A meio de uma tarde de sábado, a partir do meu terraço. |
Diz-me tu, oh nuvem branca, que te distingues das demais.
Coroando a copa verde daquele velho carvalho
de tronco envelhecido, engelhado e carcomido
que o tempo foi desgastando,
vergastado pelo vento,
triste e só,
onde nem pousam pardais…
Quando termina este fado, de ficar olhando o céu,
cismando se terei tempo
de quebrar este tormento?
Tão longo é o distanciamento.
De mim, cada vez mais, te ausentas
Tão longo é o distanciamento.
De mim, cada vez mais, te ausentas
e aos poucos me vais deixando
remoendo perdas, entre lamentos e ais…
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Tão lindo teu céu e tuas palavras poéticas, Janita! Lindo domingo! beijos, chica
ResponderEliminarSe gostaste Chica, quando quiseres podes cá vir buscá-lo. Será uma honra constar lá nos teus "Céus e Palavras". :)
EliminarBeijinhos
Oi,voltei pra te avisar que acaba de entrar teu céu por lá! Podes ver aqui:
Eliminarhttp://ceuepalavras.blogspot.com/2020/05/ceus-da-astrid-patricia-janita-e-juliana.html
OBRIGADÃO! beijos, chica
Bom dia de domingo, querida amiga Janita!
ResponderEliminarHoje também falei das nuvens no meu blog de espiritualidade. Estamos em sintonia nas confabulacões.
Seu poema está muito reflexivo e sentido. Tudo acontece aos poucos...
Tenha novos dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno
Que sejam bons e abençoados todos os seus dias, amiga Roselia.
EliminarPois é, estamos em sintonia nas confabulações e nas consumições, que isto tocou a todos.
Beijinhos e obrigada.
Acredito que, embora com o stress normal causado pelo afastamento social e familiar, todos vamos ficar bem.
ResponderEliminar.
Tenha um domingo feliz
Lentamente lá chegaremos todos e espero é que não se chegue ao tempo de desperdício, sobretudo,o de afectos, em que se vivia antes, na febre de viver...
EliminarObrigada e semana feliz.
Olá, Janita.
ResponderEliminarEste teu post faz-me lembrar o tempo das comissões no Ultramar, em que olhando para o calendário não se sabia onde nele marcar o dia da volta a casa...
Mas como na vida nada existe que seja inteiramente mau, quando o tempo de abraçares os teus chegar a alegria e felicidade serão a dobrar.
Até lá, não te resta outro remédio que não seja muita paciência até que esta nuvem escura passe, a menos que consideres a ideia de te inscreveres como camionista de longo curso...
Beijinhos amigos
Vitor
Já me fizeste rir, Vitor. :))
EliminarEstivesse eu em tempo de escolher a profissão e quem sabe fosse a de camionista de pesados a que eu escolheria. Não tendo de o carregar às costas, porque não? Esses veículos de direcção assistida sempre devem ser bem melhores de conduzir do que uma carrinha Toyota que tive em tempos.
Beijinhos.
Nas entrelinhas das suas palavras vejo uma grande tristeza! Uma saudade enorme, e sem saber se algum dia a vai "matar" ... A Distância é muita...para um tempo que nos obriga ao confinamento! Amei
ResponderEliminar-
Ler com olhos de ler, coração comovido.
-
Beijos e um excelente noite Domingo, em casa.
Acho que já aqui frisei que sou melancólica por natureza, Cidália, assim como sou alegre e divertida e chata e aborrecida.
Eliminar:)
Beijos e boa semana.
Olhamos o céu, esse infinito que nos faz sonhar, e lamentamos estarmos presos neste confinamento de que não vemos o fim. Mas tudo passa. Como passarão as nuvens, por mais ou menos brancas que sejam.
ResponderEliminarAnima-te, Janita. :)
Esta bonito, nesse dia, o céu, Luísa.
EliminarAcho que devia empinar mais vezes o nariz...há mais beleza no ar do que no chão, ou talvez não, sei lá.:)
Beijos e boa semana.
Melhores hão-de vir, vai ver.
ResponderEliminarbji.
Hão-de vir melhores, iguais e piores, José.
EliminarO que é preciso é cá andar para vivê-los, essa é que é essa. :)
Beijinho
Até o sol raiar
ResponderEliminarBj
...e o dia findar e, de novo, recomeçar, Mar Arável!
EliminarVenham eles, os dias.
Beijinho
Não tarda acabará!
ResponderEliminarAté nós acabaremos...:)
EliminarBoa semana.
Hola querida Janita!!
ResponderEliminarEl final de tu poesía, me deja una reflexión...
Que estés muy bien... Pat
Hola, Pat querida.
