sexta-feira, 20 de abril de 2012

Proximidades.





Imagem da Net.
Num livro do autor Ruediger Schache, que ando a ler, há uma passagem que achei muito interessante e resolvi partilhar convosco. À primeira vista poderá parecer-nos que tudo isto é bastante óbvio, mas provavelmente não será tanto assim. Tanto mais que assumir medos não é fácil, por pensarmos ser uma fraqueza ou consequência de algo que nos marcou e não queremos sequer recordar.
Deixo à vossa apreciação...




A força que busca a proximidade.
"No fundo, todos desejamos proximidade. Como seres humanos, queremos ter a sensação de não estarmos sós e de sermos compreendidos. Como mamíferos que somos, o nosso corpo procura a proximidade e o contacto com outros. A criança dentro de todos nós procura segurança, protecção e um jogo em conjunto. Todas estas forças dentro de nós clamam por uma ligação e por um encontro com outras pessoas. Este é o nosso desejo profundo.
A força que rejeita a proximidade.
Essa força é sempre o medo! Os dois maiores medos são o medo de ser magoado e o medo de ser abandonado.
Pensamos que ser magoado só é possível quando mostramos o nosso lado sensível ao outro. Por isso, muitas vezes, são construídas várias fachadas como muros de protecção, umas a seguir às outras. Sempre que uma cai, a ameaça torna-se um pouco maior do que era.
Ser abandonado…só é possível se nos tivermos ligado antes. Quando nos abrimos e nos entregamos ao outro. O intelecto inconsciente, para realizar a sua missão de protecção, tenta evitá-lo. Inventa motivos, como por exemplo, o de não ter necessidade nem tempo para um relacionamento realmente íntimo."

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 E agora  a pergunta que se impõe: e quando estas duas forças entram em conflito...que fazer? Pois é...dessa parte  o livro não fala! Alguém sabe?

15 comentários:

  1. Pois!!!... Muito interessante!
    beijinhos.
    (fiquei sem palavras para comentar)

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  2. Amiga Janita tens razão!
    Tudo na teoria é fácil de compreender e aceitar como óbvio, o pior é mesmo a prática.
    Nunca recebemos se não damos, mas saber a quem dar, é aqui que está a dificuldade.
    Não sei se me fiz entender :)

    beijinho e bom fim de semana

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  3. Agora já conheço essa 'força que rejeita a proximidade’...
    Mas um dia vou perder o medo. Um dia...

    Vou reflectir bastante sobre o texto.

    Bjis e um excelente fim-de-semana :)

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  4. Las fuerzas como bien dices y preguntas,cuando se encuentra dos fuerzas idénticas con los mismos problemas ,creo que esas fuerzas se quedan un poco vacías del poder que creían tener.

    Saludos

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  5. Olá, Janita!

    Essa é daquela perguntas que valerão o tal milhão de dólares, e para a qual não creio que possa haver uma resposta padrão...Só mesmo arriscando, porque doutro modo nunca saberemos - e aqui voltamos ao ponto de partida, não é ...?

    Mas penso quem se "dispa" perante o outro e dele mostrar gostar, sairá sempre magoado, duma forma ou outra, se o sentimento não for retribuído - ou se um dia acabar...

    Beijinhos; boa noite, fica bem.
    Vitor

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  6. Janita amiga,
    Creio que estas duas forças estão sempre em conflito. No entanto, creio que a proximidade, bem intencionada, acabará por prevalecer e superar as barreiras do medo que instintivamente a rejeitam.
    É... um risco. E quem não arrisca...
    Um carinho, com muita proximidade.
    Jorge

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  7. Conflito de medos? Desses medos? Julgo que toca no que posso considerar o individualismo feroz que por aí grassa e abunda. Os medos exacerbados e os seus conflitos são casos clínicos. É isso, minha querida, vivemos numa sociedade doente. O medo, é, em doses normais, um comportamento instintivo e, por isso natural. Diz-no o juízo, que é saudável manter o equilíbrio e o domínio dos medos... Por exemplo: eu dou-me, mas nunca me entrego, pois preservo sempre uma parte da minha intimidade. Quando revelo, mais um pouco, surpreendo. Se mo fazem o mesmo, eu acho espectacular. O medo de ser abandonado nunca me aconteceu. Estranha? Também eu :)

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  8. O livro não fala disso porque o próprio autor não sabe.

    Entramos num campo semelhante à filosofia.
    Que não é fácil.

    Beijocas

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  9. O problema poderá estar nas nossas memórias, que nos acompanham sempre.
    Não creio na inevitabilidade, nem na predestinação das coisas.
    Assim há que conviver bem com as memórias (nada se esquece) e ousar tentar ser feliz uma vez mais.
    A vida é um risco contínuo e quem não arriscou já perdeu em definitivo.

    Beijinhos, Janita.

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  10. Andas a ler coisas muito interessantes e que dão que pensar. Eu por acaso é mais bolos..

    também vou pensar naquilo... quero dizer, na cena da proximidade. Vou mesmo.

    Beijocas e bom domingo.

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  11. No fundo os blogues são isso: Queremos a proximidade uns dos outros através de comentários mas, ao mesmo tempo, estamos afastados o suficiente para que não sejamos incomodados (a não ser que queiramos mesmo isso). lololololololol.
    Beijinhos e bom Domingo. (Hoje deu-me mesmo prá tolice) :D

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  12. Interessante seria o livro focar ees área!

    Boa semana

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  13. Quando se fala de seres humanos não há receitas nem fórmulas matemáticas, Janita.
    Não é pelo facto de os mercados ( e os governos) tratarem o futuro das pessoas com base em modelos aprendidos nos manuais nas faculdades, que a receite se revela eficaz. Será que respondi à tua pergunta?
    Beijos

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  14. Querida Janita

    Medo, ou seu conceito, é coisa boa.
    É o meio que a Natureza tem para nos alertar os sentidos.
    Costuma dizer-se (por cá) que Homem (ou Mulher) prevenido vale por dois.
    Só isso!
    Pena que o livro aborde apenas um dos lados.

    Beijos

    SOL
    http://acordarsonhando.blogspot.pt/

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