segunda-feira, 12 de setembro de 2016

AMOR (AS)




Espinhos protegem
a amora morena no verde silvado.
São tão desejadas, tão apetecidas
à beira de um valado,
 amadurecendo escondidas.
Passam caminhantes sequiosos sedentos.

Quem sabe as amoras sedentas também
Queiram ser beijadas pela
boca de alguém? 




Estas amoras ainda amadureciam
não à beira de um valado
mas num quintal
onde cresciam.
Meio silvestres, meio cultivadas
por mão de mestres.


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34 comentários:

  1. Mesmo a pedirem, para serem apanhadas eheheheh

    Beijoca Janita

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    1. Agora é que elas devem estar no ponto, Noname. Já passaram quase quinze dias desde que as fotografei, mas ainda lá comi algumas. Se bem que, para ser sincera, não aprecie sobremaneira frutos silvestres.
      Mas quando os temos à mão de semear, ou melhor, de colher...

      Beijocas, vou nanar! :)

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  2. Amoras
    No valado, à beira da estrada
    Eu cá não sou de modas
    Sou do tempo da chinchada

    Estão boas
    ainda tenho a cara lambuzada

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    1. Rogério.

      Não sou do tempo das chinchadas (ou serei?) porque ia para a horta do tio Filipe dizendo que ia apanhar caracóis e apanhava a boa pera e a laranja. O hortelão fingia que não via.
      Belos tempos esses!

      :)

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  3. Lindíssimas fotografias,adorei a tua publicação!! Excelente semana para ti,fica bem!!

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    1. Monica Almeida,

      Grata pela sua extrema simpatia.

      Fique bem, também!!

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  4. Quando era garota apanhava imensa junto a minha casa.
    Outros tempos...
    Beijinhos

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    1. Belos tempos esses, Pedro!

      Os garotos de agora nem sabem o que são amoras. Só conhecem os frutos silvestres que se vendem congelados nos supermercados.

      Beijinhos

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  5. Beijar amoras... Gosto disso. :)

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  6. Que grande frasco de compota eu faria se as apanhasse mesmo aqui :)))
    Apanhei noutro dia uma taça eram muito boas.
    bjs

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    1. Papoila,

      Como também lá havia uma figueira, carregadinha de figos, pingo de mel, fez-se foi compota de figos! :)

      Beijos! :)

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  7. Lembro-me de quando "ia às amoras", quer nas silvas do valados, quer trepando numa amoreira dum quintal vizinho, na companhia de outros e outras das mesmas idades; lembro de chegarmos a casa lambuzados de roxo avermelhado e com as roupas tingidas da mesma cor.
    ... e lembrei-me do que se dizia:
    -comeste amoras?, vou dizer à tua mãe que namoras!
    Beijokas com cores de sorriso!

    mais amoras aqui: http://koktell.blogs.sapo.pt/98390.html

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    1. Ehehehe... Ai, Kok, só tu para me deixares alegre e bem disposta!!
      Ao fim do dia irei ver o teu koktell de amoras e depois voltarei a falar contigo.

      Beijokas com as cores do arco-íris ( que fotografei ontem) :))

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  8. Adoro amoras. E estive anos sem as comer, proibida pelo médico e pela mãe, pois em criança estive a "patinar" à conta de umas (possivelmente pulverizadas com algum pesticida)...

    Beijocas

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    1. Safa!! Isso é que deve ter sido um grande susto, Teté.

      Talvez seja por receio de correr esses riscos que nunca tive grande apetência por frutos silvestres, bagas e coisas assim...

      Beijocas :)

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  9. Quem não comeu amoras silvestres, com pó e tudo, que atire a primeira pedra.

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    1. Parece que ninguém se atreveu, a atirar a primeira pedra, José!! Será que toda a gente comeu amoras com pó e tudo?
      :))

      Um abraço!

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  10. Adoro amoras e estas, assim como o teu texto fizeram-me lembrar ...

    Minha amora negra, minha flor silvestre
    Toda a gente soube que um beijo me deste.
    Um beijo é desejo a ninguém se nega
    Minha flor silvestre minha amora negra.

    Eu vi-te demanhãnzinha
    Pela tarde te falei.
    O que dissemos à noite
    O que dissemos à noite
    A ninguém o contarei.

    Peço a Deus que me leve
    Para longe esta afeição.
    Tudo nasce e tudo morre
    Tudo nasce e tudo morre
    Só este amor é que não.

