Onde estão os meus verdes?
Os meus azuis?
O arranha-céu comeu!
E ainda falam nos mastodontes, nos brontossauros,
nos tiranossauros,
Que mais sei eu...
Os verdadeiros monstros, os papões, são eles, os arranha-céus!
Daqui
Do fundo
Das suas goelas
Só vemos o céu, estreitamente, através de suas empinadas
gargantas ressecas.
Para que lhes serviu beberem tanta luz?!
Defronte
À janela onde trabalho
Há uma grande árvore...
Mas já estão gestando um monstro de permeio!
Sim, uma grande árvore...Enquanto há verde,
Pastai, pastai, os olhos meus...
Uma grande árvore muito verde...Ah,
Todos os meus olhares são de adeus
Como um último olhar de um condenado!
Poema de Circunstância - Autor: Mário Quintana.
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Eu ainda vou tendo a sorte
de poder desfrutar dos meus verdes...
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E convosco, como são as cores
que observam das vossas janelas?
Espero e desejo que ainda sejam belas!
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Interessante o contraponto que o autor estabelece entre os altos edifícios e as árvores, este é o mundo do betão e do lucro.
ResponderEliminarDa minha janela tenho direito, apenas, à minha nesga de céu.
Bom Dia, um abraço.
É esse o flagelo das grandes cidades. As contruções onde albergar o maior número de habitantes, no menor número de M2.
EliminarO Luís não reconheceu este edifício? É dos 'arranha-céus' mais antigos da cidade. O das Antas é bem mais recente.
Muito obrigada.
Um abraço, e um Bom Dia.
Confesso que não reconheci, quando vou ao Porto nunca vou para essa zona, já o devo ter visto quando entro na cidade pelas Antas mas não ficou na minha memória.
EliminarUm abraço.
Este edifício é o Hotel Dom Henrique, Luís.
EliminarFica na R. do Bolhão, no cruzamento com a R. Guedes de Azevedo.
Eu fiz a fotografia a partir do Silo Auto, o parque de estacionamento que fica mesmo em frente.
Não é nas Antas, é mais na Baixa, a dois passos da R. Sá da Bandeira. Já está a ver?
Abraço e obrigada.
Já tenho uma ideia, quando lá passar vou estar atento. Obrigado.
Eliminar
ResponderEliminarÉ o "fruto" da evolução da vida.
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Cumprimentos poéticos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Frutos, na maior parte das vezes, mais apodrecidos do que sãos, caro Rycardo.
EliminarObrigada, com cumprimentos retribuidos.
Quando comprámos a casa via campos e a serra ao longe, agora estou rodeada de casas.
ResponderEliminarApesar de tudo, quando abro a janela do quarto vejo uma árvore outonal e uma figueira além da laranjeira, do limoeiro e do alecrim do meu jardinzito.
Abraço
Agora, penso que estás rodeada de casas, Conventos e Mosteiros, não? Para além do teu limoeiro e da figueira, um de folha caduca e o outro de folha perene - o que se torna uma vantagem de verde todo o ano - se olhares para cima tens o azul do céu.
EliminarAbraço e obrigada, Leo. :)
Daqui de minha janela ainda vejo um belo cenário, muitas árvores e o céu que encanta sempre! Pena esses espigões que em nomme do progresso, tiram cada vez mais os verdes! beijos, chica
ResponderEliminarAh, querida Chica...oe teus céus são famosos de tão belos!
EliminarEm São Paulo parece-me onde há mais mastodontes e menos verde, ou não? É a ideia que tenho, mas posso estar enganada.
Beijinhos e obrigada, amiga.
O poema de Mário Quintana relata o que sinto e que é por todo o mundo.
ResponderEliminarNo mandato do Seara andaram a pôr árvores de crescimento rápido.Tenho uma mesmo à frente da minha janela que já está quase despida de folhas que deita um pó castanho que é dose! Em três vivendas construíram "dinossauros" e adeus às vistas verdejantes, da serra e o seu castelo.
