Quando amanheces, logo no ar Se agita a luz sem querer E mesmo dia, vem devagar Para te ver.
E já rendido, ver-te chegar Desse outro mundo, só teu Onde eu queria entrar um dia P'ra me perder.
P'ra me perder, nesses recantos Onde tu andas, sozinha sem mim Ardo em ciúme desse jardim Onde só vai quem tu quiseres Onde és senhora do tempo sem fim Por minha cruz, jóia de luz.
Quebra-se o tempo, em teu olhar
Nesse gesto, sem pudor
Rasga-se o céu, e lá vou eu
P'ra me perder
P'ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas sozinha, sem mim
Ardo em ciúme desse jardim
Onde só vai quem tu quiseres
Onde és senhora do tempo sem fim
Por minha cruz, jóia de luz
P'ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas sozinha, sem mim
Ardo em ciúme desse jardim
Onde só vai quem tu quiseres
Onde és senhora do tempo sem fim
Por minha cruz, jóia de luz entre as mulheres.
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Este é o Paulo Gonzo dos anos 80, para quem não se lembrar de como era o cantor quando tinha um bela e longa cabeleira encaracolada. Nomeadamente, o Tintinaine.
Nesta primeira imagem, que representa a fachada principal da Quinta da Fortaleza, em Elvas, todos acertaram.
Aqui, temos um confortável recanto de leitura,
e/ou, de convívio.
Na segunda imagem, é que a porca torceu o rabo, que é como quem diz, foi muito difícil para todos nós acertar.
Trata-se de um recanto muito catita e alusivo à região, onde as flores campestres são rainhas. Há, também, elementos compostos por belos tachos e panelas esmaltadas, cuja decoração, por certo, irá variando de tempos a tempos para não cansar a vista dos comensais habituais. Daí, a dificuldade de a encontrar na Net.
Um belo pormenor do Restaurante Tomba Lobos, situado em Portalegre.
Eis mais algumas fotos deste espaço, onde, para além de bem decorado com o que há de mais genuíno das belezas naturais alentejanas, se podem degustar excelentes petiscos.
Desta vez, os meus agradecimentos irão de igual forma para todos os participantes, uma vez que não há vencedores nem vencidos. Todos colaboraram o melhor que puderam e souberam.
O meu grande Bem-Haja a Todos vós,
meus queridos leitores e amigos:
Catarina - Kok - Tintinaine - António -
Teresa [ematejoca]
- Joaquim Rosário - José [500] - R. Correia -
Rosa dos Ventos -
Emília Pinto - Kruzes Kanhoto - Fatyly -
e, por último, mas não menos importante,
Sandra Martins.
A ordem dos nomes obedece à ordem da vossa entrada em cena. 😊
ATÉ A UM PRÓXIMO DESAFIO COM A PROMESSA DE SER MAIS SIMPLES.
Gente amiga andou a passear, durante uns dias, por uma região do nosso belo cantinho à beira-mar plantado. Desse passeio já recebi alguma fotos lindíssimas das quais vos disponibilizo apenas duas, para não vos dar muito trabalho.
São elas, esta:
E mais esta:
Uma dica, de início, sempre vos dará alguma ajuda: São de localidades e prestação de serviços diferentes.
Como sempre se pede nestes Desafios, agradeço que as dicas sejam subtis e discretas. Quem reconhecer os locais, deverá enviar a resposta para o meu email (fgmncf@gmail.com). Nunca dizê-lo aqui no blog, ok?
Boas pesquisas, divirtam e divirtam-me, já que a blogosfera, talvez com a preocupação da proximidade das eleições autárquicas, anda um pouquinho murcha...ou serei eu?!
"La Cumparsita" é uma obra musical criada pelo músico uruguaio Gerardo Matos Rodríguez (1897-1948). É considerado o Tango mais difundido no mundo. Está entre as dez musicas mais tocadas mundialmente. Por decreto presidencial de 02 de Fevereiro de 1998, é o hino popular e cultural do Uruguai.
