Oil Paintings by Victor Nizovtsev |
Sereia do Mar
Vi uma sereiaTão comprometidaDescobrindo o seu destinoNa imensidão do marComo representaçãoDos seus sonhos de meninaQue divideCom as estrelasE a luz do luar
Nesse travesseiroSe deixou embalarPelas ondas do marAo longe um veleiroDeste adormecerA fez despertarImplorando-lhe paraPelo mundo inteiroAcompanharA sereia assustadaAo caminho se fezPorque aquele veleiroQuase a naufragarTambém partilhavaDo sonho talvezDe um amor primeiroQue nasceu no mar...
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VentoQueria sonhar com o ventoNuma noite de luarOuvir esse seu lamentoA tempo e a contratempoP’ra me encontrar com o ventoQue vem dos lados do mar...
Poemas da Poetisa Maria Noémia Ribeiro da Cunha'in' "A Densidade do Silêncio"
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Por Amesterdão??
ResponderEliminarBons ventos, sem dúvida.
Beijinhos
As imagens escolhi-as eu segundo o que considerei serem adequadas aos temas sentidos pela Poetisa, Pedro.
EliminarSempre associo o vento aos moinhos movidos por essa força da Natureza, ora, quando penso nos ditos que melhor do que escolher entre os mais belos do mundo e são indubitavelmente os da Holanda? 😊
Beijinhos
Lindas ambas poesias!
ResponderEliminarÓtimo dia,Janita!
beijos, chica
Todos os poemas que constituem o 'recheio' destes dois livros de Maria Noémia , reflectem uma alma sensível e o sentir de quem os escreveu. Em todos deixou um pouco de si, da sua alma, dedicados aos temas que lhe eram mais caros e nunca se auto- designou como Poeta. Quem o faz, sou eu. Porque não?
EliminarUm beijinho, querida Chica
Uma vez, disse um crítico de Poesia: - escrever em parágrafos curtos não é a mesma coisa que fazer poesia!
ResponderEliminarFoi o que me veio à cabeça ao ler os versos acima!!!
Quem é "crítico" tem sempre que criticar algo.
EliminarO Tintinaine que adora escrever as suas memórias ou sobre os temas que mais lhe dizem, fá-lo com gosto e talento, no entanto, não é um escritor, ou é? Não é, mas poderia ser!
Eu que não sou poeta, mas gosto de escrever o que sinto em verso, não sou nem poeta nem escritora, contudo, também o poderia ser. Assim sendo, escrevi isto para si:
Quem pensar que a poesia
É feita de grandes estrofes
Ou de quadras a rimar
Desconhece o que é sentir.
Pois na alma a Poesia,
Nasce e cresce a palpitar.
Quem expressa aquilo que sente
Seja na prosa ou em verso
Pode não ser um poeta, escritor
Também não será...
Quiçá seja de tudo o inverso!
.
Gostei destes versos, primeiro por me serem dedicados e segundo porque concordo com as afirmações que acabo de ler.
EliminarEu entendo e gosto de ler a Poesia Popular de António Aleixo, a jocosa a M. M. du Bocage, assim como a erudita de Camões. Cada uma delas tem o seu encanto, mas de muita outra poesia espalhada a esmo aqui nos blogs ... não gosto. Na maioria das vezes, coíbo-me de expressar uma opinião (para evitar atritos), mas isso não significa que goste. Tenho uma série de amigos alentejanos que teimam em falar em verso e prefiro fazer de conta que não leio o que escrevem (para não ter que envergonhar-lhes a cara). Quem não é trolha não deve usar a colher e a talocha!
Bom dia
ResponderEliminarDois bonitos temas para dois belos trabalhos poéticos .
JR
O Vento, o Mar e o Sonho, andam sempre ligados, JR!
EliminarTenha um bom dia.
Um post muito agradável cujos poemas desconhecia e saio daqui encantada! Obrigada por este momento de leitura.
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Fico feliz pela autora e contente por mim, porque chamei a mim, aqui na blogosfera, a divulgação de um talento e um sentimento para manifestar sentimentos de uma forma poética.
