todas as mensagens foram de encorajamento, de carinho, de apreço e de ternura.
Não me restam agora dúvidas de que a blogosfera, o nosso blogobairro, é como o nosso bairro e a nossa rua na vida real. Se há moradores e vizinhos que não gostam de nós, nos censuram e criticam, abertamente ou pelas nossas costas, inclusive os que apenas nos conhecem só de nos ver passar, outros há que nos querem bem, se afeiçoaram a nós, nos compreendem e estimam.
Foi muito gratificante ouvir o grito de protesto da UmaMaria: ameaçando "fazer uma petição":
"QUEREMOS A JANITA!"
Ouvir a Elvira Carvalho, garantir que a assinaria.
A Gábi dizer que sem mim, "A blogosfera não seria a mesma!"
Comover-me com a quadra do Joaquim Rosário:
"O melhor para si amiga
é deixar de cozinhar
melhor barriga vazia
que deixar de blogar"
Ouvir o grito ameçador do meu Amigo José (500)
"LIVRE-SE!"
Deliciar-me com a quintilha da Maria Dolores Garrido:
"Continue a cozinhar,
Pratos simples ou de nome,
mas não deixe de blogar
Senão sobra-lhe a comida
E ficamos nós com fome!"
A cantoria sempre amigavelmente cantada ( passe o pleonasmo) do meu Amigo Kok:
(...)
"Os teus amigos não dispensam
a tua presença constante.
Se isso acontecesse
"orfãos" ficaríamos
no mesmo instante!"
KOK... já não precisas ir a casa beber o tintol. Olha o que eu arranjei... Este até me fez ver borboletas. 😋
A descrição sempre rimada, de mais uma página extraída do quotidiano do Rogério Pereira que, não dizendo sim nem sopas, compareceu:
"Eu por mim, até me consigo dispersar
Comecei por pôr a roupa a lavar
e de seguida
estendi-a
depois tratei da cozinha
passei com a esfregona
e abri a janela de par-a-par
para rapidamente enxugar"
O Manuel Veiga e a sua pertinente sugestão:
"porque não se entrega â Poesia?
a poesia não salva, mas por vezes é gratificante ..."
O meu Amigo António desmotivando em mim a ideia de aposentadoria:
"A aposentação/reforma está cada vez mais difícil. Motivo mais que suficiente para desistires da ideia."
Vinda expressamente do Algarve, a minha Amiga Ângela lembra-me algo importante:
"...será que tens anos suficientes de blogueira para te aposentares? olha que só são considerados os vinte e cinco melhores anos :)"
Até a SARA atravessou o Atlântico, para me garantir que:
"Aposentar nada disso Deus é grande e logo vai tudo ficar bem"
A minha querida Amiga Manu, toda ela um doce de pessoa, não só me ameaçou como exemplificou as próprias adversidades consequentes deste vício de blogar:
"Tu livra-te de te aposentares, precisamos de ti.
Confesso que já pensei desistir, mas isto já é um vício.
Os tachos queimam, a casa precisa de uma limpeza geral, faço tudo aos bocadinhos e a casa nunca brilha, mas quero lá saber, felizmente ninguém me cobra nada :)"
Até o Carlos - Menino Beija-Flor, veio solícito animar-me:
"E não se envergonhe, eu também já andei queimando uns tachos rs rs."
A sensata Rosa dos Ventos, aventou que isto passa:
" Não te deves aposentar, essa canseira vem às vezes mas passa!"
A querida Lis, recém regressada de uma pausa, fez-me sorrir falando com sabedoria:
"Eu sempre preciso dar uma paradinha, mas nunca é para cozinhar rsrs"
Já Mar Arável, o poeta das belas metáforas, desta vez foi sabiamente pragmático:
"A vida é feita de pequenos nadas que nos estimulam"
A Luísa que sabe destas coisas, riu e desvalorizou a coisa:
"Hehehe... A trabalheira que um blogue dá. :)"
O Miguel, que Porventura Escreve, sorri e seguiu-lhe as pisadas:
"Tudo dá uma trabalheira bem vistas as coisas "
Vem lá de Macau o Pedro Coimbra e dá força à opinião da Lis:
"Aposentar da cozinha, obviamente."
Veio dos Algarves a Sandra Martins e, sem papas na língua, decreta... ....mas, da cozinha não me tira!!
