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Livro que ando a ler e irei partilhando algumas passagens com os meus estimados leitores. |
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA (I)
Naqueles dias descobri Maria Padilha.
Ela nascera nas favelas do Rio e, em poucos anos, invadiu os bairros pobres do norte da cidade.
Tinha o tamanho de uma mulher.
Vestia meias de seda e uma saia muito curta, com uma racha que lhe mostrava a liga e lhe despia as coxas, e uma blusa justa, meio aberta, por onde lhe saltava o peito. Estava coberta de pulseiras e de colares que os fiéis lhe ofereciam. E entre os dedos de longas unhas vermelhas segurava um cigarro americano com filtro.
A figura de cera de Maria Padilha guardava as portas das lojas de umbanda. Mas onde ela realmente vivia era nos corpos das suas sacerdotisas dos terreiros. Maria Padilha entrava nessas mulheres e, a partir delas, ria-se às gargalhadas, bebia, fumava, respondia às consultas, dava conselhos, desfazia maus-olhados e até era capaz de seduzir o Diabo para conseguir que ele ajudasse quem estivesse a precisar.
Maria Padilha, deusa maldita, puta divinizada, encarnava nas mulheres que eram, na vida real, putas profissionais. Elas encarnavam-se a si próprias, de certa forma, mas ao contrário. Cada cerimónia era um ritual de dignidade.
Achavam que eu era uma cabra? Sou uma Deusa!
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Tradução de Helena Pitta.
Página 58
E eu fico aqui a acompanhar.
ResponderEliminarBeijinhos
E eu, agradeço a sua simpática e agradável companhia, Pedro.
EliminarBeijinhos.
Acredito que seja um livro muito interessante de ler
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Se atendermos a que se trata de experiências vividas pelo autor, onde a ficcão, se entrar, será para colorir um pouco as narrativas, creio bem que seja interessante, sim. Ainda não li tudo. :)
EliminarCumprimentos, gratos pela visita
Bom dia
ResponderEliminarParece me interessante.
JR
E é, para quem sentir interesse nestas vivências, caro JR!
EliminarBoa tarde e obrigada.
Belo trecho! Boas leituras! beijos, chica
ResponderEliminarObrigada, querida Chica, aguardo a tua companhia nos próximos textos que for pubicando. :)
EliminarBeijinhos
Pedindo desde já mil desculpas não me suscitou curiosidade e ou interessante porque digo sempre a minha verdade sentida. Leio muito mas actualmente coisas mais leves já chega de atrocidades e sofrimento.
ResponderEliminarBeijocas e uma boa tarde
EliminarNada a desculpar, cara Fatyly. Cada um lê o que gosta e lhe agrada. Agora, isso que referes ser a "tua verdade sentida" não significa que seja uma verdade absoluta e que tudo o resto seja mentira ou desinteressante.
EliminarPelo que publiquei não podes avaliar toda uma obra, aliás, este texto de pesado até nem tem nada. Acho que estás a fazer julgamentos precipitados, mas tu é que sabes.
Eu só sei que nada sei...:))
Beijos e um dia feliz.
Mas irei acompanhar as tuas publicações e disso só abrirei mão se morrer:)))
EliminarUm Xicoração
VALENTE!! :))
EliminarParece-me um trabalho pesado. O que não significa abstenção à sua leitura.
ResponderEliminarBeijinho, Janita.
Amigo António, "trabalho pesado" é trabalhar em pedreiras ou em cima de andaimes nas obras de construção, sem medidas de segurança, mas sim, a vida durante os tempos de ditaduras, não era fácil. Agora, com tantas guerras, instabilidade sanitária e greves constantes...egoísmo e indiferenças, também não.
EliminarBeijinho e obrigada pela companhia.
Eduardo Galeano é "uma voz". É positiva a leitura das obras que nos formam e permitem distinguir "o trigo do joio" para que não sejamos intoxicados pelo que hoje se chama "a verdade única" sem nos permitirem alternativas que nos esclareçam.
ResponderEliminarApreciei a publicação.
Uma voz que deu ânimo a muitos desanimados. Uma força, uma vontade inquebrantável na luta pela liberdade de expressão e de escolha. Um humanista, um grande Homem!