EliminarOutros poemas virão, então, irei seleccionar os que a Poetisa dedicou a pessoas e lugares, já que estes são algo vagos.
Um beijinho, Fatyly.
Eu escrevo parágrafos curtos, aos quais me recuso chamar poesia.
ResponderEliminarMaria Noémia Ribeiro da Cunha escreve POESIA.
Obrigada, Teresa!
EliminarÉ por seres assim, genuína, ( ainda que controversa) que desde há longos anos tens um lugar cativo no meu coração.
Se desdenharem de mim, não me ferem nem ofendem, porque eu cá estou para me defender. Quando sinto que alguém desdenha de quem não está presente, morre pra mim naquele instante.
Bem-hajas, e um forte abraço.
Fotos adequadas aos temas.
ResponderEliminarDo resto, 'no comment'.
Considerar que as imagens foram bem escolhidas, já é um comentário e tanto. Obrigada!
EliminarUm beijo.
Eu cada vez sou mais sintética!
ResponderEliminarGostei muito dos poemas, aliás gosto de poesia, tenho dito!
Abraço
Eu sei, Leo! Mas como não somos todos iguais, aquilo que pode parecer supérfluo para uns, para outros pode ser essencial.
EliminarPode parecer defeito meu e creio até que o seja, mas enquanto não ponho todos os pontos nos iis não fico bem. É como se algo me ficasse atravessado na garganta e para baixo não fosse.
No entanto, reconheço que gostaria bastante de saber sintetizar muito do que digo.
Um abraço.
Olha que não era nenhuma crítica!
EliminarAinda bem que eu não preciso de pôr os pontos nos iis! :))
Abraço
:)) E eu não sei isso? Não me referia a ti, Leo. A bem dizer nem a ninguém. De uma forma geral, retratava a minha maneira de ser. E olha que bem gostaria que fosse diferente.
EliminarPor vezes, quanto menos explicações, melhor!
Abraço.
Gostei de conhecer a poesia de Maria Noémia Ribeiro da Cunha, bem como da forma como a ilustrou, Janita.
ResponderEliminarBeijinhos!
Muito grata pela sua gentileza, Maria João.
EliminarVindo de si, uma Sonetista de renome, é um elogio a sua presença neste poemas de uma Sra. que tinha a Poesia na Alma.
Um beijinho com orgulho. : )
Tudo o que tenha a ver com poesia eu gosto.
ResponderEliminarNão conhecia a autora.
Aqui aprende-se sempre.
Beijinhos Janita
Talvez não te lembres, Manu, mas esta não é a primeira vez que publico poemas da Maria Noémia.
EliminarSomente sou a porta-voz, mas sim, gosto de transmitir e transcrever tudo o que outros escreveram e eu não o faço, porque não o sei fazer.
Beijinhos, amiga Manu!
Ó mar salgado
ResponderEliminarquanto do teu sal
são lágrimas
de Portugal...
e quanto a moinhos
sinto-me D. Quixote
Beijo quixotesco
Rogério, meu amigo.
EliminarAtenta no que te digo:
O meu Mar não é salgado
porque lágrimas
jamais eu voltarei a derramar.
Ponto final.
E agora, vamos poetar e fantasiar
Como ambos sempre gostámos.
***
Um dia, quando eu quiser
E estiver p'rái virada
Vou fazer acontecer
Um Lenda encantada.
Quem sabe eu não direi
Logo, logo, ao começar:
"Desocupado leitor":
[Assim começou Cervantes]
Juras eu aqui não lhe farei
Nem juramentos irei prestar
Mas pode ter a certeza
Que Dulcinea serei
E contigo sonharei
- Ó Don Quixote
Que juntos iremos ao altar.
Sem lanças, sem farpas
Sem loucuras,
Sem cárceres prá
Fantasia,
Será uma Lenda bonita
Esta, que eu um dia
Escreveria...
Abraço Dulce-nea.
😊