....enquanto o vento me soprar de feição!
Não é feito para mim
batel algum em que reme.
Mais ao vento solto a vela
e não ponho a mão no leme.
Navegarei confiado
num piloto que nem vejo.
Dentro de mim ou de fora
há seu saber e manejo.
Seja o esquife o de voar
de onda a onda e haja sorte.
Seja o de me abrir em terra
a porta viva da morte.
* * *
As palavras poéticas são de uma das personalidades mais extraordinárias do século XX. O filósofo / poeta / ensaísta / professor e pedagogo:
Agostinho da Silva 13/02/1906 - 03/04/1994 |
As fotos são minhas. |
Bom dia, fresco que está para Agosto.
ResponderEliminarUm Senhor, o Agostinho da Silva. O prazer que dava ouvir as suas Conversas Vadias!
bjis.
Boa tarde, quente, de um Agosto diferente.
EliminarOntem fresco, hoje amanheceu chuvoso e é isto que temos.
Um Senhor de saber imenso, sem alardes nem ostentações. Modesto e grande!
Beijo.
Adorava ouvir este senhor e volta e meia leio algo seu. Este que mostras está simplesmente genial.
ResponderEliminarQuanto às fotos:
a primeira está super bonita mas eu andar nele...jamé:)) iria antes a ndo.
a segunda bateu uma saudade porque na minha terra e no quintal dos meus pais eram aos molhos e são chamadas "beijos de mulata":))
Agora vou fazer o almoço e foi bom vir aqui mas as panelas estão a chamar...Já vouuuu ó minhas:)))
Beijocas e desculpa mas hoje estou assim:)
Também ouvi muitas das suas "Conversas Vadias". Era e é - no Youtube - um prazer ouvi-lo. Quando tenho tempo vou ouvir as entrevistas que deu à Maria Elisa e a outras jornalistas. Até nos sentimos umas formiguinhas perto de tanta sabedoria.
EliminarNão eras capaz de andar numa Caravela? Ah, eu andava, e sem medo. :)
Beijinhos e bom jantar! :)))
Bom dia
ResponderEliminarSobre o filósofo e poeta acho que a amiga diz tudo e as fotos são sempre uma agradável surpresa
JR
Boa tarde, Joaquim.
EliminarNão, eu não disse tudo, a bem dizer nem disse nada. Se o Joaquim quiser acrescentar algo mais esteja à vontade.
Obrigada e tudo de bom.
Gosto muitos de velas ao mar e estamos assim todos navegando em águas turbulentas_ como diz o poeta não vemos o piloto, mas o sentimos e seguramos firmes o leme.
ResponderEliminarUm grande e bonito fim de semana pra ti minha amiga.
com carinho
Velas ao vento, queres tu dizer Lis. :))
EliminarNavegando num barco à vela, creio que o piloto a que o Prof. se refere será aquele timoneiro invisível, que comanda os ventos, as marés e os nossos destinos também.
Igualmente para ti um fim de semana ameno e tranquilo.
Beijinhos e abraços.
Enorme Agostinho da Silva.
ResponderEliminarE o barco vai de partida!
Beijinho, Janita.
Enorme, simples, directo e sábio, o nosso filósofo.
EliminarPois é, António, devia ter aqui colocado o Fausto... olha que falta de imaginação a minha. E o que eu gosto das canções do álbum "Por esse Rio Acima". Fica para uma próxima, deixa lá.
Beijinhos e obrigada.
Navegarei confiado
ResponderEliminarnum piloto que nem vejo.
Dentro de mim ou de fora
há seu saber e manejo.
Suprema sabedoria! Conseguisse eu...
Mas, vamos arribando. Sinal de um lado, coincidência do outro e chegamos lá.
Um grande beijinho, Janita!
Sandra Martins
Suprema sabedoria e confiança no piloto que não vê, mas no qual confia e acredita leve a bom porto a Nau do seu destino.
EliminarÉ isso, amiga Sandra. Subindo e descendo este rio de emoções e sentimentos, que é a vida, cá vamos navegando em mares ora calmos ora bravios.
