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Uma vez mais vou pedir a colaboração dos amigos e visitantes deste espaço. Desta vez, para um passatempo que anime um pouco este blogue que começa a dar alguns sinais de cansaço.
É muito simples. O que vos peço é apenas uma quadra cujo tema ficará ao gosto do leitor. Não se trata de uma desgarrada, pelo que não carece que se pegue no último verso da quadra anterior. O tema é livre e ficará entregue à imaginação e criatividade de quem a escrever. À medida que as vossas quadras forem chegando, nos comentários, serão adicionadas ao postal. Como é de toda a justiça, acompanhadas do nome e link do blogue remetente.
Gostaria muito que houvesse uma participação entusiasta e entusiasmante. Por favor, não fiquem indiferentes, quais figuras ilustrativas da imagem acima. O meu antecipado agradecimento a todos. Naturalmente, a primeira quadra será minha, apenas para exemplificar. 😊
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A todos peço uma quadra
cada um diz o que sente
convém que seja rimada
seja para trás ou para a frente.
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Eis chegada a hora de adicionar a participação dos primeiros 8 magníficos.
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A galinha vestiu roupão amarelo
debaixo da pança foi se abrigar
o galo, achou logo um cogumelo,
despeitado,deu de costas sem olhar!
Estamos todos bem atados,
Embora não só desolados.
Contemplando novo caminho,
Vamos alegres com carinho.
Da minha janela à tua
Vão dois passos de distância
Tem cuidado não escorregues
Nessa casca de melância
Abriu o livro, a Janita
Parou na imagem e lançou
Um desafio, coisa pouquita
Mas ainda bem que me desafiou
*
Parecem os animais da quinta
Com seu dono, à conversa
O galo, à galinha faz finta
O cogumelo se dispersa
*
Vamos todos alegrar
A Janita, neste seu dia
Com todo o escrevinhar
Pode sair boa poesia!
Nem sabe quanto eu gostaria
De conseguir versejar
Mas é com grande alegria
Que tento participar.
*
2ª quadra em 30-08-20 às 09:53
Tido como o louco da aldeia
Proferia o que lhe apetecia
Mas ninguém fazia ideia
Que o "louco" tudo sabia.
*
Alguém toca à campainha
'Engano, desculpe lá'
Hoje é uma grande amiga minha.
Alguns falam sobre tudo
E quem ouve diz: que bem
Então faço-me de surdo
Só ouço o que convém.
Meses insólitos, diferentes.
Triste mordaça acrescida.
Meditemos, jamais descrentes !
Dar significado à vida !
Estou de férias em Viseu
Também quis participar
Ou não seja também eu
Um poeta popular.
Acabei agora de chegar
E encontrei logo um desafio
Mas isto de versejar
Deixa-me quase sem pio!
*
E já de seguida, eis mais duas bonitas quadras.
Na longa estrada da vida
encontrei o teu olhar
Eras a sombra perdida
A sombra que eu quis amar.
Não te esqueças de mim
Sem jeito para versejar
Venho aqui exaltando a vida
E a Janita alegrar.
*
Sem mais delongas, saem já à boca de cena mais quatro participações.
Que sentimento é este
Conhecido por desgosto
Faz com que nada já reste
Dum amor que foi deposto.
Parece que há falta de ar
E tudo perde sentido
Quando se deixa de amar
É um sentimento dorido.
O peso dessa tristeza
É contra nossa vontade
Ficamos sem ter certeza
Se não se chama saudade.
Um sorriso mais um sorriso
São, por soma, dois sorrisos
Um só é de que preciso
Mas estou aberto a que hajam mais
Bom dia cara amiga
Peço desculpa pelo atraso
Mas tal como a formiga
Ontem fui vencido pelo cansaço
Agora é que me tramaste.
Como é que eu vou fazer?
Tu muito bem rimaste,
Mas eu, rimas é para esquecer.
*
Por motivos alheios à minha vontade, só agora me é possível publicar as quadras que gentilmente me foram enviadas. Agradeço a vossa compreensão.
Uma galinha admirada
Pensando: Mas que sarilho
Olhando o homem pasmada
Por esse não dar um grão de milho
Amuado e ciumento está Mr.Galo
disfarçando no cogumelo encostado
Enquando Mr Barrigas todo convencido
Fala com Miss Galinha em tom bem animado
Catarina - a nossa
A Janita pediu quadra
Eu pensei e ponderei
Cá está feita a boa quadra
Elogios receberei.
Uma quadra tu me pedes
com liberdade de escolha
seja qual fôr o tema
que na minha mente germina.
No teu pedido não importa
que a rima seja coxa,
gorda, magra ou zarolha,
nem importa como termina.
*
Como já diziam os Parodiantes de Lisboa (creio)
a última é de graça!! 😄
Não tenho veia poética
Para poder versejar
Vou ali até ao mar
Para me poder inspirar
Um pançudo, cacarejou a galinha;
Um cogumelo, respondeu o galo;
Há dez anos que o pançudo não vê a pilinha,
Disse a galinha antes de levar um estalo.
* * *
E a rir, a rir, perdidamente
com a quadra que de Macau veio
agradeço com um abraço a todos Vós
por comparecerem a este meu devaneio
Dou por terminado o Desafio
com a minha eterna gratidão.
Um Grande Bem-haja a
TODOS.