As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo, porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo, porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade
Ele conhecia-o bem... e sabia dizê-lo ainda melhor!
ResponderEliminarUm poema lindo, que enternece quem o lê.
Boa noite amiga Janita.
ResponderEliminarNão sei não, se é de graça o amor
Me parece que ás vezes se paga caro?
Quando verdadeiro não deixa dor
Se for com a paixão encontrado.
A vida sem amor
E sem esperança
A tristeza e dor
Sem carinho de criança.
Não é feliz, não sabe amar
Se não tem coração
Continua pelas ruas a vaguear
Perdido na escuridão!
Desejo bom fim de semana para você,amiga Janita.
Um abraço
Eduardo.
Si el amor es pasión y felicidad hasta que se apaga la llama, y se vuelven lloros y tristezas,que no las puedes desechar,hasta que llegue otra vez el amor.
ResponderEliminarSaludos
"Eu te amo porque não amo
ResponderEliminarbastante ou demais a mim."
Nem mais, nem menos
É mesmo assim...
Aposto que a menina Janita não sabia que Carlos Drummond de Andrade a par de Vinicius de Moraes e João Cabral de Melo Neto, são três dos poetas brasileiros que mais aprecio.
ResponderEliminarQuerida Janita!
ResponderEliminarO amor é uma lição que nunca estará definitivamente aprendida.
"Eu te amo porque te amo"
O amor é assim... não tem como explicar.
C.D.A. é uma delícia, reli a tua excelente escolha com grande prazer.
Bom fim de semana, beijo e meu kandando com carinho.
Olá, Janita!
ResponderEliminarMuito bem escolhido está este tema,
de homem supostamente sábio nestas lides do amor.Que aqui introduz um conceito que se não será estranho, pelo menos será invulgar - falo naturalmente por mim, está claro:
O do amar sem ser amado, funcionando esse sentimento de sentido único como que dádiva, que o dador dispensará de ser retribuído pelo outro lado.
O comum dos cidadãos pensaria de forma diferente, suponho eu: que as coisas teriam que funcionar exactamente ao contrário, para poderem resultar.Ou serei eu que estarei completamente errado...? Se calhar...
E quanto ao amar outro alguém porque se não se ama o suficiente a si próprio - como forma de compensação - confesso que tenho dificuldade em aceitar.
Amar os outros será mais fácil quando gostamos de nós próprios, imagino eu...
E confesso que saio daqui baralhado...Se calhar tenho andado todo este tempo enganado...
Linda é a música e todas essas flores bonitas com pano de fundo; aqui acho que é fácil a unanimidade.
Bom fim de semana; beijinhos.
Vitor
Minha querida
ResponderEliminarNem os poetas conseguem descrever o amor...apenas se sente...não se consegue explicar.
Lindo este poema de Drummond e uma bela escolha.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Oi, Janita. Que lindeza isso!!! Sempre bom vir aqui. Você é especial e ainda põe Drummond? Beijão.
ResponderEliminarQuerida amiga Janita!
ResponderEliminarÀs vezes semeado no vento
O amor é coisa bonita
outras ele leva semente
para bem longe da gente
e tantas vezes por lá fica
O amor com amor se paga
isso era no antigamente
vai corroendo como uma praga
já não há amor entre a gente
Tenha um bom domingo
um beijinho grande,
José.
Olá querida Janita.
ResponderEliminarTrago poucas palavras minhas.
Talvez esteja mais na mudez
um abraço que quero abraça-lo bem
e abraça-lo outra vez
Enquanto ele dura, as palavras se contêm.
Um intervalo, a contemplação,
o silêncio rompido na retrospecção
.................
Máquina do Tempo
O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.
António Gedeão
Bom domingo, beijo e kandandos... Inté!
Esse poema é lindo, mas também vindo de quem vem...
ResponderEliminarBom Domingo!
"Amor foge a dicionários
ResponderEliminare a regulamentos vários."
bjs.