EliminarMuito obrigada.
Um abraço
A literatura sul-americana é normalmente muito dorida.
ResponderEliminarNão conheço este autor.
Abraço
Não gosto de generalizar, pois há muita literatura de escritores sul-americanos que até escrevem com muito sentido de humor.
EliminarTudo depende do tema abordado.
Conheces, tenho a certeza, podes é não te lembrar agora, Leo.
Um abraço.
As minhas leituras mais recentes deram origem a este comentário.
EliminarAbraço
Vou continuar a acompanhar a leitura deste autor que desconhecia, só o nome.
ResponderEliminarEspero que tudo corra bem
Beijinhos amiga
Fazes bem, Manu.
EliminarJá estive a preparar outra publicação totalmente diferente, mas do mesmo livro. Recuei no número de páginas para vos mostrar que nem tudo é o que parece. Entretanto, vamos ter uns sorrisos pelo meio para desanuviar... :))
Ontem, voltei para trás porque a médica ainda estava de férias.
Beijinhos e obrigada, amiga.
Deixou-me curiosa... Vou acompanhar!
ResponderEliminarSaúdinha!
Beijos. Boa tarde
Cara Cidália, vou tentar ser o mais eclética possível na escolha dos textos que publicar, de modo a agradar a todos. Se vou conseguir ou não, isso já são outros 500. :)
EliminarSaúde também para si e para os seus.
Boa noite.
Este trecho faz adivinhar uma realidade intemporal, comum a todos os tempos e latitudes. Os altares aonde os devotos acorrem podem variar, o incenso é universal.
ResponderEliminarO EG sabe como dizer para todos entenderem.
É claro, memórias são memórias, libertadoras ou perturbadoras, ilusórias ou verdadeiras. Cada um tem as suas.
Gostei de ler aqui, Janita. Bom trabalho.
Beijo.
Amigo Agostinho, a sua extrema generosidade, cultura, compreensão, disposição para apoiar os demais, é algo que sinto como um conforto tão profundo, que me levou às lágrimas.
EliminarBem-haja por ter vindo.
Um grande abraço do fundo do coração.
Parece bem interessante!
ResponderEliminarBeijos
Janita,
ResponderEliminarVou acompanhar
sempre me inspirando.
Bjins
CatiahoAlc.
Muito grata por me acompanhar nesta iniciativa de partilha das minhas leituras actuais, Catia. :)
EliminarUm abraço amigo.
Deve ser um livro interessantíssimo.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Como escritora de Contos, a opinião final da Elvira vai contar muito. Tanto para mim, como para os restantes leitores, pelo que agradeço a sua presença.
EliminarUm forte abraço e muita saúde.
Gostei. Vou aguardar pelas próximas partilhas :)
ResponderEliminarOk, Gábi, agradeço. :)
EliminarVou ter que usar de muita sagacidade e sabedoria, na selecção dos textos para publicar, já que a minha responsabilidade cresce dia a dia.
Beijinho e um bom dia.
Gostei da Gabriela, mas acho que prefio o Diego :)
ResponderEliminarum beijinho e obrigada
Pudera, eu digo o mesmo.🤭
EliminarSempre me atrairam os morenaços com o seu quê de ciganos...como dizia a mãe da "Carmosina": 'estou velha mas não estou morta'...😂
Beijinhos
Gostei da partilha!
ResponderEliminarE eu, Paula, gostei que tivesse gostado.
EliminarBoa tarde e obrigada.
Não li este livro.
ResponderEliminarMas pelo excerto deve ser muito bom.
Continuação de uma boa semana, amiga Janita.
Beijo.
Amigo Jaime, este é um livro diferente dos romances comuns, com princípio meio e fim. Eduardo Galeano escreveu estas suas memórias soltas, quando esteve no exílio no tempo do fascismo chileno. À medida que o vou lendo selecciono alguns trechos e publico-os, de acordo com as reacções de agrado ou desagrado dos meus leitores. Não concordar, ou nao gostar, também faz parte da participação dos leitores e dos seus gostos.
EliminarTudo de bom, amigo Jaime.
Um abraço amigo.