E, sem nos darmos conta, eis-nos a entrar no Outono. Noites húmidas e um pouco mais frias. Dias instáveis. Ora amanhece enevoado, ora, como hoje, luminoso e ensolarado.
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Ainda que pouco dada a celebrações, mas sendo o futuro uma completa incógnita, quero aproveitar o momento para relembrar o meu cantor preferido, de voz quente e sensual.
Retomo hoje esta antiga rubrica musical. Lembram-se? Gostaria que ouvissem a canção e me dissessem se vos agradou, ou não! Como todos sabemos, para nascer uma canção são precisas música e letra, sem a obrigatoriedade de haver quem nasça primeiro.
Muitos têm sido os artistas a participar neste desafio de "Uma Canção à Espera de Palavras", Uns compondo a música, outros escrevendo a letra e, ainda outros, com a composição e a letra.
Este ano foi vencedor o grupo "Capitão Fausto", com música e letra dedicada à linda Ilha de São Miguel - Açores.
Apesar da minha saudade em navegar por estes mares, tantas vezes navegados, sinto não reunir ainda as condições necessárias para voltar com a antiga assiduidade.
Contudo, tentarei estar mais presente. Tanto no meu canto quanto nos espaços que me são caros.
Até breve, com o meu sincero reconhecimento por quantos me têm acompanhado. 🌻
Caros amigos, de coração vos agradeço os emails que, gentilmente, me têm enviado, bem como os vossos comentários.
Não quero prolongar a vossa apreensão sobre o que de grave poderá ter acontecido comigo, nem permitir que me aguardem como se isto fosse um capricho meu ou algo no género.
Estive doente e ainda não me sinto recuperada, no entanto, não foi/é nada de muito grave.
Quando, e se, voltar a ser o que já fui, alegre e brincalhona, quem sabe não volte ao vosso convívio? Para já, penso que não será tão cedo.
Um forte e grato abraço meu para quantos passarem por cá!
É em memória de um grande amor, talvez por o ter sentido na idade das ilusões, e na ilusão ter ficado, que volto com este bonito Fado.
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Raquel Tavares, canta-o com a mesma alegria e encanto que eu sentia, fazendo-me retroceder no tempo e no espaço.
Meu Amor de Longe
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No Largo da Graça já nasceu o dia
Ouço um passarinho, vou roubar-lhe a melodia
Meu amor de longe ligou
Abençoada alegria
Junto ao miradouro, pombos e estrangeiros
Vão a cirandar como fazem o dia inteiro
Meu amor de longe já vem
Pôs carta no correio
Barcos e gaivotas do Tejo
Vejam o que eu vejo, é o sol que vai brilhar
Meu amor de longe está
Prestes a chegar
Talhado para mim
Mal o conheci, eu achei-o desse modo
Logo pude perceber o fado que ia ter
Por ver nele o fado todo
Chega de tragédias e desgraças
Tudo a tempo passa, não há nada a perder
Meu amor de longe voltou
Só para me ver
Fiz um rol de planos para recebê-lo
Fui pintar as unhas, pôr tranças no cabelo
Meu amor de longe há-de vir
Beijar-me no Castelo
Eu a procurá-lo, ele a vir afoito
Carro dos Prazeres, número 28
Meu amor de longe saltou
Iluminou a noite
Vamos celebrar ao Bairro Alto
Madrugada, baile no Cais do Sodré
Meu amor de longe sabe bem
Como é que é
Talhado para mim
Mal o conheci, eu achei-o desse modo
Logo pude perceber o fado que ia ter
Por ver nele o fado todo
Chega de tragédias e desgraças
Tudo a tempo passa, não há nada a perder
Meu amor de longe voltou
Só para me ver.
***
A fotografia foi captada no Bairro dos Olivais, no tempo em que vivi em Moscavide. Devo acrescentar, em nome da verdade, que aparento ter mais idade do que tinha. Verdade! Entre os onze e os catorze dei um pulo, a partir dos catorze não cresci mais.