...Um gladíolo solitário... que vivia triste, num jardim tão triste e desprovido de graça, que até a sua pouca graça se perdia na triste desgraça de ter sobrevivido aos seus iguais. Em tempos idos, teve o seu período de esplendor. Todos os seus irmãos foram fenecendo na terra dura e faminta de carinho e alimento. Ano após ano, os bolbos mirravam sem ânimo nem força para irromper do solo para ver a luz do sol. Só ele, estoicamente, resistiu e lá foi florescendo.
Naquela manhã, chuvosa, de um Verão que teimava em confundir-se com a sua parente ainda distante chamada Outono, deixou -se cair por terra. Valeu-lhe alguém, que tanto veste a pele de cordeiro como mostra os dentes de lobo mau, com doses iguais de carrasco e benfeitora, que ao vê-lo tombado se condoeu, e, com alguns laivos de ternura, o levou para mais perto de si.
Mas, oh, bendita Natureza... um pequeno insecto, tão solitário e triste quanto ele, bebia, no interior do seu cálice, as pequenas gotículas de chuva abençoada. Aquela água que havia caído das nuvens e o tombou, matava a sede do pequenino ser sequioso e carente.
Porém, a ingratidão faz parte de todos seres vivos. Mal se sentiu observado e satisfeito, o vil insecto verde levantou voo para sitio incerto.
Caros Leitores & Amigos, qual acham que poderá ser a moral desta história de (des)encantar?
:) :) :)
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Faz o bem sem olhar a quem... :))
ResponderEliminarGostei dessa história, Janita, e do belo gladíolo.
Gostei da 'tua moral' para a história, Luísa. :)
EliminarDe facto eu não devia ter dito mal do insecto esverdeado por ele ter ido embora sem agradecer nem nada...:)afinal, ele tinha sede e o gladíolo saciou-a.
Beijinhos.
História bonita, Janita! Faz lembrar O Rapaz de Bronze da Sophia...
ResponderEliminarMoral? Que tal: «de mal agradecidos está o inferno cheio»?
Beijinho
Talvez a semelhança esteja na flor, Graça. :)
EliminarSerá que o insecto foi mal-agradecido? Ou estaremos no mundo para nos ajudarmos uns aos outros?
Agora a Luísa deixou-me na duvida se não terei sido demasiado rigorosa com o pobrezinho...:)
Beijinhos.
Uau. Que bonito :)) Tadinho do gladíolo :))
ResponderEliminarPoema do Gil António, que, foi gozar as suas merecidas férias e, " me deixou de serviço" kkkk :) Esperamos que entendam. Obrigada.
Cartas escritas em letras esquecidas
Bjos
Votos de uma boa noite
Entendemos perfeitamente, Larissa.
EliminarEscrever poesia não é tarefa fácil. Requer o seu tempo de descanso da mente.
Beijos.
Uma história linda, amiga.
ResponderEliminarHá um ditado que diz
"Quem tem a coragem de fazer o bem, tem que ter a sabedoria de suportar a ingratidão"
~
Um abraço
Grande e sábio provérbio esse, Elvira!
EliminarGostei imenso e já tomei nota.
Obrigada.
Um abraço.
Acertaste na flor que mais gosto, o Gladíolo. Bonito texto !
ResponderEliminarEste gladíolo foi o único que restou de um bonito canteiro que por aqui houve, nos meus saudáveis tempos de jardineira cuidadosa.
EliminarObrigada, Ricardo! :)
Moral da história, anda mei mundo a tramar outro meio :)
ResponderEliminarBeijo em TU
Achas mesmo, Noname? O insecto tramou a flor?
EliminarEle bebeu e foi à vidinha dele, a maldosa fui eu que o condenei.
Que mania temos de condenar as coisas que são tão naturais e próprias da vida...:)
Beijocas, mil.:)
Mural da estória: "Enquanto existirem boas almas nunca estarás só"!
ResponderEliminartambém os tenho! :)
Boa noite. Beijos
Excelente pensamento, Larissa.
EliminarUma lição de moral onde o altruísmo fala mais alto. Gostei.
Beijo e noite boa, para si.
Primeiro tenho que te dar os parabéns pelas três lindas fotos de uma flor que ngosto tanto, depois o texto...lindo, lindo, lindo, conseguiste através desta história que me deixou a pensar que os ingratos perdem a memória.
ResponderEliminarBeijinhos Janita
Obrigada, querida Manu! :)
EliminarOs ingratos perdem a memória talvez porque a ingratidão os cega e ficam com a memória embutida. :)
Beijinhos, Manu.
Esta estória dava pano para mangas, com múltiplas interpretações, contraditórias que seriam entre si. Isto sou eu a dizer...
ResponderEliminar1 beijinho com votos de uma boa noite.
Bolas!! "Pano para mangas com múltiplas interpretações, contraditórias", é coisa para levar uma peça de tecido inteira. Digo eu!...:)
EliminarBeijinhos de boa noute.
Bom dia
ResponderEliminaresta historia faz-me lembrar algumas Parábulas com que Cristo ensinava aos seus discípulos.
JAFR
Boa noite.
EliminarSerá que pensou na Parábola da Ovelha Desgarrada?
Longe de mim! Mais me valia ir pregar no deserto.
:)
Janita, amei as fotos e o texto.
ResponderEliminarMenina, tu estás numa fase de criatividade fantástica! Fotografia, prosa, poesia... tudo perfeito!
Quanto à moral da história, deixo para quem vier a seguir...
Beijo.
A minha amiga é um doce de pessoa.
EliminarE eu, uma ingrata, que ainda nem arranjei um bocadinho de tempo para a visitar.
Mas não é por mal, Teresa. Ainda agora, durante o tempo em que estive a responder aos comentários, fiz duas longas paragens para atender as chamadas dos meus filhos.
Ando na blogo, aos soluços.
Obrigada por tudo.
Beijinho
Guardadas estavam as gotículas para quem as haveria de beber!
ResponderEliminarBeijokas perfumadas com sorrisos
Nem mais! É como os bons bocados, né?
EliminarFolgo em ver-te cá pelo burgo, Mr. Kok.
Beijokas, sem gotículas e um largo sorriso. :-)
gostei das cores da história e do gladíolo :)
ResponderEliminarAchaste que é uma história com as cores de Verão, Laura? :)
EliminarBeijinho.