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Leva-me Aos Fados.
Numa noite de saudades
Pedi-te: "Leva-me aos Fados"
Olhaste-me de alto a baixo
Com o teu ar sobranceiro
Sem atender o meu pedido
Saíste em passo ligeiro.
A partir daquela noite
Morreu em mim a vontade
De pedir-te companhia.
Pouco depois saudosa
Aceitei logo o convite
Do Chico zaragateiro.
Combinámos o encontro
P'ra noite de nostalgia
E quando a saudade pediu
Lá fomos de braço dado,
À antiga Tasquinha do Fado.
P´rós lados da Mouraria
Ele no seu andar gingão
Eu de sapato de salto
e de anca meneando...
Olhámos ambos para o céu
E vimos que a Lua
Olhava para nós e
feliz nos sorria!
❤❤❤❤❤❤❤❤❤
Os fados costumavam ir a minha casa.
ResponderEliminarAté o meu avô morrer.
Aí acabou-se a guitarrada.
Beijinhos
Desculpe, Pedro, mas quando há pouco vim dar uma espreitadela ao cantinho, fiquei tão atarantada com o reparo - assaz justo - do Tintinaine, que até me esqueci de o ir procurar na caixa de Spam.😊
EliminarTambém gosto muito de Fado, ainda que não aprecie aquele de faca e alguidar.
Beijinhos
De quem são esses versos (com um erro de palmatória)?
ResponderEliminarOra...de quem haviam de ser?
EliminarNunca ouviu dizer que aquilo que se faz de noite, refaz-se de manhã?
E agora?? Já está tudo nos conformes, senhor revisor?🧐
Obrigada! 😋
Peço desculpa! Mas os versos estão um assombro, gostei, eu que não sou dado a poesias.
EliminarPronto...assim já fica tudo mais equilibrado! 😊
EliminarSe bem que este versos casem melhor como letra para um fado do que encaixam no conceito que faço da palavra 'poesia'.
Bom dia.
ResponderEliminarAdorei esta noite de fados .
JR
Foi boa, não foi? 😊
EliminarBom dia, JR!!
Gosto de fado e estou como tu, de faca e alguidar não!
ResponderEliminarAbraço
Os dramalhões fadistas que metem ciúme, a naifa e a morte de rivais, desses passo eu ao largo...😊
EliminarAbraço, querida Leo!
Querida Janitamiga
ResponderEliminarOs alentejanos têm uma aptidão natural para o fado. Eu que sou meio alentejano adoro o fado e té o cantei em público. Passo a “inspilicar” com a salvaguarda seguinte: ainda hoje trauteio os fados antigos mas só para gozo interno; no resto, tarde piei…
Tinha eu 17 aninhos e dei por mim a cantar o “Não venhas tarde” do Carlos Ramos, para mim um astro do fado dono da “Toca” ali ao Bairro Alto, uma Casa de Fados por onde passaram nomes famosos da chamada canção nacional.
Foi no Restelo onde então eu morava entre um grupo de rapazes e raparigas que eu cantava fados do Alfredo Marceneiro, Fernando Farinha, alguns, poucos da Amália, mas, sobretudo, do meu “sagrado” Carlos Ramos.
Um dos meus amigos por seu turno conhecido do Carlos Ramos disse-lhe que eu cantava o “Não venhas tarde, Dizes-me tu com carinho
Sem nunca fazer alarde
Do que me pedes, baixinho, etc,…”
Ele quis ouvir-me e lá fui eu. Agradei e fiquei 14 dias a cantar à borla, até que a Dona Glória, a minha mãe pôs fim â aventura proibindo-me de continuar a cantoria… Perdeu-se, quiçá, um fadista de eleição… Como atrás disse, inda hoje sei as letras do “Não venhas tarde”, da “A Casa da Mariquinhas” do “Bêbado Pintor” da “Naquela Casa da Esquina” etc,,,
Beijos & queijos
Henrique (um tanto desafinado… aos 81 anos)
Por acaso tens razão, HenriqueAmigo!
