...ANTES DE OS PERDERMOS.
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Ouvir Estrelas
“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto.
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”
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Soneto do Poeta brasileiro Olavo Bilac.
16 de Dezembro de 1865 - 28 de Dezembro de 1918.
Membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
16 de Dezembro de 1865 - 28 de Dezembro de 1918.
Membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
Por falar em Olavo Bilac, conhecem esta história?
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Não conheço a sua obra. O soneto é deliciosamente belo de ler.
ResponderEliminarCumprimentos poéticos.
Não conhece mas ainda vai muito a tempo de conhecer, Rycardo.
EliminarGaranto-lhe que vale a pena.
E a história no vídeo que eu aconselho a ouvir...ouviu?
Cumprimentos.
Que história bonita!
ResponderEliminarSó olho para as estrelas a convite dos meus netos.
Abraço
Uma história que todos devíamos ter sempre em mente, não achas, Leo? Achei-a linda e tão verdadeira.
EliminarParece-me que o céu, replecto de estrelas, que da minha meninice eu ficava deitada no chão do meu quintal a tentar contar, nas longas noites de Verão, não é mais o mesmo.
Agora, já não há estrelas no céu...
Um Abraço.
A história é interessante.
ResponderEliminarOlavo Bilac ... sei que se trata do jornalista e contista brasileiro mas veio-me à ideia o outro Olavo Bilac, vocalista dos Santos & Pecadores.
"Valorizar pessoas e bens antes de os perdermos".
É isso mesmo, principalmente no que concerne às pessoas.
Beijinho, Janita.
Esse Olavo Bilac, dos Santos & Pecadores, é o 'nosso' cantor moçambicano que, por sinal tem por apelidos Alves dos Reis.
EliminarTambém gosto! Mais agora do que há uns anos atrás.
Sim, pricipalmente devemos dar valor às pessoas enquanto as temos connosco, mas, neste caso, quando se vêem as coisas pelo seu lado naturalmente belo e que nos fazem bem à alma, também lhes damos mais valor.
Acho que os poderosos senhores que governam o mundo, precisavam da ajuda dos poetas para lhes abrir os olhos para o lado simples e maravilhoso da vida. Talvez se empenhassem mais em conservar ao invés de destruir.
Tão simples como isto, meu amigo.
Beijinhos, António.
Não conhecia a história e, na verdade, não conheço a obra do poeta em causa.
ResponderEliminarAcho que a etiqueta "lições de vida" é muito adequada.
Ao analisar-me, fiquei um bocado envergonhada. E lembrei-me de algo que uma pessoa de quem gosto muito me disse uma vez.
Obrigada por me fazer reflectir.
Um abraço, Janita!
Sandra Martins
A obra do Poeta é vasta, Sandra, mas se quiser conhecer algo mais, poderá clicar no seu nome, nas Etiquetas deste meu/vosso cantinho. :)
EliminarUm beijinho com votos de um bom dia.
Um belíssimo poema que não conhecia. Aliás é um poeta cuja obra conheço muito pouco. O vídeo sim, faz parte da coleção onde de vez em quando vou buscar um para o Sexta.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Corria o ano de 2018 quando aqui coloquei este mesmo poema pela primeira vez, Elvira. E nem eu mesma me recordava disso, não fora ter ido clicar no seu nome, ali nas minhas Etiquetas. :)
EliminarUm abraço e muita saúde.
Em miúdo, ouvia dizer que contar/apontar as estrelas provocava cravos (verrugas) no dedo. Contemplar as estrelas num céu limpo, sem iluminação numa noite de Verão é um calmo prazer.
ResponderEliminarA do anúncio é espectacular e muito bem dito.
bjis.
José.
EliminarMesmo sem conhecer essa superstição, quando eu contava estrelas, na minha meninice, fazia-o mentalmente sem apontá-las. :)
Beijinhos, tenha um bom dia.
Já li muita coisa do Poeta brasileiro Olavo Bilac mas desconhecia este poema "tão cheio de tudo" e com muita razão.
ResponderEliminarO do vídeo já conhecia a história é excelente porque por vezes.
Beijos e uma boa noite.
Fatyly, um dia vou perguntar-te o que não conheces, para ter o prazer de te dar a conhecer algo novo.
EliminarBeijos e abraços e dia muito feliz.
Vou acabar algo que ficou incompleto devido à quebra da internet por segundos e que não reli.
Eliminar"O do vídeo já conhecia a história é excelente porque por vezes, não valorizamos o que temos à frente de nós!Podes perguntar mas já te dou dicas:
1- disse que não conhecia este poema apesar de ter lido e relido muita coisa do Olavo.
2- Não te conheço a ti, fisicamente falando.
3 - Sonho em partir para a minha terra e jamais voltar...mas não como ela está agora.
4 - Não conheço e não sei muita, mas muita coisa porque todos os dias aprendo algo e assim serei até morrer.
Beijos e abraços sorridentes porque hoje o dia para mim é muito feliz 💓
Percebi agora o comentário entrecortado, inacabado e estranho, Fatyly.