EliminarEstoy bien sí, gracias.
No muy bien, muy bien, pero tampoco algun dia lo he estado.
Un abrazo.
Eu sou a nuvem branca
ResponderEliminara que te dirigiste
e sou eu agora que me dirijo
a ti
escureci
e sinto já que me vou transformar
em chuva de Abril
que o teu carvalho velho
sequioso
absorverá num sorvo
Amanhã, pela manhã
respira o fresco odor da terra por mim molhada
quanto a pássaros
não tardam. Nada tarda
no ciclo inevitável da Primavera
Gostei que tivesses falado
Adeus, Era nuvem
Agora sou chuva
O carvalho não é meu, Rogério,
Eliminarnem sequer lhe vejo o tronco
que suponho seja já velho e nodoso,
e da sua ramagem só lhe vejo a cor
já devia o amigo saber
o quanto o poeta tem de fingidor
Já eu, sou sol,
sou lua, sou vento,
sou tudo o que me vem à
cabeça, em dado momento.
Abraço. :)
Nunca enjeites um carvalho
Eliminarpor não lhe veres o tronco
sim
sei que finges ser
sol, lua, vento
e tudo o que tem vem à
cabeça, em dado momento
eu, não finjo
sou mesmo a nuvem branca
Gosto muito da nuvem branca; NÃO gosto da tua tristeza, querida amiga 🍀 da primeira hora‼
ResponderEliminarPronto, Teresa...já passou! :)
EliminarJá falta pouco.
ResponderEliminarCalma.
Beijinhos, boa semana
Para estes lados já falam em avanços que permitem um retorno progressivo à normalidade, Pedro.
EliminarBeijinhos, boa semana.
Bom dia
ResponderEliminarGostei mas não gostei !
Não sei se me fiz entender ?
Boa semana
JAFR
Perfeitamente!
EliminarVou ficar só com a parte boa e o amigo faça o mesmo. :)
Boa semana.
Não desesperes, vamo-nos aproximando por aqui a olhar as nuvens brancas que podemos imaginar serem fios de algodão doce :)
ResponderEliminarBoa semana
Beijinhos Janita
Nem mais, querida Manu!
EliminarEnquanto formos vendo nuvens, sejam negras ou brancas, é bom sinal. :)
Ba semana, beijinhos.
Que belas palavras poéticas, Janita! :)
ResponderEliminarPara os jovens e saudáveis, em breve as coisas começarão a aproximar-se de uma relativa normalidade. Mas muitos de nós sabemos que essa relativa normalidade não será para nós. Muitos, sabendo bem o pouco tempo que ainda têm, se vão perguntando se a essa relativa normalidade chegarão, de todo.
A mim, vai-me valendo este longo "doutoramento" em clausura que a minha realidade há muito me impôs. Mas rejubilarei quando vir os meus irmãos de espécie a passearem pelas ruas (ainda que correndo a raspar raspadinhas e a preencher boletins do euromilhões...) e estarei solidária com os muitos milhares que correrão a engrossar as filas dos centros de emprego. Poder-se-á esperar outra espécie de relativa normalidade? Não me parece. Não me parece mesmo nada.
Coragem e um beijinho grande, Janita!
Obrigada, Maria João.:)
EliminarÉ muita generosidade.
Também já fomos jovens e vivemos e passámos por outros tempos conturbados, sabemos da facilidade com que se ultrapassam os contratempos. Só agora compreendo muitas coisas que minha Mãe dizia. Também eles, os jovens de hoje, um dia nos entenderão os medos...
Para quê sonhar com riquezas? Partimos e nada levamos...
Beijinhos. :)
entre lamentos e ais...
ResponderEliminarnuvem eu fosse e sobre ti desabaria numa chuva de alegrias e de contentamentos que afogassem os teus lamentos e, de prazeres vários, ecoassem os teus ais!
Porém se fosse aquele carvalho de tronco envelhecido, engelhado e carcomido, talvez em mim não morassem pardais mas na minha sombra terias um lugar onde descansar o corpo e restaurar o espírito, sem pardais mas ouvindo outros pássaros mais.
Na impossibilidade de me materializar em quaisquer das hipóteses, só posso mesmo ler-te à distância, que é uma outra forma de te falar e de te ouvir!
Beijos empoleirados em sorrisos, muitos sorrisos.
Ehehehehe...Ai, Zé, o que gosto quando começas a filosofar!
Eliminar«...de prazeres vários, ecoassem os teus ais!» ahahaha
Esta parte está demais.
Beijos, a transbordar de risos. :)
eheheeehhh... (tu deste o mote e eu acompanhei)
EliminarAcho que até consegui ouvir as tuas gargalhadas.
Beijos!