"Aposentar? Nem pensar! Tem a minha amiga que continuar a blogar para nos ensinar e animar!
Porque não deixar o jantar feito ao almoço?"
E pronto! Cheguei à conclusão que posso pausar, mas NUNCA a blogosfera abandonar. Abandonar, sim...a cozinha!!
Um grande Abraço a TODOS e o meu muito Obrigada!
Ah...São servidos?
💙 💚 💛 💜 💝
💙 💚 💛 💜 💝
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Eu, Mulher moderna
Nascida no século XX
Vivendo plenamente
Neste século XXI
Arranjei um trinta e um
Quando criei um blog.
Pois não há quem
Me convença
Que isto não é pertença
Não vale a perda de tempo
Os tachos que
já queimei
Os sarilhos que arranjei
Sem tempo para cozinhar
Correndo para o take away
Comendo comida a peso
Oh, que desassossego
Esta vida sem ar puro respirar
Eu já nem faço jantar
Vejo os blogs de petiscos
Encho os olhos de miragens
Com tão saborosas imagens
E, por fim ___
___ fico sozinha
A salivar.
Se isto
continuar assim ___
___ acho
que me vou aposentar.
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"História do Sábio Fechado na sua Biblioteca"
de Manuel António Pina
Ilustração de Guilherme Castro
Rapariga – Também eu, durante todos estes anos não te esqueci. Por isso venho agora buscar-te para te levar comigo e sermos felizes para sempre.
Sábio – Não, Morte. Eu sei tudo e sei que, sob essa máscara, se esconde o rosto da Morte. Vens buscar-me porque queres levar-me contigo para o Reino das Sombras. E eu irei contigo de bom grado porque já aprendi tudo o que há para aprender e a vida, para mim, já não tem interesse algum.
Rapariga (Tristemente) – Vejo que te esqueceste de mim. E que estás tão velho que confundes o Amor e a Morte.
– A Morte ficou muito contrariada por ter sido de novo descoberta e, por isso, não poder levar consigo o Sábio. Mas, como tem muito tempo, continuou durante muitos e muitos anos a tentar apanhá-lo desprevenido. Ele, porém, reconhecia-a sempre, apesar de a Morte ser muito imaginosa e de usar muitos disfarces.
Ora, ao fim de tantos anos de vida, a verdade é que o Sábio estava cansado de viver. Ainda por cima uma vida tão triste e tão aborrecida, sem nada dela que não soubesse, fechado na Biblioteca rodeado de livros que já lera mil vezes. Como sabia tudo, sabia que só poderia morrer se não reconhecesse a Morte quando ela chegasse, mas sabia também que a reconheceria de todas as vezes que ela lhe batesse à porta.
– Ai de mim! Estou tão velho e tão cansado! Li todos os livros do Mundo, aprendi todas as coisas que é possível aprender, conheço todos os mistérios da vida e da morte. Mas tudo o que sei é inútil e silencioso, sem amigos e sem ninguém com quem conversar, porque as pessoas têm medo de mim e não se aproximam, temendo que eu conheça os seus segredos e não podem suportar isso. Até morrer me está vedado, porque nem mesmo a Morte, com os seus mil disfarces, me pode surpreender!
Ai de mim, ao fim de tantos anos e de tantos livros, que posso ainda desejar se não a Morte? Oh, quanto gostaria de a conhecer por fim! Mas vivo enclausurado, sou prisioneiro do que sei e do que aprendi. O meu corpo está seco e gasto como um velho pergaminho, o meu coração não se alvoroça nem bate mais depressa com coisas inesperadas e novas, porque para mim nada é novo e tudo se repete. Cada um dos meus dias é igual ao outro dia, cada hora igual à hora anterior. Como eu gostaria de sair da minha Biblioteca, mas, para isso, teria que sair de mim, porque eu próprio sou a Biblioteca. Como ela, não estou vivo nem estou morto, estou fechado dentro de mim como num labirinto ou como se fosse um livro antigo escrito numa língua desconhecida, que ninguém, nem mesmo a Morte, é capaz de ler.
– Então o Sábio, como a Morte não podia alcançá-lo, e porque estava cansado de viver e de saber tudo, decidiu ir ele à procura do Reino das Sombras.
