quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Ausências.

Num dia de grande desânimo, cansada, abatida, desinteressada de quase tudo e sentindo que pouco já teria a esperar da vida
- há horas do diabo - resolveu afastar-se de um mundo, do qual se andava a sentir demasiado dependente, fazendo-a alhear-se da realidade que a cercava por a achar demasiado vazia e sem sentido. A saúde também não estava no seu melhor e, assim, tudo se conjugou para a tomada de decisão, que, pensava, por muito que lhe custasse seria irrevogável! (Esta palavra parece amaldiçoada.)
Fechou a conta que tinha no Face Book e esteve quase, quase, a fechar o blog. Mas, só de pensar nisso, a dor que sentia era tanta que se tornava insuportável. 
Este tipo de dor inexplicável, é como aquelas mazelas que "não matam, mas moem"! Passado um tempo voltou ao blog. Do FB trouxe lembranças de Amigos... A imagem de cima é uma delas! Sabe que um dia também lá voltará. Saudade, ah...a saudade!



Ausente
Ando ausente de mim algures
E isso me dá saudades do que vou ser
E de um tempo antigo.
Se me encontrares vagabundeando
Em lugar de nenhures,
Dá-me a mão, fico feliz indo contigo.
Não me devolvas. Fico bem assim,
Perdido de mim, mas te encontrando!

 
Poema da página nº 9 do livro de poemas " BRUMAS DA SERRA" da autoria do meu querido Amigo RAFAEL, cujo pseudónimo literário é: GUMA KIMBANDA.
                                                                         
Beijinho, Guma!:)


 
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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

...Se Vão da Lei da Morte Libertando!

É este belíssimo pensamento de Camões, expresso logo no início de "Os Lusíadas", (Canto I) que me vem à mente, quando recordo o último verso deste belo soneto de Castro Reis que hoje publico, numa homenagem a este talentoso portuense de quem poucas pessoas falam e lembram.
Por isso, o dedico à Susana Miranda e à Flor de Jasmim. A primeira, porque sei o quanto ela o admira, já que sempre me presenteia com poemas seus, e a Flor, porque reconheço o seu amor pela poesia e o seu talento natural para se exprimir e desabafar, através dela.
Para ambas; com um beijinho meu!


Castro Reis a ler um poema do seu livro “Etéreas Sinfonias de Natal”

O Inverno da Vida




É por dentro de mim que peregrino,
Nesta hora de angústia e de amargor!...
Pois já venho sofrendo. De menino,
Maus Invernos, de morte e de rigor!



Deus quer que eu cumpra assim o meu destino
De Poeta e Mendigo do Amor!...
Quem nasceu para os rumos do Divino,
Terá que ser eterno sofredor!



Depois de tanto Inverno e tempestade,
Do que fui, vejo assim tombar a árvore,
Só me restando a compaixão de Deus!



Quando chegar a hora do meu fim,
Não importa se lembrem mais de mim,

-- Mas não deixem morrer os versos meus!
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«Castro Reis, foi um poeta, escritor, jornalista e ensaísta portuense, galardoado em vários certames literários nacionais e internacionais, entre outros com o Prémio de Poesia Laurel de Ouro”, o Prémio de Poesia “Coroa de Ouro” e a Medalha de Prata e Diploma Honorífico de Homem de Valor e Mérito este último atribuído pela Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras.

Foi membro da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, da Associação de Escritores de Gaia, da Academia Internacional de Letras, Ciências e Artes de Nápoles (Itália) e a Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras.

Foi director do Grupo de Estudos Brasileiros do Porto onde contribuiu para o relacionamento e intercâmbio da cultura Luso-Brasileira.»

( Extracto de um texto escrito por Filipe Queirós, em 2007, no seu site Net-Mundo.)
 
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Com este vídeo que, com muito gosto, acrescento a esta simples homenagem feita ao Poeta Castro Reis e me chegou pela mão de Susana Miranda ( sua neta), como podem verificar na caixa de comentários e a quem muito agradeço, fica enriquecido e mais completo este  post em honra de um grande homem das Letras que dizia trazer o Porto no coração.
E trazia mesmo!
Por favor, não deixem de ver e ouvir este testemunho de um portuense, que através da sua obra valorosa..."Se foi da lei da morte libertando"...assim, termino como iniciei! Obrigada a todos.
 
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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Lado Menos Belo, Mas Real, da Poesia.