EliminarUm excelente resto deste Dia especial.
O que não se faz em dia de Santa Luzía, faz-se noutro dia. :)
Beijos.💓💓
Não conheço!
ResponderEliminarMas gostei muito.
Boa Tarde. Beijinhos
Paula, daqui para a frente já não poderá dizer o mesmo. :)
EliminarUm abraço e um bom dia.
Fazes bem, minha amiga Janita.
ResponderEliminarÉ sempre bom revisitarmos o passado. Olavo Bilac traz muito da herança francesa e, sobretudo, da portuguesa.
“Ora, direis ouvir estrelas...” é um dos poemas de estreia do poeta. O título do livro é Via Láctea. Um exemplar da lírica parnasiana do poeta. O poema teria sido inspirado pela poetisa Amélia de Oliveira, irmã de outro poeta, Alberto de Oliveira, (1857-1937) também um mestre dos sonetos.
E uma curiosidade: é de Olavo Bilac a letra do Hino à Bandeira do Brasil. A música é de Francisco Braga.
Eis abaixo a quadra inicial do Hino.
"Salve, lindo pendão da esperança
Salve, símbolo augusto da paz
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz..."
E o vídeo, que bela lição, ilustrada por versos de Bilac (nós o tratamos aqui assim com intimidade, risos!
Abraços, minha amiga!
Amigo José Carlos, de quando em vez, gosto de revisitar os poetas do século XIX, sempre tão actuais e cúmplices na apreciação das coisas que tanto gosto. Nas noites de Verão da minha infância, olhar o céu coberto de estrelas cintilantes, foi um hábito que ainda hoje mantenho, e gosto.
EliminarQuerido amigo, os seus belos e didácticos comentários, deixam-me sempre mais enriquecida culturalmente. Bem-haja!
Um grande, grande abraço!
Tal como muitos desconheço. Mas, achei muito interessante...Obrigada pela aprtilha. :)
ResponderEliminar*
Beijos. Boa noite
Eu é que lhe agradeço a honra da sua visita, Cidália.
EliminarCom tudo e com todos aprendemos, não é mesmo?
Um abraço e um bom dia.
Quem não gosta, da minha geração, do carioca Olavo Bilac, o mais popular poeta parnasiano brasileiro!?
ResponderEliminarCom 15 anos iniciou o curso de Medicina, trocou pelo de Direito que também não concluiu. A "praia" dele era outra, dedicou-se ao jornalismo, escreveu durante anos crônicas e artigos para os mais diversos jornais. Seu primeiro livro de poesias foi em 1888, e abre com o poema "Profissão de Fé. Após sua morte foi publicado o livro "Tarde" em 1919. Com o tempo enveredou pelo sentimentalismo mais descarado, o que o levou a ser o mais popular parnasiano do Brasil. Seu funeral foi acompanhado por uma multidão!
Um tiquinho de Olavo Bilac, querida Janita! Como gosto de seus poemas!!
Um beijinho, amiga, curte o fim de semana!
Querida Taís, porque seria que, em tempos idos, havia como que uma certa relutância por parte dos homens, em mostrar publicamente os seus sentimentos? Que bom, ter Bilac tido a coragem de romper esses conceitos e escrito poesia tão bela!
EliminarGrata por me trazer estas valiosas informações acerca do Poeta.
Também lhe desejo um óptimo fim-de-semana, querida Taís.
Beijinhos
Conhecia e é excelente.
ResponderEliminarRecuso vender o meu sítio.
É demasiado bonito.
Beijinhos, bfds
Também não vendo nada que tenha para mim um grande valor estimativo, Pedro! Não vendo nem ofereço.
EliminarBeijinhos, bom fim-de-semana
Bom dia Feliz querida Janita.
ResponderEliminarQue beleza ver Bilac aqui numa dupla linda escolha. Tenho este vídeo no arquivo e sempre o compartilho nas redes sobre valorizar o que se tem. Sobre o saber olhar com sensibilidade.
Gostei amiga.
Um bom e feliz abençoado Abril de renovadas esperanças pela Paz.
Bjo no coração.
Amigo Toninho
EliminarDiz o povo que "em Abril águas mil", pois que venha muita água da chuva lavar de pureza o mundo. Encher os rios e lagoas e esconder as lágrimas de um pranto mundial que dificilmente terminará.
Quanto ao Poeta Bilac, esse, ficará eternizado nos seus belos poemas.
Tudo de bom também para si, amigo Toninho e seja feliz.
Beijos e abraços de amizade.
Conheço parte da obra de Olavo Bilac, que muito admiro.
ResponderEliminarQuanto à história do vídeo é sem dúvida uma grande lição de vida. Há que aprender a valorizar aquilo que temos.
Beijinhos amiga Janita
Amiga Manu.
EliminarAo longo da nossa vida vamos aprendendo muitas lições, mas à medida que os anos passam parece-nos tudo tão natural quanto distante, às tantas, já não seguimos nenhuma.
Vamos vivendo cada dia, numa rotina sem motivações nem luzes no horizonte. Ora bolas!
Beijinhos, bom fim de semana. :)