Um grande e grato abraço, querida Sandra.
Fique bem e animada.
Um enorme filósofo e poeta, sem dúvida alguma.
ResponderEliminar.
Saudações cordiais
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
É verdade, Ricardo, sem dúvida alguma um ser humano superior.
EliminarObrigada.
Saudações afáveis.
Também sou um admirador.
ResponderEliminarOlá, Luís!
EliminarNunca duvidaria disso, aliás, nem eu esperava outra coisa.
Obrigada, um abraço.
Eu adoro as tuas fotos, amiga!
ResponderEliminarBeijinhos
Viva, Manela.
EliminarAlgumas ficam bem, outras nem por isso.
Não tenho muita paciência para enquadrar os objectos ou pessoas.
A de cima é minha, mas foi o meu genro que a tirou, numa passeata que a família fez até à capital. :)
Beijinhos a braços.
Abraços!... Que tonta, pá, nem leio o que escrevo.
EliminarDesculpa.
Que o vento te sopre sempre de feição e nos brindes sempre com belos poemas, como este do grande Agostinho da Silva.
ResponderEliminargostei muito da tua hortense que coloriu mais ainda este teu cantinho.
Beijinhos amiga Janita
O que eu gostaria que os bons ventos me trouxessem, amiga Manu, era a saúde que anda a faltar-me, a mim e aos meus. O resto viria por acréscimo.
EliminarComo não mandamos, o remédio é aceitar o que nos está reservado.
Beijinhos e abraços cheios de amizade saudável, querida Manu.
O vento ajuda nos sempre.
ResponderEliminarÉ preciso é saber o sentido para onde ele sopra.
🙂
E quando os ventos sopram favoráreis à navegação, é ouro sobre azul, Miguel. Nós é que temos de manobrar as velas de modo a levar a barca a bom porto, mas sem vento nada feito.
Eliminar😚
Sim, sem vento o deserto toma conta.
EliminarAi resta nos domar o sol
🤨
Da minha janela vejo esse barco
ResponderEliminarE quando o não vejo, invento-o
nesse meu espaço!
Uma janela virada para o Tejo, com regatas e o Cristo-Rei de atalaia, é tudo o que há de melhor para alargar os horizontes da memória.
EliminarAgostinho da Silve era simplesmente BRILHANTE!
ResponderEliminarBeijinhos, bfds
Diz bem Pedro: Brilhante, sem ofuscar.
EliminarBeijinhos, bom FDS.
Bom dia de bom navegar, querida amiga Janita!
ResponderEliminarLinda imagem e um poema que me inspira no Piloto que nos escusa de leme ou timão. Ele nos conduz paz águas do mar sereno.
Tenha um bom final de semana!
Beijinhos com carinho e gratidão
Amiga Rosélia, também temos de saber manobrar as velas, não podemos deixar tudo a cargo do Piloto.
EliminarSe cruzarmos os braços poderemos ficar à deriva.
Beijinhos e um fim de semana em bom.
Que um porto de abrigo esteja sempre por perto!
ResponderEliminarAbraço
Assim seja, Rosa dos Ventos, que assim seja para todos nós.
EliminarAbraço.
Costumo dizer que somos «poetas à solta», mas a expressão é do nosso professor! Homem invulgar de quem muito admiro a obra.
ResponderEliminarBeijinho
É verdade, querida Ana, o nosso Filósofo/Professor foi, efectivamente, um homem invulgar. Segundo disse, talvez com alguns laivos de ironia, o homem não nasce para trabalhar, nasce para criar, para ser o tal poeta à solta. :)
EliminarUm ser humano muito especial.
Um beijinho grato pela visita.
Navegar por mares de palavras tão bem colhidas do sentimento de quem encontrou no vento o braço que acolhe e guia pelos sonhos de seguir nesta longa jornada vida a dentro. Muito bonito Janita a sua partilha.
ResponderEliminarBom fim de semana de navegar em belos momentos.
Beijo e paz amiga.
Amigo Toninho.