Durante meses e meses fez cálculos matemáticos, estudou mapas, traçou rotas. Até que acabou por descobrir o lugar exacto onde era o tal Reino das Sombras. E, um dia, depois de ter posto as suas melhores vestes, para lá partiu. Viajou durante muito, muito tempo. Cruzou rios e florestas, subiu montanhas, atravessou desertos. E, quando passava nas aldeias, as pessoas curvavam-se respeitosamente diante dele e afastavam-se logo, murmurando:
“É o Sábio. Diz-se que conhece o passado, o presente e o futuro…"
Até que um dia, numa vereda, se lhe dirigiu um velho coberto de andrajos.
– Tenho fome. Dá-me, por Deus, alguma coisa de comer.
O Sábio estremeceu. Nos seus livros, fechado na sua Biblioteca, tinha muitas vezes lido coisas sobre a fome. Mas nunca tinha tido fome. E agora, de repente, tudo o que aprendera nos livros parecia-lhe pouco. Meteu a mão na bolsa procurando algo que dar ao Mendigo, mas na bolsa trazia apenas livros e tratados.
– Desculpa, bom homem, mas comigo só trago livros.
– Aceito os teus livros. Talvez alguém me dê qualquer coisa por eles e eu possa comprar que comer.
– O Sábio tirou da sua bolsa todos os livros que levava e entregou-os ao Mendigo. Sentou-se numa pedra à beira da estrada. Sentia-se fraco, as pernas pareciam não ser capazes de suportar o peso do seu corpo, e o Sábio lembrou-se então de que não comia há muitos dias.
O Mendigo aproximou-se dele e disse:
– Vejo que também tens fome. Vou à aldeia vender os teus livros e voltarei com alguma coisa para comermos ambos.
- O Mendigo partiu em direcção à aldeia e o Sábio ficou a pensar:
– É então isto a fome… Que coisa estranha, não é nada parecido com o que vem nos livros…
– O Sábio sentiu uma estranha alegria apossar-se dele e, quando o Mendigo regressou com alguns bocados de pão, comeram ambos sofregamente. No fim, o Sábio levantou-se, abraçou o Mendigo e disse:
– Obrigado, bom homem. Ensinaste-me hoje algo que não se aprende em livro nenhum.
– O Sábio prosseguiu a sua longa viagem em direcção ao Reino das Sombras, feliz por saber que, afinal, havia alguma coisa que não sabia.
Embora, na verdade, naquela altura tivesse ficado também a sabê-la…
Mais adiante encontrou, deitado sob uma árvore, um homem que gritava cheio de dores.
O Sábio aproximou-se e perguntou:
– Porque gritas?
– Porque estou doente. Não vês como sofro?
– O Sábio pegou-lhe na mão. A mão estava húmida e febril e o Sábio sentiu-se subitamente inquieto. Nunca antes tinha tocado a mão de outro homem. A mão do homem apertou a mão do Sábio com toda a força, e o Sábio sentiu uma impressão estranha no coração, como se o seu coração tivesse ficado de repente mais pequeno.
E então recordou que lera há muito tempo, num velho livro, algo sobre um sentimento confuso e angustiante, chamado compaixão, e percebeu que o seu coração estava cheio de compaixão. Apertou também ele a mão do homem e disse-lhe:
– Tem coragem. Conheço todos os segredos da Medicina e tentarei minorar o teu sofrimento.
– O Sábio colheu umas ervas e fez com elas um chá que deu a beber ao doente e este sentiu-se logo melhor. O doente beijou então as mãos do Sábio, dizendo:
– Obrigado, obrigado. Agora já não tenho dores. Que posso fazer para te agradecer?
– O Sábio sentiu uma felicidade que nunca tinha sentido. Ajudou o Doente a levantar-se e respondeu:
– Não tens que fazer nada para me agradecer. Eu é que te estou muito agradecido porque me fizeste aprender uma coisa que nenhum livro antes me ensinara.
– O Sábio despediu-se do doente, abraçando-o, e partiu de novo. Sentia-se misteriosamente leve e tranquilo como se, em vez de andar, flutuasse. O sangue corria-lhe nas veias com força e o dia parecia-lhe mais transparente e luminoso, os sons da floresta mais nítidos, o céu mais alto e mais limpo.
Encheu os pulmões de ar fresco e pensou:
Continua....
