domingo, 25 de maio de 2025

___SÓ PARA SABER ___

 



POESIA MATEMÁTICA 

- Millôr Fernandes -


Às folhas tantas

Do livro matemático

Um Quociente apaixonou-se

Um dia

Doidamente

Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável

E viu-a, do Ápice à Base.

Uma figura ímpar:

Olhos rombóides, boca trapezóide,

Corpo ortogonal, seios esferóides.

Fez da sua

Uma vida Paralela à dela

Até que se encontraram

No infinito.

"Quem és tu?" indagou ele

Com ânsia radical.

"Sou a soma do quadrado dos catetos.

Mas pode chamar-me de Hipotenusa."

E de falarem descobriram que eram

__O que, em aritmética, corresponde

A almas irmãs

-- Primos entre si.

E assim se amaram

Ao quadrado da velocidade da luz...


(...)

O autor




Para conhecer o resto do poema é ir ao patamar inferior, sff.


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10 comentários:

  1. Não percebi a repetição!

    Abraço

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    1. Faz de conta que se tata de um Desafio!! : )
      Amanhã irás perceber melhor.
      Obrigada.

      Um abraço

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  2. Fui ao patamar de baixo - onde já tinha estado - e saí a correr, está um calor que não se pode.
    Espera, é um desafio? Ou vai ser? Aguardemos, pois!
    Beijinhos, Janita.

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    1. Também és dos que tiveste medo do que poderia vir da casa de uma amiga de há longos anos, António?
      Depois saberás o que esta minha cabecinha pensadora, pensou e vai levar a cabo, para aquietar o seu coraçãozinho... : ))
      Beijinhos

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  3. Se me pões a fazer contas, tira o cavalinho da chuva! 😀

    Abraço

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    1. Não, minha querida Leo.
      Não quero massacrar-te mais a mona... Já que não tugiste nem mugiste.. 😀 Descansa e goza a tua aposentadoria em paz e sossego.
      Eu é que tenho de descobrir onde está o busílis de me terem confundido e tratado como se eu fosse uma libertina... 🙄 😁 😉
      Abraço

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  4. Nunca pensei que amor e matematica (com acento agudo no segundo "a") combinassem.
    : )

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    1. No amor tudo é possível, querida Catarina!!
      Agora, o que eu não gosto, não posso engolir sem saber o que saboreio, não achas? Deixa comigo! 😊 🌻

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  5. Esse poema do Millor é milimetricamente sensacional. E o Blogger dizendo que contém "conteúdo sensível...".

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    1. Pois é, Eduardo...O que será «conteúdo sensível» para o Blogger?
      A imagem ou o poema?
      Já republiquei uma coisa e outra e, até ver, nada aconteceu...Caricato, não acha?
      Boa semana.

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