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Gente Com RaçaQue gente loucaQue anda por aí à soltaMatando e morrendoPor um pedaço de terra!Que loucura é estaDe gente que coabitaCom seu irmão apátridaSem eira nem beiraDormindo ao relentoTendo como companheiraA lua cheiaE a berma da estradaComo travesseira!Gente ciganaGente com raçaQue recomeçaDia após diaNova caminhadaE se faz à estradaAo romper da auroraDespido de tudoVestido de nada!Gente ciganaQue parte contenteE que alegra a genteDa minha cidadeAo som da guitarraSeu modo de vidaGente excluídaMas que não é diferenteDe ti, meu irmão!...
Poema da Poetisa Maria Noémia Ribeiro da Cunha 'in' "A Densidade do Silêncio"
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Tantas verdades nessa bela poesia que escolheste compartilhar! beijos, chica
ResponderEliminarFico muito contente com o teu agrado, querida Chica!
EliminarEntre as pessoas de etnia cigana há gente boa e menos boa, como de resto em todas as sociedades.
Na minha meninice convivi com uma família cigana de comerciantes abastados, os dois filhos, um rapaz lindo de olhos claros e pele morena trazia as moças, da idade da minha irmã, eu era ainda criança, pelo beicinho. A irmã dele era amiga da minha e ela, não obstante os avisos da nossa mãe para não brincarmos " com os ciganos", fomos muitas vezes a sua casa.
A mãe, uma senhora algo obesa e de trato afável, era sempre encantadora.
Tudo isto para deixar claro que não sinto qualquer tipo de preconceito, apesar de já ter sido lesada /burlada por um, que me vendeu gato por lebre...Bem feita para mim, que queria comprar "galinha gorda por pouco dinheiro".
A razão desta longa resposta, provavelmente tão longe da tua realidade, Chica amiga, acontece porque tenciono remeter para aqui qualquer nota pejorativa a respeito 'dos ciganos'. 😋
Beijinhos e obrigada.
Ilustre desconhecida, cujo poema me agradou.
ResponderEliminarA inspiração solta do título do livro 📕
Agora vou ver e ouvir o „Amor mio“
Abraço-te no início do fim-de-semana 🌸
Querida Teresa, há longos, longos anos, que sou fã dos Gipsy Kings e das danças e cantos ciganos. Acho que nas minhas veias ainda corre algum sangue oriundo dessa gente nómada, que a evolução dos tempos tem obrigado a fixar-se.
EliminarNeste livro há muitos e belos poemas, muitos deles dedicados a lugares e recantos do nosso belo país, para além, como é óbvio, muito dos sentires e das angústias que habitavam na alma da sua autora. Aos poucos dá-la-ei a conhecer e, claro, eu própria a irei conhecendo melhor.
Um grande abraço, Teresa. 🌞 🌼
Não conhecia a autora, mas o poema agradou-me e muito.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Com a alma sensível e receptiva à boa poesia que a Elvira guarda em si, não me surpreendi com seu agrado, mas fiquei imensamente contente!
EliminarUm abraço, com amizade. 🌻
Poema oportuno... sou amigo de imensos sem-abrigo
ResponderEliminarQuanto à autora, conheço e dou-me com uma família Ribeiro da Cunha
vou ver se há algum laço...
Beijos
Quem é amigo dos menos favorecidos pela sorte e tem na alma o desejo profundo de mudar o mundo, não faz nada de mais em oferecer a sua amizade àqueles que nem um tecto têm. Mas aqui, o tema é a gente de etnia cigana, Rogério!
EliminarQuanto à família Ribeiro da Cunha, até pode ser a mesma, tanto mais que também andaste uns anos cá pelo Norte.
Beijinhos.
No comment!!!
ResponderEliminarPois faz mal!!! E agora, para castigo, vou recambiá-lo para a resposta que dei à Chica. 😬
EliminarNão conhecia a autora e gostei imenso deste seu poema com uma lição de vida!
ResponderEliminarQuanto ao vídeo há muito que não os ouvia...são mesmo imtemporáveis!
Beijos e um bom dia
Olá, Fatyly.
ResponderEliminarOutros poemas hão-de vir à luz deste espaço, pois cada um é sempre mais belo do que o anterior. Irei é intercalando a Poesia com outros temas para não entediar muito os leitores, já que até o belo se for mutio repetido acaba por cansar. Esse é o mal de quem publica diariamente mais do mesmo...
Beijinhos e bom FDS.
Belo poema mas nunca ouvi que um cigano matasse por um palmo de terra!
ResponderEliminarAbraço
Se eu fosse enfatizar o poema diria como dizem certos poetas praí: que na poesia vale tudo a coberto de uma bela metáfora, etc, etc, Não sabendo eu bem onde a poetisa quis chegar vou eu dar a minha achega e digo assim:
Eliminar"Que gente louca
Que anda por aí à solta
Matando e morrendo
Por um pedaço de terra!"
Esta parte do poema diz/dirá respeito aos migrantes que não matam mas vão morrendo por um pedaço de terra onde pudessem viver em paz.
O resto, atribui-se ou atribui eu, à forma de viver nómada dos ciganos. Que me perdoe a autora pelo abuso meu.
Já os ciganos matavam por ciúmes, sim, matam em rixas contra quem ofende ou lesa algum dos seus. Por um pedaço de terra, realmente não! Pois se eles não queriam criar raízes, né?
Abraço!
Um poema que me cala fundo no meu coração.
ResponderEliminarSempre fui fã deste grupo.
Beijinhos Janita
Também gostei muito deste poema, Manu.
EliminarÉ como um grito de dor em defesa dos mais fracos e desprotegidos. Poderia até a autora ter outra ideia em mente, mas cada um sente e interpreta a poesia à sua maneira.
Um beijinho amigo, Manu
Saiu anónimo, mas sou a Manu
ResponderEliminarFizeste bem em dizer!
EliminarBeijinhos.
Bom dia
ResponderEliminarO importante nisto tudo é mesmo a poesia e a bela canção .
JR