quinta-feira, 4 de agosto de 2022

PODERIAM SER HAIKUS...

 ...ou simples poesia ocidental, mas não é uma coisa nem outra. É um desabafo.

Neste local, e ao longo desta margem, viria a ser construído,
trinta e muitos anos mais tarde, o Parque das Nações.


Dorme coração
Repousa e acalma a dor
Chegaste perto do fim.
 
Longo o percurso
Estrada de escolhos
Voaste só e silenciosa.

Juventude distante
Momentos de sonhos fugazes
Vislumbres de ilusões vãs.

Fico como estou e sou
Sonhei quimeras, 
Fiz muitos amigos e a todos perdi...
 
...na voragem dos dias.


MEMÓRIA FOTOGRÁFICA - Anos 60 - 
O veículo era um MG vermelho, descapotável.
Pertencia ao jovem que viria a fazer parte da minha família:
Mais do que um cunhado, foi como um irmão.





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23 comentários:

  1. Bom dia

    Não sabia o que era Haikus
    Quis saber , fui pesquisar
    Tudo o que seja cultura
    É motivo para louvar.

    JR

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    1. Com tudo e com todos aprendemos, JR!
      Assim queiramos saber.
      Boa tarde, agora com mais uma foto.
      Dá para acreditar que eu tinha somente catorze anos de idade?
      Tão alta como a minha mana - ao centro.

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  2. Apreciei o desabafo que "não é uma coisa nem outra".
    Beijinho, Janita.

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    1. Não sendo uma coisa nem outra, poderia, no entanto, ser Poesia. :) Já vi pior. :))
      Beijinhos, António

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  3. Tanta tristeza, minha linda!
    Arranja lá uns Haikus mais animados!

    Abraço

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    1. Sempre que falo no meu cunhado ou algo me o traz à mente, entristeço, Leo. Faleceu com apenas quarenta anos de idade.
      Deixou três filhos menores, o mais novo - meu afilhado - com dois anos somente. Um enorme perda. A vida pode ser, é é, tremendamente injusta.

      Um grande abraço

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    2. A vida não se preocupa nada com o que pensamos dela.
      É a vida!

      Abraço

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    3. Certo! A Vida, no seu imenso poderio e força, tudo faz e desfaz a seu bel-prazer. Quase sempre é dura e implacável com os melhores e, inexplicavelmente branda, com os piores...Porque será?

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    4. A Vida é inexplicável!

      Abraço

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  4. Um poema lindo, como um sentimento de um tempo passado...Será para o carro? Já foi?
    Tempos, tempos... 🌹

    Beijos e uma boa tarde.

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    1. Também o carro teve uma existência efémera, Cidália.
      Só tinha dois lugares.
      Beijos

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  5. Com a lua cheia
    é fácil caminhar
    pelo campo de inhames

    De Masaoka Shiki

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    1. Lindo, muito lindo!

      Cansei da viagem
      Hoje quantos dias faz?
      Vento de Outono.

      Do inventor dos haikus vs haikais Matsuo Bashô
      (1688)

      Beijinho

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  6. Os vários curtos poemas, todos interessantes. As fotos, nostalgicas, são testemunhos de caros momentos.
    Um abraço.

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    1. O encontro inesperado com fotografias antigas, traz-me sempre um reviver de situações de então e outras acontecidas muitos anos depois. É um turbilhão de emoções nem sempre bem traduzidas em palavras.
      Obrigada, Luís.
      Um abraço.

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  7. Gostei do teu desabafo poético.
    Sobre o carro, tenho pena que te traga tristes recordações.
    Beijinhos amiga

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    1. As palavras ditas são diferentes das que escrevemos. Nestas tentamos dar-lhes um reflexo da nostalgia sentida o reviver momentos passados.
      Obrigada, querida Manu.
      Beijinhos

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  8. É muito difícil perdemos quem a gente ama. Mas ele está em um lugar melhor. Tenha fé.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está está em HIATUS DE INVERNO de 03/08/22 à 01/09/22, mas você sempre é bem vindo (a) para visitar e comentar os posts! Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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  9. Aquele modelo de carro sempre foi uma sedução.
    E o desabafo também é.
    Beijinhos, bfds

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    1. Quantas vezes cheguei a andar atrás, cabelos amarrados com um lenço para que o vento me os não arrancasse, em passeios inesquecíveis. E lautos almoços em Vila Franca de Xira...:)
      Era o carro de um jovem solteiro, depois que nasceu o meu primeiro sobrinho lá teve de o trocar por um carro familiar.
      Obrigada, Pedro.
      Beijinhos, bom fim de semana.

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  10. O teu desabafo está num poema genial e juntas as recordações fotográficas.
    Como não vivi cá não sabia como era a zona que agora dizes ser o Parque das Nações.
    Recordar é viver e fizeste um belo post!
    Beijos e um bom dia

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    1. Quando se iniciaram as contruções para a Expo 98, dedicada aos Oceanos, já eu não vivia em Moscavide. Mesmo depois de terminar a Exposição Mundial, as construções continuaram.
      Só quem conheceu aquela zona, naquele tempo, sabe como era ir de Beirolas a Cabo Ruivo e até mais além, sempre junto ao mar. E apanhavamos caranguejos quando era maré vaza. :)
      Obrigada, Fatyly.
      Beijos e bom fim de semana.

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