"História do Sábio Fechado na sua Biblioteca"
de Manuel António Pina
Ilustração de Guilherme Castro
Era uma vez um velho Sábio que tinha lido todos os livros e sabia tudo. Nada do que existia, e mesmo do que não existia, tinha para si segredos.
Sabia quantas estrelas há no céu e quantos dias tem o mundo.
Conversava com os animais e com as plantas e conhecia o passado, o presente e o futuro. Até sabia que um dia, hoje, a esta hora… eu estaria aqui a contar-vos esta história.
Como sabia todas as coisas e não tinha nada de novo para saber e conhecer, a sua vida era muito triste e desinteressante. Era uma vida sem espanto, onde nada de novo e surpreendente acontecia e todos os dias eram iguais a todos os dias. Mesmo coisas tão estranhas e misteriosas, como, por exemplo, os cortinados do quarto agitando-se, à noite, ou os móveis rangendo como se falassem uns com os outros, não tinham para ele qualquer mistério.
Às vezes apetecia ao Sábio não saber qualquer coisa, poder perguntar a alguém qualquer coisa que não soubesse. Por exemplo, poder perguntar as horas; ou “Que dia é hoje?”; ou “Tem passado bem?” a alguém. Mas vivia fechado na sua Biblioteca e não tinha ninguém a quem perguntar nada. E, mesmo se tivesse, mal acabava de pensar numa pergunta, já sabia a resposta antes que lhe respondessem.
Até que, um dia, bateu à porta da Biblioteca um Estrangeiro. O Sábio abriu-lhe a porta e o Estrangeiro disse:
– Venho buscar-te.
– Eu sei. És a Morte.
– Não sou nada a Morte, sou um Estrangeiro.
– Eu sei tudo, e sei que és a Morte.
– Enganas-te. Venho da parte do Imperador que quer falar contigo porque está a morrer e ouviu dizer que só tu sabes como são os lugares para onde se vai quando se morre.
– Não me iludes, Morte. Vieste buscar-me para me me levar ao Reino das Sombras e não ao Palácio do Imperador.
– Se não acreditas em mim, vou-me embora.
A Morte ficou zangadíssima por ter sido reconhecida, pois tinha tido um trabalhão a disfarçar-se de Estrangeiro. Mas, como a Morte é muito teimosa, passados alguns dias, disfarçou-se de novo, coloca uma máscara de Palhaço e bate à porta da Biblioteca.
– Venho buscar-te.
– Eu sei. És outra vez a Morte.
– Estás enganado, venho buscar-te para te levar a uma festa. A cidade tem muito orgulho em ter um homem tão sábio e tão ilustre entre os seus habitantes e o Governador decidiu organizar uma grande festa em tua honra.
– Não, Morte, não me enganas eu sei que vieste buscar-me para me levar ao Reino das Sombras e não à Festa do Governador.
– A Morte estava cada vez mais zangada, porque estava escrito algures (no sítio onde essas coisas estão escritas) que o Sábio deveria morrer sem reconhecer a Morte e sem saber que morria.
Por isso, alguns meses depois, voltou a aparecer-lhe, desta vez disfarçada de uma linda Rapariga.
A Morte põe a máscara de Rapariga e bate à porta da Biblioteca.
– Venho pedir-te em casamento. Vem comigo, os convidados já chegaram, a boda já está servida…
– Aceito o teu noivado, Morte, e irei contigo.
– Enganas-te. Eu não sou a Morte, sou aquela que há muitos anos amaste, lembras-te?
– Sim. Como poderia esquecer-me de ti? Há quanto tempo te esperava.
Continua...
....há que aprender a enfrentá-los.
MOÇO VALENTE!!
Porque me parece não haver mais interessados/as em participar neste Passatempo, vou dar início à sua reedição.
Eis o livro que deu ensejo a esta edição.
Para os grandes senhores do Mississipi, da Geórgia, habituados à vida faustosa de latifundiários servidos por escravos, foi a derrocada, a angústia.
William Faulkner - um dos maiores escritores norte-americanos de sempre e um dos mestres do romance moderno -, ele próprio oriundo de uma antiga família do Sul, retrata nas suas obras essa tragédia de um mundo descadente e insatisfeito.
O palco de "O Som e a Fúria" é a casa dos Compson, outrora o centro de um rico e poderoso clã.
