Na
idade da inocência quem se questiona
Sobre
qual é a finalidade da vida?
Felicidade
é palavra de poema
Brincar
é coisa que nunca está adormecida
Assim,
se é feliz desconhecendo
O que
é solidão, tristeza,
nostalgia.
Lentamente,
sem dor, se vai crescendo
e de
repente quando menos é esperado
descubro
que há um outro mundo
longe
daquele pequeno mundo
em
que eu vivia…
* * * * * *
Pelas rugas da fronte que medita...
Pelo olhar que interroga e não vê nada...
Pela miséria e pela mão gelada
Que apaga a estrela que nossa alma fita...
Pelo estertor da chama que crepita
No último arranco duma luz minguada...
Pelo grito feroz da abandonada
Que um momento de amante fez maldita...
Pelo olhar que interroga e não vê nada...
Pela miséria e pela mão gelada
Que apaga a estrela que nossa alma fita...
Pelo estertor da chama que crepita
No último arranco duma luz minguada...
Pelo grito feroz da abandonada
Que um momento de amante fez maldita...
Por quanto há de fatal, que quanto há
misto
De sombra e de pavor sob uma lousa...
Oh pomba meiga, pomba de esperança!
Eu to juro, menina, tenho visto
Cousas terríveis — mas jamais vi cousa
Mais feroz do que um riso de criança!
De sombra e de pavor sob uma lousa...
Oh pomba meiga, pomba de esperança!
Eu to juro, menina, tenho visto
Cousas terríveis — mas jamais vi cousa
Mais feroz do que um riso de criança!
Jura
Antero de Quental
Juntar na mesma publicação, palavras minhas e deste grande escritor e poeta português, até pode parecer heresia, mas eu gosto de ousar! Espero benevolência da vossa parte. :)
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