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Na tua urgência de viver,
De forma desenfreada,
Esqueceste que eu existia.
Amei-te e sofri calada.
De forma desenfreada,
Esqueceste que eu existia.
Amei-te e sofri calada.
Mas hoje no Outono da minha vida
E no tempo do teu já quase Inverno
Vens suplicar o meu amor
Não sei se ceda ao teu pedido terno.
E no tempo do teu já quase Inverno
Vens suplicar o meu amor
Não sei se ceda ao teu pedido terno.
Penso - É feito de fogo urgente
O amor vivido na juventude
Talvez agora os beijos da tua boca
O amor vivido na juventude
Talvez agora os beijos da tua boca
Saboreados com vagar, lentamente
Me saibam melhor sejam mais doces
Venham reacender a antiga fogueira louca
Me saibam melhor sejam mais doces
Venham reacender a antiga fogueira louca
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Gosto da feição contemporânea deste soneto, minha amiga. Pela referência às metáforas do outono e do inverso, fez-me lembrar um conto de Fialho de Almeida, A Velha. “Uma história um poucochinho triste”, como diz o narrador. Sem spoiler. Lá, como aqui, o eu e tu dialogam sobre a possiblidade do reencontro, sabendo que tal possiblidade só é conhecida porque, aqui, neste soneto, o Eu a nomeia, a inscreve. Nota-se, ainda queira mostrar alheamento, o jogo institui-se, a ilusão reina, o que nos leva a supor uma “harmonia” entre o Eu e o Tu ou a possibilidade de recuperar o vivido.
ResponderEliminarA arquitetura métrica talvez denuncie a instabilidade do Eu, mais desabrido, mais contido, medindo o passo seguinte ao imaginar que “os beijos da tua boca saboreados com vagar... seriam diferentes do “fogo urgente do amor vivido na juventude".
Uma boa noite, minha amiga Janita!
Beijinhos,
Bom dia, querido amigo José Carlos!
EliminarConheço essa história "um pouco triste", como adverte o seu autor. Felizmente, para essa e outras 'velhas', haverá sempre uma chama de afecto que lhes aquece o coração magoado.
A minha chama 'literária' chega-me, atravessando o Atlântico, nas palavras do meu dilecto amigo. 😊
Muito grata por isso.
Beijinhos
Nunca é tarde...
ResponderEliminarSe a química está lá...
Beijinhos, bfds
Tal e qual, Pedro!
EliminarSe restar alguma química - se...nada garante - mas se restar, quantas fogueiras não despertam sob as cinzas aparentemente apagadas? 😊
Beijinhos, bom fds.
Nessas coisas eu já estou para lá do inverno. Nem vale a pena pensar mais nisso. Há muitas outras coisas que ganharam importância na minha vida, acordar todos os dias ainda a respirar!
ResponderEliminarAssim como a Fénix renasce das cinzas também os afectos podem renascer. Lá dizia o 'outro' : "O lume ao pé da estopa vem o diabo e sopra-lhe". 😊
EliminarMas mesmo sem lume nem diabo, só o acordar vivo e com motivos para manter viva a chama prazeirosa da escrita, já é uma forte razão para desejar acordar. Então não é?!
👍
Essa é a minha filosofia!
EliminarJá me havia apercebido e congratulo-o por isso! 😊
EliminarBom dia
ResponderEliminarUm soneto feito com uma grande delicadeza e com uma chama que não se apaga .
JR
Sobretudo, a chama da esperança, caro JR.
EliminarEssa, tento mantê-la sempre acesa.👍
Boa noite e obrigada.
Excelente!
ResponderEliminarBeijinho, Janita, boa tarde de sexta.
Boa noite, agora, António!
EliminarQue bom ter-te agradado este meu devaneio. 😊
Beijinhos.
Houve, há tempos e outros tempos hão-de vir. Tempos de desvarios e tempos do reconhecimento de erros e má fortuna, ardente ou não. Se possível, por que não uma reconciliação, mesmo que sem a fogosidade louca da juventude?
ResponderEliminarSim, porque não?
EliminarPreciso é que a chama ainda arda e tenha algum calor.
Caso contrário, não!
Beijinhos e bom fds, José.
Soneto deslumbrante que me fascinou ler.
ResponderEliminar.
Saudações poéticas. Feliz fim de semana.
.
Poema: “”Idosos, lágrimas caindo””…
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Grata pelo apreço, caro Rycardo.
EliminarSaudações e um bom fim-de-semana.
Belo soneto mas além da química também tem que haver a física! :))
ResponderEliminarAbraço
Minha amiga, física e química têm de andar sempre juntas, se não a faísca não ateia fogo algum...😂
EliminarAbraço
Excelente amiga.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Muito obrigada, Amiga Elvira.
EliminarUm forte abraço e tudo de bom.
Muito, mas muito bonito e com uma grande dose de verdade. Gostei imenso. Também gostei da foto e do teu belo rabinho de cavalo:)))
ResponderEliminarBeijocas e um bom dia
Verdade tão possível quão possíveis são as palavras fictícias, querida amiga!! 😂
EliminarBeijinhos e bom domingo, que o sãbado já foi.
Nunca deixes apagar a paixão, nunca é tarde para amar.
ResponderEliminarBonito poema.
Beijinhos amiga
Vou fazendo os possíveis, querida Manu.
EliminarSobretudo, para manter viva a a paixão por este convívio virtual.
Se bem que nós já sejamos 'velhas' conhecidas, verdade?! 😊
Beijinhos e abraços, Amiga!
Gosto de ver o quanto de poeta todos tem.
ResponderEliminarAqui uma bela inspiração, que faz reacender a chama, que espera o amor e faz um canto belo num poema, que vem do coração ornado de esperanças.
Belo trabalho Janita.
Aplausos..