* *
Desta vez, houve alteração no lugar ocupado pelos três primeiros leitores a chegar à 'meta'. Em lugar do pódio habitual, vão receber taças: ouro, prata e bronze, respectivamente para o 1º - 2º - e 3º lugares. Espero que não haja reclamações. 😊
Assim sendo, ei-los:
Com a edição de mais este Passatempo/Desafio, chegamos à meia-dúzia de edições que muito prazer e alegria me tem trazido. Nesta página que vos apresento, encontrarão elementos de sobra que vos fará chegar ao escritor e à sua obra.
Trata-se, portanto, do Desafio mais simples e fácil que já por aqui passou.
Como é habitual nestas brincadeiras, peço a quem souber a(s) resposta(s) que as envie para o meu e-mail (fgmncf@gmail.com) e/ou, use de uma forma subtil e minimamente engenhosa, de modo a fornecer pistas que possam ajudar os outros participantes a chegar à solução.
Como já frisei anteriormente serão sempre Desafios simples, apenas um entretenimento sem intuitos didácticos.
Pergunto, então, como anteriormente já feito:
1ª - Qual o nome do autor deste livro?
2ª - Qual é o seu título?
Dicas:
. Escritor norte-americano e prémio Nobel da Literatura
. Toda esta obra gira em torno de um acontecimento que dividiu os americanos.
Boa Sorte! 😊
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🤔
1. Coma somente se tiver fome; durma somente se tiver sono e, em caso de dúvida, fique na sua.
2. Abrace, beije e ria, já que a vida é de graça.
3. Peça - sempre haverá alguém que lhe dará o que você está precisando.
4. Despeça-se do que já passou - quem vive do passado é Museu.
5. Páre de se preocupar. Perdoe-se por suas burrices e fracassos.
6. Reze para agradecer, nunca para pedir.
7. Não perca tempo em discussões inúteis.
8. Ao invés de se zangar, cante uma canção bonita ou vá dar uma volta pelo parque.
9. Cuide de si mesmo como se estivesse cuidando do seu melhor amigo.
10. Expresse a sua individualidade.
11. Mude algo em si mesmo todos os dias.
12. Faça alguma coisa que sempre desejou fazer, que pode fazer, mas que tinha vergonha de fazer.
13. Cometa erros novos. Simplifique a sua vida.
14. Acredite no amor! Nunca pense que o amor é uma "água morna".
15. Grandes amizades não se perdem em pequenas disputas. Se perdidas, é porque não eram nem amizades, muito menos grandes.
16. Seja sempre muito feliz! Saiba que, muitas vezes a felicidade de quem está do seu lado depende da sua felicidade.
17. Leia o que está escrito.
***********
Leu? E que tal, resultou?
Se não deu em nada, leia novamente...
......e nade... nade muito, nadar faz bem
à saúde do corpo e da
mente!!
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Camilo Castelo Branco, Ana Plácido e um filho de ambos. |
"Os Amigos"
Amigos cento e dez, e talvez mais,
Eu já contei. Vaidades que eu sentia!
Supus que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais.
Amigos cento e dez, tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia,
Que eu, já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais.
Um dia adoeci profundamente.
Ceguei. Dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quase rotos.
- Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego, não nos pode ver…
Que cento e nove impávidos marotos!
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Encontrei esta cadeira numa rua da cidade de Aveiro. Nessa tarde de Agosto o calor era intenso e eu sentia as pernas cansadas. Só eu sei a vontade que tive de me sentar. E a coragem para tapar tão bela descrição de um poema de Eugénio de Andrade? Quem nela escreveu conhecia a sua poesia. Eu também!
Hoje, a propósito de algo que li, lembrei-me do poder que as palavras têm. Palavras que tanto podem ferir como um punhal, como ser um bálsamo quais gotas de orvalho. Ainda das palavras que...
(...)
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
(...)
...ou, ainda, de quão diferentes são estes dias, negros, de uma pandemia indesejada, que nos vai roubando as alegrias simples do convívio, olhos nos olhos uns nos outros e, nas belezas de outras paragens.
Campos de Aveiro,
Manchas verdes de arroz,
E a vela dum barco moliceiro,
Que um pirata ali pôs.
A servir de moldura
O velho mar cansado;
E o céu alto a descer e a ter fundura
Na quilha dum arado.
Miguel Torga, Palavras de Cristal