EliminarFico imensamente satisfeita por, na impossibilidade de vos oferecer sempre palavras minhas, faça as minhas escolhas entre os grandes nomes da Cultura Portuguesa, que tão bem acolhida é por todos vós.
Amigo, que as águas tumultuosas em que o povo brasileiro navega actualmente, e, no fundo, o Povo de um modo geral, se encaminhe em direcção a um porto seguro. Os tempos estão difíceis para todos.
Um beijinho com o meu agradecimento pelas visita e palavras amiga.
Feliz fim de semana.
Olá, Janita, não conhecia o poeta Agostinho da Silva, mas pelo poema que acabo de ler, aqui postado, era um grande poeta.
ResponderEliminarGostei muito de ler o seu poema, razão pela qual agradeço a partilha.
Espero ler em outra oportunidade, quem sabe em livro, algo mais desse intelectual, homem de grande saber.
Parabéns pela postagem.
Um bom final de semana,
Um abraço.
Olá, Pedro Luso.
EliminarNão me leve a mal, mas sinto-me perplexa pelo desconhecimento acerca da existência e obra deste grande homem das Letras, que viveu e ensinou durante tantos anos no Brasil.
Este pequeno poema representa uma ínfima gota de água no imenso oceano da sua obra.
Como foi perseguido pela polícia militar durante o regime do Estado Novo, saiu de Portugal. Depois de passar por vários países, radicou-se no Brasil desde 1947 até 1969, ano em que regressou, após a morte de Salazar.
Isto para lhe dizer que Agostinho da Silva e, se me permite, recorro à wikipédia:
"Estabeleceu-se inicialmente em São Paulo e depois mudou-se para o Itatiaia, onde fundou uma comunidade. Em 1948, começou a trabalhar no Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, estudando entomologia, e ensinando simultaneamente na Faculdade Fluminense de Filosofia. Colaborou com Jaime Cortesão na pesquisa sobre Alexandre de Gusmão. De 1952 a 1954, ensinou na Universidade Federal da Paraíba em João Pessoa e também em Pernambuco."
Que pena que, entre as figuras intelectualmente mais favorecidas do Brasil, este poeta / ensaísta / professor, pedagogo e filósofo, homem de grande saber, enorme estudioso, tenha passado despercebido.
Acho que entre nós, portugueses, se faz a nível académico uma maior divulgação dos escritores e poetas brasileiros.
Às vezes não perdemos nada em fazer umas visitinhas aos blogues simples deste lado do Atlâncico, né, meu amigo? :)
Um beijinho meu e o meu sincero agradecimento pela simpática visita, Pedro.
Querida Janita, não conhecia o poeta e gostei imenso de seu poema, com uma pitadinha dramática para a gente não ficar muito dona do pedaço...Estamos num momento que tempos de ser um tiquinho humildes, como dizemos aqui, com essa pandemia no mundo inteiro, e cada vez com mais cepas novas, não estamos com a 'bola muito cheia'.
ResponderEliminarSeja o esquife o de voar
de onda a onda e haja sorte.
Seja o de me abrir em terra
a porta viva da morte.
Um ótimo fim de semana, sempre com muitos cuidados.
Beijinho!
Querida amiga Tais.
EliminarAcho que deve trocar umas breves impressões com Pedro, para indagar juntos quem foi Agostinho da Silva. Creio que ficarão ambos muito contentes e melhor informados sobre os nossos valores culturais e humanístas.
Não entendi isso da «bola cheia» amiga. Deve ser uma expressão muito vossa e pouco usada, porque nunca ouvi, nem nas novelas.
A pandemia anda a entupir também nosso cérebro, com tanto confinamento, sim.
Um grande abraço e beijinhos virtuais, inócuos e benfazejos.
Um génio que parece um tanto esquecido.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom fim de semana
É verdade, amiga Elvira.
EliminarPor estranho que pareça, somos pouco conhecidos além fronteiras e além-mar, tal como no tempo da outra senhora.
Abraço e saúde.
La foto del barco es preciosa ♥
ResponderEliminarHola, Malindha, bienvenida.
EliminarGracias por tú visita. 😊