EliminarTodos os alentejanos cantam bem e eu até não me safo nada mal no Cante. Esse fado, algo lamechas, do Carlos Ramos também o sei de cor, «A Casa da Mariquinhas» e «A Casa de Esquina» onde mora a Senhora do Monte, mais a providência divina que mora ali mesmo defronte, idem. Já o "Bêbado Pintor" é que não faço a mínima ideia qual seja nem quem o cantava. Se calhar até conheço e não o identifico pelo nome.
Agora, gostar, gostar mesmo, é um Fado que adoro e esse cantava-o a Dona Amália. Sabes qual é? É este : "Lágrima"
https://www.youtube.com/watch?v=uB48op6la_g . Conheces?
Qual desafinado, Henrique? Tu ainda estás aí p'rás curvas.
Canta, amigo, canta, se mais não puder ser, canta em festas de família e amigos, pois quem canta seus males espanta.
Beijocas e sorrisos, com amizade.😊
Nunca pedi a ninguém para levar aos fados, sabia de antemão que a resposta era negativa.
ResponderEliminarGostei dos teus versos e do fado que ouvi do princípio ao fim.
Beijinhos amiga Janita
Nem eu, amiga Manu, mas aqui, no campo da ficção, vale tudo o que melhor nos convier. E a mim convinha-me dizer que convidei e, assim, fui convidada pelo Chico, que desta vez não armou zaragata com ninguém. Ehehehehe
EliminarGosto da voz da Ana Moura, mas a minha letra é mais afadistada, então não é?
Beijinhos e obrigada, querida Manu.
(Haja alegria que a blogosfera está a dar as últimas!)
Gostei.. Obrigada!
ResponderEliminar.
Beijos
Uma excelente tarde!
Que bom que gostou, amiga Cidália.
EliminarEu e que agradeço.
Beijo
Que graça! Adorei!
ResponderEliminarBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Olá, Jovem Jornalista!
EliminarFico feliz por ter achado piada, é que isto era mesmo para ter graça.
No Instagram não posso visitá-lo porque não tenho, mas ao seu espaço na blogosfera devo-lhe uma visita, sim.
Um abraço grato.
Que interessante e prazenteiro, Janita! Saudades...beijinho
ResponderEliminarOlá, Ana!
EliminarO prazer de a ter por cá é todo meu.
Também sinto saudades dos belos escritos da Ana.
Comecei este ano com tempo limitado para dedicar à blogosfera. Já a noite vai avançada quando por fim me sento ao computador descansada. O pior é que quando relaxo me vem o sono e acabo por andar sempre pelos mesmos blogs.
Breve, breve, irei ao nosso "Sul Sereno" matar saudades.
Beijinho
Chego mais tarde para o teu fado porque o meu fado hoje foi de muito trabalho. Mas não esqueci da Severa, a casa de fados. Cheguemos lá levado por um gajo muito esperto no seu taxi. Reclamei, mas não me arrependi de lá ter ficado. Uma noite inicial de contratempos, depois regada a um bom vinho. E um bom bacalhau. E uma conversa animada nos intervalos. (Nem sempre nos intervalos). Quatro brasileiros, naturalmente ruidosos, (parecíamos italianos) um sacrilégio para o fado e seus amantes. Os quatro se encontrariam ali por uma única noite. Dois volveriam para sua terra no dia seguinte e os outros dois ficariam mais alguns dias. E quase não falei da sutileza poética, dos seus versos bem arquitetados, cheios de musicalidade e ritmo para trazer à baila este gênero musical para a nossas conversas. Vou repetir-me. Estou gostando de conhecer a sua veia poética. Sangue bom...
ResponderEliminarBeijinhos, minha amiga!
O meu Fado também se anda a complicar, amigo José Carlos.