    Um beijinho com sabor a amoras amiga Janita :)

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    1. Amiga Fê,

      Conheço muito bem essa canção e adorei relembrá-la.
      Dantes, era tudo tão simples e leve, não era?
      As palavras tinham o significado daquilo que eram e não havia cá sentidos escondidos nas entrelinhas! :))

      Outro beijinho, mas sem sabor, só com cheirinho a coisas boas! :)

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  11. Que lindas fotos, Janita! E lindas as palavras. Estás cada vez melhor!!

    Beijinhos

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    1. Grata pela tua enorme simpatia, Graça.
      Mas, olha, eu diria é que estou cada vez mais na mesma!!;))

      Beijinhos.

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  12. Adoro amoras, agora não se vêm tanto como quando eu era miúda :)
    Gostei do poema.
    Beijinhos

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    1. Olá, Nina.

      Já lhe fico a dever umas quantas visitas. Prometo que as pagarei...:)
      Acho que haver amoras, há...nós é que não andamos a brincar pelos quintais, como quando éramos miúdas.:)

      Beijinhos

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  13. Janitamiga

    Amoras fotografadas, amoras lidas: estas são lidíssi... oops, lindíssimas.

    E, talvez porque a Fernandinhamiga rememorou a poesia, recordei Cesário Verde:

    Naquele piquenique de burguesas
    Houve uma coisa simplesmente bela,
    E que, sem ter história nem grandezas,
    Em todo o caso dava uma aguarela.

    Foi quando tu, descendo do burrico,
    Foste colher, sem imposturas tolas,
    A um granzoal azul de grão de bico
    Um ramalhete rubro de papoulas.

    Pouco depois, em cima duns penhascos,
    Nós acampámos, inda o sol se via;
    E houve talhadas de melão, damascos
    E pão de ló molhado em malvasia.

    Mas, todo púrpuro, a sair da renda
    Dos teus dois seios como duas rolas,
    Era o supremo encanto da merenda
    O ramalhete rubro das papoulas
    Naquele piquenique de burguesas


    O rubro também podia ser das amoras... :-)

    Bjs da Raquel e qjs do Leãozão

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    1. Olá, Henrique!

      Que bom lembrares-te de Cesário Verde. Não sei porquê, este poeta é tão pouco lembrado...e eu adoro a sua poesia!

      Se calhar vou surpreender-te, mas há seis anos publiquei esse mesmo poema que transcrevi do seu livro de poemas, o único que editou, e tem por título, simplesmente,: "O Livro de Cesário Verde".
      O poema chama-se DE TARDE .Se estiveres interessado em ler, clica aí e vais directo ao mês de Outubro de 2010.
      Por vezes até me custa a crer que já ande por aqui há tanto tempo...

      Um abraço da Janita, para ti e tua Raquel. :)

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  14. Já te tinha dito que estou a gostar da "tua veia poética" ! :))

    ... e amoras,... que bem me lembro das "paparocas" de amora que fazia em miúdo com : Amoras, boroa e açúcar, tudo esmagadinho e misturado com um garfo !
    ... e ainda há uma hora estive a ler que têm muito cálcio para os nossos ossos ! :)

    Beijinhos apaparocados !

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    1. :)) Rui,

      Ando a esforçar-me para deixar por aqui a minha «pegada» poética! Lol
      Qualquer dia isto acaba e quem cá vier fica com um bocadinho de mim.
      Dessas paparocas nunca fiz, Rui. Eu era mais bagos de romã, lá das romãzeiras do nosso quintal, comidos à colherada.

      Bem que eu precisava de um suplemento alimentar rico em cálcio. Ando muito mal da coluna. :(
      Hoje nem posso virar o pescoço.

      Aí vão os meus beijinhos, mas...'apaparicados':))

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  15. Um abraço, Janita!

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    1. Outro grande para ti, Ricardo.

      Muitos beijinhos! :)

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  16. Nada melhor que escrever os pensamentos.
    Nos ultimos tempos apanhei muitas amoras congelei-as para fazer doce mais tarde.

    Beijinho

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    1. Sim, minha amiga, estou plenamente de acordo contigo. Escrever o que pensamos é melhor, e mais duradouro, do que verbalizar.
      Como diz o ditado:'Palavras leva-as o vento'. Já as palavras escritas, preto no branco, ficam para sempre!

      Olha que boa ideia tiveste, Adélia. Como as amoras vão amadurecendo aos poucos, nada melhor do que as congelar até ter a quantidade suficiente. Assim, não se estragam.

      Um beijinho e tudo de bom.

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  17. "Meio silvestres, meio cultivadas
    por mão de mestres."

    Mestres que, com toda a certeza, cultivam o beijo da amora. :)

    Um beijinho, Janita :)

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    1. Certamente, A.C. :)
      Aquilo estava tudo tão bem tratado, que me deu a ideia de só mãos de mestres por lá terem passado!

      Beijinhos, A.C. :)

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