 
 

Eu vi gelar as putas da Avenida
ao griso da Janeiro e tive pena
do que elas chamam em jargão a vida
com um requebro triste de açucena
 
Vi-as às duas e às três falando
como se fala antes de entrar em cena
o gesto já compondo a voz de mando
do director fatal que lhes ordena
 
Essa pose de flor recém-cortada
que para as mais batidas não é nada
senão fingirem lírios da Lorena
 
Mas a todas o griso ia aturdindo
e eu que do trabalho vinha vindo
calçando as luvas senti tanta pena!
 

Soneto de Fernando Assis Pacheco

                                               

Nota:

Fernando Santiago Mendes de Assis Pacheco (Coimbra, 1 de Fevereiro de 1937Lisboa, 30 de Novembro de 1995) foi um jornalista, crítico, tradutor e escritor português.

Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, viveu nesta cidade até iniciar o serviço militar, em 1961. Filho de pai médico e de mãe doméstica, era seu avô materno galego (e casado com uma lavradeira da Bairrada) e seu avô paterno roceiro em São Tomé.

Enquanto jovem, foi actor de teatro (TEUC e CITAC) e redactor da revista Vértice, o que lhe permitiu privar de perto com o poeta neo-realista Joaquim Namorado e com poetas da sua geração, como Manuel Alegre e José Carlos de Vasconcelos.

Fonte: Wikipédia

                                                      

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Saudade de Manter Vivo O Meu Cantinho, Fez-me Recomeçar....



... o que me aguarda, não se atrasará se eu voltar...afinal, é aqui que me  sinto bem!


 
 
Obrigada Rui e Lis...  

 
Obrigada Afrodite...
 
 
Momentos felizes que passei num mundo encantado...
 
 
Uma tarde inesquecível no Palácio de Cristal - Porto...
 
E...Obrigada, Miguel Torga...
 
 
Recomeça...
 
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
 
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…

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Um Beijinho com saudade para todos os Amigos que moram neste local enfeitiçado
que denominamos de Blogosfera, aonde me sinto presa por laços de ternura.
 

Janita
 
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Elas Não Matam Mas Moem...

 
 
 
 
COMUNICADO:
 
 
Este espaço de comunicação, que se pretendeu, desde o inicio, ser apenas um simples local de saudável e amigável convívio, sem haver tido nunca a mínima pretensão de passar qualquer mensagem especial, alardear sapiência ou ensinar fosse o que fosse, vai encerrar por tempo indeterminado em virtude do extremo cansaço da sua gestora.
Uns tempos de repouso e reflexão, ser-lhe-ão benéficos e, quiçá, inspiradores.
 
A todos os Amigos e leitores, ficam os sinceros votos de muita saúde, paz e harmonia.
 
Lembrem-se:
 "Não há mal que sempre dure nem bem que não acabe".
 
Janita
 
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terça-feira, 8 de outubro de 2013

O Homem É...O Homem!

(Excerto de um texto de Clarice  Lispector)
 

Como o homem é simpático!

Ainda bem...

O homem é a nossa fonte de inspiração? É...!

O homem é o nosso desafio?  É! ...

O homem é o nosso inimigo?  É. (?)

O homem é o nosso rival estimulante? É.

O homem é nosso igual e ao mesmo tempo inteiramente diferente? É.

O homem é bonito? É.  ( É ?)

O homem é engraçado? É. (devia ser)

O homem é um menino? É. J

O homem também é um pai? É.

Nós brigamos com o homem? Brigamos.

Nós não podemos passar sem o homem com quem brigamos? Não.

Nós somos interessantes porque o homem gosta de mulher interessante? Somos… (Humm)

O homem é a pessoa com quem temos o diálogo mais importante? É. (?)

O homem é um chato? Também!!

Nós gostamos de ser chateadas pelo homem?
Gostamos. …
 
(Tudo o que está entre parêntesis é de minha autoria)...:))

 
Agora, gostaria de saber quem concorda ou discorda deste texto!
Vamos lá...não se inibam! 
É para o menino e para a menina!
 
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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ouro sem contraste ou o contraste do ouro...?!?




Nem tudo o que luz é ouro...


                                                                  
 
                                                               

                                                       ....e nem todo o ouro reluz!!


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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Especialmente para um Amigo...


Que gosto de ver sorrir...com alegria!
 

 

 
 
Para que possa sentir ainda, o sabor de Verão e Mar, que tanto gosta...
E, porque, o prometido é devido!...
 
 
Assim...
 
O Sorriso.
 
Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.

Era um sorriso com muita luz lá dentro,
apetecia entrar nele,
tirar a roupa, ficar nu
dentro daquele sorriso.
 
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.
Poema de Eugénio de Andrade  

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Do poema, gosto eu!
 
 
Abraço grande!
 
 :)