EliminarParece que uma força invisível me anda a obrigar a ir por onde não quero. Vamos ver se tenho a diplomacia, o bem-senso, a subtileza no trato e um pouco de esperteza, para me esquivar aos dramas deste meu Fado.
Ah, as vivências juvenis e as suas gratas recordações!! Como era bom voltar à juventude e não saber o que sei hoje...
Que bom e reconfortante é ler as suas palavras de incentivo e ânimo, querido amigo. Muito, muito obrigada!
Beijnhos e abraços, reconhecidos e amigos.
Voltei aqui para ver se havia mais e tive que contentar-me com a Ana Moura que ainda não tinha ouvido!
ResponderEliminarTambém ficou bem acompanhado, caro Tintinaine. 😊
EliminarMas, já, já, vai ter notícias frescas que o compensarão da caminhada...
Ai se eu fosse músico e soubesse cantar o fado. Este poema é perfeito para isso.
ResponderEliminarGostei imenso, é um magnífico poema.
Continuação de boa semana, amiga Janita.
Beijo.
Ai, quem me dera, que o Jaime
Eliminarcantasse o Fado, estaríamos lado a lado,
o Fadista e a letrista, nas longas noites sombrias
onde o Fado é mais bairrista!! 😊
Continuação do melhor que puder sacar da vida, amigo Poeta.
Abraço.
Gosto de alguns fados mas não de todo os que emanam tristeza à antiga. Nunca fui a uma casa de fados. O teu poema está 5*****
ResponderEliminarBeijocas e um bom dia
Grata ela generosidade da tua apreciação no que à minha letra fadista respeita, Fatyly. Quanto ao resto, estamos mais ou menos no mesmo patamar. Embora, eu já tenha ido a uma casa onde se petisca e ouve cantar o Fado. Gostei muito.
EliminarBeijinhos e uma noite de bom descanso.
Em Serpa, Santa Maria encontrei um João filho de uma Morena!!!
ResponderEliminarSe esse tal João também for Baptista e Moreno, então sim, é o meu Avô, pois ele nasceu e foi batizado na Frequesia de Santa Maria. Agora, filho de uma Morena, só se a minha bisavó tivesse a pele trigueira. A origem do meu apelido vem da parte do meu Avô materno. Ora preste atenção, por favor:
EliminarEncontrei esta Certidão de casamento dos meus Avós que reza assim:
Aos seis dias do mês de Outubro de mil oitocentos e setenta e quatro, compareceram os nubentes João Baptista Moreno e Maria do Carmo Rações, os quaes sei serem os próprios... bla, blá , blá,... sem impedimento algum, canónico ou civil, elle de vinte e três anos de idade, solteiro, filho de Manuel Francisco Moreno e de Ana Rita Montez, ella de vinte anos de idade, solteira, filha de Francisco Ciríaco e de Benta da Soledade.
Quer isto dizer que o bonito Brazão dos Morenos, me foi 'legado' pelo meu lado materno, com algo de antecedentes em sangue mouro, cigano, espanhol, mexicano, o que for.
Obrigada!
( Do lado do senhor meu pai, eram todos Gonçalves e Serrano.
Também com isto quero deixar claro que não me interessa minimamente as origens genealógicas que me advierem dessa parte. )
E ponto final... sem deixar de lhe agradecer pelo trabalho de ter ido até Santa Maria.😊
Sou fã da Ana e não tinha ouvido este belo fado com generosidade da letra.
ResponderEliminarGrato Janita.
Carinhoso abraço
Boa noite, amigo Toninho
EliminarA Ana Moura tem uma voz fabulosa com um timbre que se adapta maravilhosamente ao Fado castiço.
A letra que se encontra escrita foi uma graça da minha parte, e em nada condiz com a mesma que a Ana canta. É uma espécie de reforço, sabe? :)
Desejo que o seu estado de saúde se tenha restabelecido na íntegra e se encontre bem.
Beijo amigo.