Fizemos na altura um abaixo assinado e S.Exª não ligou. Veio a Edite Estrela e embargou várias construções mas alguns foram feitos à revelia. Felizmente que foi considerada uma zona protegida caso contrário o maldito betão daria cabo de toda a zona envolvente da serra. Morreu imensa gente velhota e os herdeiros agora só reabilitam casas e apartamentos e nem imaginas a especulação imobiliária quer na venda quer nas rendas.
Felizmente tenho um teto arrendado há 43 anos cuja renda foi actualizada mas se pudesse bem que saía, enquanto muitos infelizmente nem isso têm.
As tuas vistas são lindas.
Beijocas e um bom dia
Olá, Fatyly
EliminarCom todos os males tens o privilégio de viver numa das Vilas mais belas de Portugal. Quando quiseres ver verdes e azuis, é só subir ao Palácio da Pena. Há sempre quem esteja muito pior do que nós.
Ao plantar as árvores nas ruas, deveriam os autarcas de ter o cuidado de que não fossem de folha caduca. Mas eles é que são os «presidentes da junta», como dizia o outro, né?
Beijocas e vamos lá continuar a olhar o Céu. :)
Bom dia
ResponderEliminarO poema para além de bem feito , faz todo o sentido .
As fotos como sempre , magnificas.
A minha casa é terreira , e das janelas não tenho grandes vistas , mas muito perto tenho a vantagem de caminhar onde há muito verde e poder respirar o ar puro.
JR
O autor é um dos mais prestigiados poetas do Brasil, amigo JR.
EliminarDele, só podiam sair obras de alta qualidade.
Saia, procure os melhores e mais verdinhos lugares, olhe o céu e...nunca perca a Esperança em dias melhores.
Um abraço amigo.
Felizmente e apesar de viver numa cidade, como é na periferia, tenho muito verde e um céu lindo, mal abro a janela.
ResponderEliminarUma comparação muito bem feita, acompanhada com um belo poema.
Beijinhos amiga
Que bom, se vives em Óbidos, estás em bom lugar, querida Manu.
EliminarUm beijinho muito grande, com todo o meu desejo de muito verde e muito azul, na tua vida.
Se conhecesse Quintana e com ele privasse
ResponderEliminarhavia de o convidar a fazer um poema
inspirado no que lhe inspirasse
as cenas vistas da minha janela
ei-las
https://youtu.be/rE7jLhhEBAo
E Mário Quintana
EliminarAo ouvir tão belo som,
trinado tão afinado,
o Tejo envolto em neblina
vendo o Cristo-Rei pronto a abraçá-lo
Escrever-lhe-ia um poema
tão belo e sentido
como belo e sofrido é
o nosso Fado.
Um forte abraço, Rogério.
Mário Quintana... e eu cruzava com ele na Rua da Praia, parado nas esquinas conversando com fãs e amigos. Tinha dias certos para mostrar seu enorme talento, suas impressões da cidade que amava nos programas de horário nobre, ele parecia um menino que tinha respostas pra tudo, e não se intimidava, não! Saudades de Qujntana, um gaúcho de Alegrete, mas que passou a maior parte de sua vida em Porto Alegre.
ResponderEliminarPostagem linda, Janita!
Beijinhos, feliz semana!
Querida amiga, deve ter sido um grande privilégio ter privado com o grande Poeta Passarinhante.
EliminarTambém adoro a sua poesia, tão sentida e, simultâneamente, tão realista.
Um grande bem-haja, querida Taís.
(também para mim, é um privilégio tê-la como minha amiga)
Tenho a felicidade de em frente à casa onde moro haver um jardim publico.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Ah, Francisco...nos dias que correm, isso é um privilégio raro.
EliminarAproveitem e desfrutem desse pulmão verde que têm em frente à vossa casa.
Um abraço e obrigada.